Âmago
Âmago
É que eu gosto das coisas do jeitinho que são. Sem enfeites demais, sem perguntas demais, sem regras demais, sem culpa e sem arrependimentos demais. Eu gosto das coisas no meio termo. Nem perfeitinhas demais, nem confusas, nem felizes demais. No ponto.
Acho que as coisas têm mais graça quando são ao natural mesmo, sem nenhuma obrigação, recíprocas. Não dá para ficar mendigando carinho, ou aceitando qualquer “você é importante”. Tudo tem estado tão banalizado, que até o “eu te amo”, em algumas circunstâncias, perdeu o significado real. Por que tem sido tão difícil achar uma relação duradoura, ou um parceiro que não tenha medo de encarar a “coisa séria”? Tem sido tão difícil, talvez pelo fato de que, cada vez mais, as pessoas se denominam autossuficientes. Já está se tornando bem comum ouvir um “eu estou melhor sozinho”. Até que ponto estar bem é estar sozinho? Até que ponto o amor próprio é melhor do que o amor compartilhado, recíproco? Desde quando amar virou algo singular?
Seria, no mínimo importante, se as pessoas levassem um pouco de amor na mala, de vez em quando, para o caso de precisar. Levar amor na medida certa, não machuca, não dói, não pesa. Liberta! Levar amor no sorriso, no olhar, no cuidado, nas gentilezas, é engrandecedor. Cura! Levar amor no abraço, no ouvir, no apoiar, só faz um bem danado. Porque o amor se manifesta em toda parte, de muitas formas. O amor é o remédio para muitos conflitos existenciais, para muitas famílias desestruturadas. O amor é o caminho para a liberdade de fato, sentida. Porque o amor verdadeiro não é aprisionador, mas libertador. Não é egoísta, é compreensivo. Não subtrai, soma. Porque amar ainda é a fórmula mais importante para ser feliz nessa curta passagem pela vida.
“Todos temos uma grande colméia de mel, bem escondido bem no âmago da nossa alma.
O amor e o perdão incondicionáveis aos nossos irmãos.”
... Viajei, não volto mais
Viajei por todas estações
E todas respiravam o mesmo âmago
E viajei mundo numa noite de quarta
Enquanto o grito desesperado ecoava intenso
Nos becos dum hospício solitário.
Viajei a primavera,
E desabrochei de vez,
Corri por campos belos e renasci
Das cinzas orgânicas fertilizando o jardim
E das cachoeiras de prantos derramados
Reluzindo o belo marfim das ruas intercaladas
Onde o som dos carros interrompe o silêncio das madrugadas.
Viajei o verão,
E me conheci de falsos calores,
Transpirei as infelicidades e nunca mais as vi
E me perdi em noites quentes mal dormidas
Do cerrado horizonte e das formigas.
Dormindo debaixo do meu travesseiro
Incapaz de sustentar meu pior pesadelo:
Minha solidão sórdida a cheiro de essências rosadas.
Viajei o outono,
Padeci milhares de anos até o triunfo real
Caí repetidas vezes ao solo seco e mortal
E sentia teu gosto doce até nos talheres de metal
O gosto das marcas e fluidos na cama,
E dos sonhos lúcidos de amor carnal
Viajei o inverno,
Congelei os dedos quando toquei a face.
E necrosei meus tecidos respirando o ar da aurora
Numa peregrinação pelo recomeço,
Procurando um canto quente de neve branca
Para reescrever minha estória melancólica
Em preto e em branco no gelo permanente.
Nunca desista que um dia aquele sonho que se encontra em letargia no âmago de sua alma possa despertar, pois se desistires a vida dentro de ti aos poucos desvanecerá.
Não admita
que o âmago de sua alma seja abalado,
nem se esforce para entender
o que não tem explicação.
Seja grato pela vida,
por tudo de bom que o rodeia
e usufrua em paz a sua existência.
Nossas ações e nossas reações
são reflexo do que vai em nosso âmago
e de como queremos que o mundo reaja a nós.
Abre-se um vazio e, com este sentimento no âmago do pensamento, procura-se uma razão… mas ninguém a encontra e jamais o conseguirá… porque, sendo dos homens, tal prerrogativa não é humana. Mas se falta compreensão e se a sociedade se pretende como uma constante, não existe correspondência entre a mútua simpatia que vai crescendo e se solidificando e a profundidade de uma incredulidade teimosamente polvilhada e desgastada.
A vida é espuma do oceano, mas é tudo para mim.
Abrace, conforte, partilhe, sinta.
Todos necessitam de um ombro. E não pode haver ninguém que diga que não tem para dar.
Choro do morro
"Em seu mais íntimo âmago
O pesar se faz notar:
Curva-se o morro; chora a flora
E sem demora fez derramar!
Ebulindo em lamento intenso
Trouxe um veio em sua face
Fez morada n´outras vidas
Solidárias, sem guarida
Num estrondo rouco e denso
No silêncio sucedâneo
como em líquido amniótico
Surgem fênix, filhos de antônio
pós evento tão caótico!"
O poeta tem em seu âmago uma visão geral de sua vida contada em versos... visão esta, nem sempre compreendida pelo leitor por lhe faltar a dor necessária e a experiência presenteada pela vida!
ESTRELA DO CÉU
Na longa estrada da vida,
Corri... Corri... Corri...
Adentrei no âmago do meu ser e venci o direito de viver.
Haviam vários, centenas iguais a mim, mas ao olhar para trás não me vi...
Olhei várias vezes, para os lados e não me vi.
Senti a minha existência, a respiração ofegante, a alegria de ter conquistado à vitória, a linha de chegada!
Agora me vejo cercada de calor, um lugar só para mim, meu refúgio secreto, o meu interior!
Ouço vozes, risos, choros... São tantos sons estranhos e confusos.
Não sei definir os sentidos, sentimentos, mas sinto várias oportunidades de levar a essas pessoas alegria, ternura, bondade, sonhos, esperança e fé.
Algo está acontecendo, estou me mexendo, vejo minhas mãos, vejo meus pés, estou sorrindo, eu sou um ser HUMANO! Estou viva.
O calor que sinto é um véu com gosto de amor, encanto e magia.
O tempo é como um vento, passa e nos toca com delicadeza. Sábios são aqueles que acolhem com vontade e garra o direito de viver e ser feliz.
Agora estou nos braços da mamãe querida, ela é linda, um bálsamo para o meu espírito.
Eu me sinto como uma joia rara, onde serei polida com amor e determinação através dos meus pais.
Papai me beija e chora, acabou de ver a sua obra prima concluída, narra em detalhes cada parte do meu corpo, conta meus dedinhos e conclui que o seu projeto é como tal planejou, sonhou... Uma menina loira com buraco no queixo, cabelos lisos, fofinha, igual à que ele havia visto na revista.
Papai é engraçado, mas foi amor à primeira vista, nossos olhares se cruzaram e firmamos laços por toda a eternidade.
Mamãe é carinhosa, chora de contentamento, me pega em seus braços com muita ternura e amor.
Primogênita curiosa em conhecer seus ilustres heróis e apaixonados espelhos!
O amor é alegria que nos faz chorar quando sentimos saudade daqueles que deram o melhor de si em prol dos seus amados.
Eternamente obrigada mamãe e obrigada papai por ser obra do amor de vocês.
Hoje eu os coloco no céu, vocês são minhas “estrelas guias”, quando a noite chega, olho para vocês meus grandes amores.
(Dedicado aos meus pais falecidos: Adilson Barbosa dos Santos e Marlene Ferreira Dias).
(Por Fabiana Barbosa)
Pândego é o petiz que aventa o seu âmago e aspira instantaneamente a sumidade obducta e perene a ser obsequiada ao ufanismo.
Se uma música conseguir alinhar-nos em nosso âmago para o mais nobre, conseguiu o melhor. Se um compositor subjugar a sua música de tal maneira de que ela puder fazer este melhor, conseguiu o máximo.
Acredito sinceramente no bem
que existe no âmago de cada ser.
Para que esse bem aflore
é preciso CORAGEM...
Coragem para ser o primeiro
a estender as mãos,
coragem para apertá-las, em retribuição.
Coragem para pedir perdão,
coragem para perdoar.
Só os corajosos despojam-se do orgulho,
para recomeçar, em nome da construção
de um novo tempo de paz.
O palpitar de dois corações enamorados é tão sublime e voraz. Causa explosões no âmago de nosso ser, dando vida à um novo universo pessoal. Cria galáxias de esperanças com inúmeros planetas de possibilidades. Nos tornamos estrelas cadentes, envoltas pelo fogo místico dos corpos ao se encontrarem. Viva o Big Bang do Amor.