Âmago
Ela é como a Melodia
A Arte em seu âmago harmônico
Um doce Ritmo que envolve
Mas de maneira Indizível
É como decifrar Notas das supercordas
Enquanto a música Ainda se desenvolve
Conhecê-la é um Desafio
É explorar um Universo que se apresenta singular
É o Todo em seu manifesto
O movimento no Espaço-tempo, o belo a se contemplar
A Resiliência em meio a incerteza
Que permite ser Vulnerável
Que Integra sabedoria e compartilha o amor
Um diamante em Lapidação que se formou único e inimitável.
No âmago do meu ser
Vê-se a quididade do meu canto
Que teu olhar cerúleo
Me trouxe profundo encanto
Digo-te, que do plano azimutal
Ao zênite austral
Tens meu amor incondicional
Pois a essa opressão vou anuir
Acolho com prazer
Enquanto viver
Pelos relentos a trovar
O embeiçamento que me alavancas
Livre seremos quando conseguirmos adentrar ao âmago de nossa essência e compreender que existe uma polaridade de quão pequenos e grandiosos somos
Aprenda a guardar os seus medos e suas fraquezas, no âmago do seu coração. Assim teu inimigo não saberá te assombrar.
A Penumbra do Âmago Melancólico.
Novamente volto à penumbra, um local onde meu âmago melancólico, que um dia virá a ser eu novamente, como uma força brutal da natureza, me obriga repetidamente a ser aquilo que mais me causa náuseas. Essa força me compele a contemplar gritos tenebrosos presentes em signos e códigos indecifráveis que ecoam aflitamente na imensidão oca que habita em mim.
Em vão, tento buscar uma alternativa, mas como Drummond disse, "os muros são surdos". Sinto-me forçado e aprisionado em um quarto decaedro que me puxa em direções opostas o tempo inteiro. No centro desse quarto, onde os gritos dão espaço ao vácuo, aquele ser tão deplorável dá lugar a apenas uma imagem: o "POR QUÊ?".
Às vezes, os eventos da vida são um teste que nos revela que, no âmago, somos todos egoístas, indiferentes ao bem-estar alheio. A noção de amar o próximo como a si mesmo permanece distante, uma lição que a humanidade levará séculos para assimilar. Se o presente é desafiador, o porvir se apresenta ainda mais sombrio; no futuro, dependeremos de conexões e conhecimentos para simplesmente sobreviver a crises e à iminente guerra mundial. Na Segunda Guerra, os judeus endinheirados descobriram que a riqueza não garantia a liberdade; a verdadeira garantia residia na informação e na colaboração coletiva.
Liames
Nas profundezas do meu ser,
No âmago da alma e na abóboda...
Nas minhas limitações a fazer
Força para ficar,
Um pouco de hesitar...
Mesmo assim... sinto que estás !
No núcleo da alma, modo profundo,
Nossa história se encontra uma vez mais...
Misturando nossos mundos...
Com Liames fadados
A tracejar linhas e perfis
Fujimos nessa vida,
Fingimos e não somos sutis,
Essa agitação de outras vidas,
Transmigra, circula, transmite, fica...
A nossa roda de novo gira
Transmutação sombra, luz, agita.
Seres afins subsidiados pela trajetória...
Da alma, âmago, centro de nós, e de mim
Nos conhecemos ao longo de idas e vindas,
Mas nesta vida, ao reencontro demos um fim.
Cleide Regina Scarmeloto
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Âmago
O alívio me toma por inteira ,ao ver quão grande é a alma da minha alma ,a pureza da minha insensatez,a doçura da minha loucura.
A minha metade ,o meu eu .
A fúria a envolver meu âmago
Está tirar meu anonimato
Está a distorcer meu viver
Acabo abismado
Numa confusão das rotinas
Sinto uma confusão
Registo nas linhas uma sensação
Um aperto
Transbordando utopias
Emanuel Bruno Andrade
Ninguém vos pode revelar nada, a não ser o que jaz dentro do amago do vosso conhecimento.
O professor que caminha na sombra do tempo, junto a seus discípulos, não oferece os seus conhecimentos, mas sua fé e o seu amor.
Se ele for realmente sábio, não vos convidará a entrar na casa da sua sabedoria, todavia vos guia até o limite da vossa própria mente.
O astrônomo pode vos falar da sua compreensão do espaço, contudo, não pode vos dar a sua compreensão.
O músico pode cantar para vós o ritmo que há em todo espaço, não obstante não vos poderá dar o ouvido que compreende o ritmo nem a voz que o ecoa.
E aquele que é versado na ciência dos números poderá vos falar de cálculos e medidas, mas não pode vos conduzir por lá.
Pois a visão de um homem não empresta as suas asas a outro homem.
E assim como quando cada um de vós estiver só, perante o conhecimento de Deus, cada um de vós estará sozinho e em sua compreensão da terra.
No âmago do peito, um abismo se revela
Um vácuo sombrio, insondável e cruel
A sensação de falha, de insuficiência
Uma tormenta mental que me consome a existência.
Ao despertar e ao adormecer, a angústia persiste
Um labirinto de pensamentos que me assiste
Incomodo-me na presença dos demais
Sinto-me deslocada, alguém que não satisfaz.
Tenho uma alma desprovida de riquezas e visões.
Sei que a introspecção é uma jornada profunda
Porém, já não consigo mais resgatar minha essência e encontrar minha paz fecunda.
Essência Revelada
No âmago da mente, cifras ocultas jazem,
Silentes verdades que a escuridão abraçam.
Cada ideia é um dédalo, enigma a deslindar,
Numa busca obstinada, a luz da verdade a almejar.
Oh, gravidade da vida, por vezes, tão opressora,
Mas nos versos meticulosos, a alma restauradora.
Em cada estrofe, um desabafo, quase uma oração,
Ressonâncias de um peito, em sua eterna questão.
Por linhas retorcidas, a essência se descortina,
Revelada, nua, sobre a própria retina.
Entre rimas bem talhadas, a vida se ilumina,
Até nas sombras, uma beleza que fascina.
E ao término de cada lira, uma epifania,
A sublime arte de existir, em harmonia.
Lá no fundo
No âmago do meu eu inseguro
Ora quer brotar tudo de novo
Mereço? Aquilo que tanto anseio?
Quero tanto, o tanto que quero;
A segurança de um amor tranquilo...
Sem boleros ou afins
Leve como uma peninha a voar
E forte como um castelo centenário.
Sigo nessa saga, indomável, ora tão ingênua e sensível;
Capaz de sentir além...
A espera de alguém...
Mas quem?
Erguem-se torres de vaidades e ilusões, enredados em buscas de reconhecimento, mas no âmago, somos meros fracassos, poeiras no vento, buscando em vão um sentido eterno, enquanto a vida escorre entre suas mãos. A quimera que embala o sono noturno, e a certeza efêmera de ser único, num universo frio e taciturno. Na miragem da vã perpetuidade, buscando esse fútil espaço, nos tornando vítimas da nossa própria agonia.
A vaidade nos cega, nos engana, nos faz acreditar em grandezas fugazes, enquanto a verdadeira grandeza reside na aceitação de nossa efemeridade.
O ser humano é um ser frágil e inconstante, deseja ser um deus mesmo preso em sua própria insignificância, tenta então erguer-se sobre os ombros de outros mortais, para alcançar um trono imaginário de grandiosidade.
Em cada palavra eloquente e cada feito glorioso, em cada busca incessante por reconhecimento, o homem demonstra sua ânsia desesperada de encontrar um sentido em um mundo sem sentido. É uma fantasia criada pela mente para suprir a falta de significado e valor em si mesmo.
Na busca desesperada por validação, perdemos a essência, nos iludimos, desperdiçamos a vida em devaneios vãos, erguemos torres de areia em fundamentos frágeis. Uma busca incessante por uma efêmera grandeza.
Que libertação seria abandonar essa vaidade insana, encontrar paz na aceitação de nossa condição, transcender além dessa busca mesquinha, aceitar a finitude como uma dádiva genuína. Em vez de buscar aplausos efêmeros e divindades imaginárias, encontrar a coragem de encarar a realidade com olhos lúcidos, reconhecendo a insignificância de nossas vaidades passageiras, e abraçando a verdadeira liberdade: a aceitação de nossa finitude.
Pois só quando abandonamos a busca por validação externa, seja terrena ou superior, descobrimos que a grandeza está na humildade, no reconhecimento da beleza oculta da insignificância humana.
Ó, ser humano, preso em sua vã arrogância, que te torna prisioneiro de tua própria ilusão, que te faz esquecer de ti mesmo, que nesse eterno devir da tormenta da humanidade, cegado pela ânsia de um olhar aprovador, esquece a própria essência, sucumbe à superficialidade. Ergue-se como gigante, a procura de um ser supremo e eterno, para preencher seu vazio. Arrogante em sua essência, busca afirmação, anseia por um eco, uma voz de aceitação. À sombra de um olhar exterior, anseia por um juízo absoluto, enredado em ilusões de louvor, busca no outro o seu tributo. Ó, ser humano, desperta para a verdade, enxerga a fragrância da libertação que reside nessa outra aceitação.
Abandona a arrogância, cessa a busca vã, encontra a sabedoria na humildade e aceitação. A verdadeira paz está dentro de ti mesmo, quando te libertas da busca incessante. Em cada suspiro, na finitude que te envolve, está a beleza efêmera da existência, não busque ser eterno nem superior, mas abrace a efemeridade como uma bênção, descobre a beleza do momento presente, não busques fora o que já está em ti, encontra a plenitude na tua própria jornada.
Que tormento! Que maldição atroz, buscar a validação em olhares efêmeros, quando a grandeza reside em si mesmo, na aceitação de ser o que é, ser inteiro, e que no silêncio interior, está a verdade.
Deixe de buscar validação externa, encontre a coragem de ser quem és, aceita tua essência e tua fragilidade, e então, encontrarás a verdadeira liberdade, transcendendo para além das sombras da própria vaidade.