Alvo
CHOREI
Como é difícil expor nossos sentimentos sem caneta e papel em mãos... para quem nem alvo é de meus delírios, nem tampouco inspiração de meus sonhos... mesmo assim chorei... quando para um estranho descarreguei tudo que engasgado estava em mim... tudo o que me entristecia antes, tudo o que me faz sorrir hoje e chorei...
Já sem lágrimas a acariciar o meu rosto agora penso... o que leva uma pessoa a tal reação. Sempre encontrei facilidade em expor-me por palavras escritas e não faladas... aquelas acompanhadas a olho nu, então vejo-me embriagando os ouvidos de outrem com os meus sentimentos... sinto a garganta travando a cada palavra que digo, olhos inchando, no rosto nem mais um sorriso... lágrimas a acariciar o meu rosto...
Novamente chorei
O alvo de Deus não é conquistar territórios, visto que tudo a Ele pertence, mas, cultivar territórios. Deus não pedirá conta ao homem de ambientes conquistados, mas dos frutos colhidos pelo trabalho das suas mãos
Estou certo de que o alvo de Deus para nossa vida não e nos conceder conforto financeiro – mas sim, moldar nosso caráter a semelhança de seu próprio caráter.
Não consegui dormir pensando no alvo que se faz foco a mim, mas com minhas atenções pelo menos uma vez não tive nada a dizer;
Sempre quis entender o porquê eu sangro sozinho de saudades no que eu nunca tive;
Quem me dera acreditar na felicidade e saber que todos sabem que meu nome estar em todo cotidiano;
E é sempre eu que entendo a mim mesmo do início ao fim sem julgar meus passos;
Trabalho
T- er no dia a dia um alvo maior,
R- idente, ou choroso, sem desanimar!
A- mar, agir, florescer mesmo no inverno,
B- uscar em si, as dádivas do céu,
A- ndar de olhos erguidos,
L- igar-se no trono da graça sempre,
H- onrar ao Rei, agradecido,
O- s dias serão como um jardim viçoso.
Olhos pressionados, típico “olhar 43”, semiabertos, fixos no alvo, medindo minuciosamente cada movimento. Sei que tenho excelente pontaria, afinal foram longos anos de dedicação e treinamento, mas, ainda assim, hesito toda vez, tenho medo de errar. Cautelosamente tenciono as fibras do arco até que elas cheguem praticamente ao limite, então, vou pouco mais além, percebi que esses milímetros a mais tem surtido melhor efeito. Inspiro profundamente, solto a flecha e vibro em silêncio até que a lâmina atravesse o pulsante coração. O sangue escorre, vermelho, quente e brilhante. O amor explode, envolve, engrandece, o corpo estremece e deixa um discreto sorriso escapar. Eu sou o Cupido e amo meu trabalho. Executei-o por muito tempo com grande êxito, mas assim como em qualquer outro, enfrentei um período de provação. Distribuir amor, confesso, passou a ser uma tarefa muito difícil. Engana-se quem pensa que distribuo somente amor entre casais. Engana-se. Tenho em estoque todo e qualquer tipo deste lindo sentimento. No início da turbulência, pensei ter perdido a técnica, a força, troquei o arco, afiei um pouco mais as lâminas e até reformulei a poção, mas de nada adiantava. Percebi que o ser humano estava mudando, os corações agora, carregavam escudos que o envolviam permanentemente. Eles passaram a olhar para si e somente para si. Percebi que nada mais importava, eles não se importavam. Desanimei, enfraqueci, entristeci e desAMEI. Eu também passei a não me importar mais, e então, ninguém mais se importava com nada nem ninguém. Desiludido, perdi as esperanças, não sabia o que fazer. Peguei minhas coisas e fui em direção ao baú onde os guardaria para sempre. Coloquei tudo lá, carinhosamente, o arco, as flechas e as poções. Prestes a fechar a tampa, olhei aqueles objetos fixamente e vi a solução bem ali, diante dos meus olhos, andando comigo o tempo todo. O amor! Meu próprio amor. Tão logo, apanhei uma das lâminas carregada, fechei os olhos e cravei-a no peito, senti aquela explosão me envolver, correndo por todo o corpo, cena que vi milhares e milhares de vezes. Como era bom! Agora, mais uma vez eu me importo, ainda que não seja fácil, eu acredito na força do amor.
O silencio e uma faca de dois gumes.
Você machuca o alvo esperançoso por alguma palavra.
Mas também se machuca, pois nega sua alma de se expressar.
Se a flecha não pode recuar quando está a caminho do alvo, tão pouco você poderá mudar algo que não está debaixo de sua autoridade.
As pessoas sempre se apaixonam pelo que inventam sobre o alvo da paixão.
Depois tem que aprender a conviver com a realidade dos fatos.
Não beije um sapo esperando que ele vire príncipe, isso é conto de fadas.
Beije o príncipe que é melhor
"Ajustar o FOCO é mais importante que a potência da munição, pois independente do alvo o que vale é a precisão!"