Alucinação
OPINIÃO
Teu perfume
trouxe alucinação
quem tem razão
faz o palco dessa festa
quem protesta
nunca forma opinião
e o dragão
cospe fogo na floresta.
Droga da alucinação
Ja distante do solo que nasci
Entreguei-me à lembrança do passado
Sem querer uma droga eu conheci
E por ela eu tornei-me um viciado.
Vou sentindo a maior abstinência
Me dopando e esquecendo a consciência
Pela droga pior da realidade
Pouco a pouco drogado eu vou ficando
De momento em momento recordando
Que eu consumo da droga da saudade.
Sim, talvez não tenha passado de uma pera alucinação.
Tudo aconteceu muito rápido, naquela noite sobre a luz do luar, es que surge a minha frende uma pela mulher que há muito tempo eu vivia a procurar, diante de tanta beleza, obra da natureza, sem saber o que dizer, preferir me calar, quem é ela?
Inconscientemente me puis a perguntar, com a feição de menina, olhar inocente se pois me olha, meu coração disparou, minhas mãos suaram, meus pés gelaram, por uma fração de segundo o tempo parou....
Ela se virou e com passos lentos afastou-se, deixando pra traz o homem que com certeza iria ama-la.
Eu não quero que minha esperança seja alucinação. Eu quero que um dia, mesmo que o tempo me custe a vida, ela se concretize. Minha esperança. A que me alimenta a vida. O amor.
Quero sentir toda alucinação que você causa em meu corpo. Poder tocar cada parte do seu desejo. Quero acordar ao seu lado e ficar sentado admirando seu sono mais perfeito. Com olhar de paixão eu quero imaginar seus sonhos e saber se estou lá. Quero estar ali, sentado te olhando, esperando você despertar para eu dizer que estou apaixonado e só assim o meu dia começar. Quero seus sonhos pra mim. Sonhe comigo e eu sonho com você
Quando olhei pra vc nao sabia se era alucinação ou uma miragem, nesta hora eu pensei... Quem foi que disse que anjo nao existe . Quando vc me tocou pensei... Quem foi que disse que a pele não e macia como seda. Quando ouvi sua voz pensei... Quem foi que disse que Deus nao fala. Quando eu te beijei já nao queria saber o que eles diziam.
Bebo a saudade dos teus olhos, me embriago...e nessa alucinação, faço da tua ausência presença...rodopio no teu corpo, danço em tuas mãos e caio nos teus braços.
ALUCINAÇÃO
A vida é um campo de guerra;
Em todos lados tem um arsenal de armas...
Nesse inferno eu estou correndo atrás da altivez...
Preciso encontrar, mas onde?
Nos campos, estar o ceifador...
Nas montanhas estão nossos medos...
Nas cidades as sombras nos perseguem...
Perdi minha vida, ânimo...
Conhecendo a verdade...
E tudo isso pra quê?
Sempre esperei algo a mais...
Só me resta os dias de aflição...
Preciso ficar no silêncio....
Encontrar meu caminho, nas veredas da escuridão...
Oh! Anjo da noite me guia com seu cavalo negro ...
Com espada que tu levas ao teu lado esquerdo...
Dar-me um golpe atravessando meu coração...
Como um troféu jogue ao vampiro sugador de almas...
Agora encontrei meu caminho do meu fim, do meu tormento...
Viverei em outra dimensão com a tortura da eternidade de uma ilusão...
alucinação...
sois a ilusão do coração,
sois o vento que levou minha emoção.
lhe digo que te amo sempre para sempre,
o espaço e tempo não possuem tal gravidade,
para amar tanto sem esperar o nada da imensidão,
sobre os contos das estrelas tudo é um sonho.
ALUCINAÇÃO À BEIRA-MAR
Um medo de morrer meus pés esfriava.
Noite alta. Ante o telúrico recorte,
Na diuturna discórdia, a equórea coorte
Atordoadoramente ribombava!
Eu, ególatra céptico, cismava
Em meu destino!... O vento estava forte
E aquela matemática da Morte
Com os seus números negros, me assombrava!
Mas a alga usufrutuária dos oceanos
E os malacopterígios subraquianos
Que um castigo de espécie emudeceu,
No eterno horror das convulsões marítimas,
Pareciam também corpos de vítimas
Condenadas à Morte, assim como eu!
ALUCINAÇÃO (soneto)
Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte
Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser
A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte
E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Momentos de Alucinação
“Os dias parecem iguais,
As pessoas parecem iguais,
Todos tendo o mesmo pensamento obsessivo de crescimento na vida,
Conseguir um bom emprego ou algo parecido.
Isso parece uma monotonia sem fim,
Todos transformando seus dias em rotinas de trabalho,
Ainda outros em rotinas de estudo
E aqueles que não se submetem a esta rotina
Acabam se tornando dependentes de outras pessoas
Ou ainda nas ruas, mendigando.
Talvez tudo isso seja culpa do modelo econômico atual,
Mas não falemos de economia neste momento,
Apenas quero dizer que não sou alguém com mente socialista,
Mas também não sou cem por cento a favor do capitalismo,
Sou apenas mais um escravo deste modelo econômico
Que não tem preguiça de pensar no assunto.
Talvez se você me entendesse estaria tão louco
Como dizem que estou.
Se você pudesse ver tudo o que eu vejo
Ou escutar tudo o que eu escuto,
Perceberia que são muitas as vezes em que a sua mente
Buscando resposta para algo
Acaba criando conflitos internos
Dentre os mais variados conceitos guardados em sua memória.
Mas ver tudo o que eu vejo
Ou escutar tudo o que eu escuto, é impossível;
Pois muitas vezes são coisas criadas pela minha própria mente.
Ou talvez este seja apenas mais um
Dos meus momentos de alucinação.”
Teu rosto está escupido no meu. É delírio, alucinação...feito tatuagem de sinto em mim, marca que não sai. Persegue os meus sonhos, faz moradia nos olhos meus.
Alucinação
Mostrou-me o impossível, o inimaginável, o que ninguém nunca acreditou. Me viciou em teus vícios, em teus receios e alegrias. Agora estou como uma dependente, sofrendo por não te-la mas aqui.
Todas aquelas historias imaginada, projetadas em minha cabeça, se foram junto a você. Só consigo pensar até quando você irá acreditar em todos meus sonhos, em todas as histórias fantasiosas que inventamos.
Você acabou se tornando a luz da minha imaginação, pouco provável de acontecer, mas agora toda vez que você se vai, a luz se apaga, e é como viver sem ter uma vida, a escuridão te apaga uma lembrança a cada dia, te tira a oportunidade de imaginar.
Foi sem querer
Eu levantei o olhar e você tava aí
Tipo alucinação, não tem pra onde fugir
Me diz como é que pode acaso agir assim
Minha Alucinação
Agora não. Em outro momento, outra hora, outro dia; dia de intensa agonia, revoada de emoções, instante agonizante, desgraça em sintonia.
Fujo e rogo no dia a dia; me refugio na filosofia e pergunto amiúde à Alma Mater: “O que é a teogonia?”
Sem entender seu significado, cambaleio desnorteado. Caio, grito, choro, vou a nocaute outra vez.
Volvendo à caminhada, me surpreendo: Eu encontrei minha Pasárgada! Meu Deus, que alento!
Tempo bom já foi passado e à Bandeira, meu amigo do rei, eu agradeço, mas já chegou certo tempo em que muito provavelmente já dizes: “Certo, perdeste o senso”.
E eu vos direi, no entanto: “Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto”.
Eu canto novamente: para entender a mim - falso, louco, demente – e a teogonia que venha a ser contraparente, terás que, como Bilac, ouvir estrelas.
O sonho da família pobre é a concretização de uma volta ao mundo, contudo, é alucinação, o rico concretiza a volta ao mundo de sonho.
