Altar
-Minha mãe,
fui o seu primeiro amor,
o seu primeiro altar cá
na terra...
Hoje, trago em meus lábios, o seu sorriso que herdei, e o no coração uma imensa saudade!
Esteja feliz!
☆Haredita Angel
Se eu fosse Santa estaria em um altar, diante um monte de idolatras ajoelhados pedindo suas salvações por suas mentiras, hipocrisias, e pecados cometidos por fazer parte de uma sociedade de falsos moralismo...
Se nós, cidadãos, não apoiamos nossos artistas, sacrificamos nossa imaginação no altar da crua realidade e acabamos não acreditando em nada e sonhando inutilmente.
O homem se perdeu cego já não vê Além do que o colocar no mais belo altar A ilusão de estar completo lentamente o desfaz Tudo em busca de algo tolo que seu ego satisfaz
AQUELA
Não debrucei
de joelhos no altar
pra confessar
a pintura em minha tela
quem foi aquela
do desejo mais vulgar
pra emboscar
meu caminho por dentro dela.
Sacrifício estéril
Ser solidário na frente do altar
Depois volta e meia
Reclama e esfaqueia
Irmão sem par.
A maioria das pessoas internaliza a frase dita no altar: prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… Até que a morte nos separe.
Pronto! Está feito um juramento e muitas das mulheres, passam a vida mais morta que viva, nas relações, esperando a morte física chegar. Não nos damos conta de que muitas mortes existem nas nossas relações que independem da morte física de um dos parceiros. Com o tempo, sem os devidos cuidados exigidos pela relação, vamos enterrando o afeto, o carinho, a cumplicidade, o companheirismo, a entrega e a espontaneidade.
O amor já morreu e , ás vezes, não percebemos e continuamos como fantasmas relacionais a procura de algo que nos façaa creditar que teremos que a relação até o fim, até a morte.
Será que já paramos para nalisar o conceito da palavra morte?
Pode ser finitude, fim, final, término, final de um ciclo. Como tudo na vida acontece em ciclos, a morte também se faz presente nas relações, apesar da vida física de homens e mulheres.
No entanto, o juramento se torna mais forte pela própria representação religiosa. Finalizar a relação é pecado? Ou o fim coincide com o fim da própria vida?
Deixo você pensar a respeito… Agora, analise bem sua relação. Ela tem sido nutritiva, equilibrada, saudável, recíproca?
Que tipo de relacionamento você tem vivido ou prefere esperar de forma passiva que ele aconteça?
Relação é uma construção diária e precisamos, usando tijolo a tijolo, erguer a grande obra _ a relação. Se bem alicerçada, maior a possibilidade de duração. Se o material for de segunda, com o passar do tempo começam a surgir rachaduras, infiltrações e corremos o risco de ver nossa casa relacional ruir.
Não podemos e não devemos desperdiçar nossa vida para a infelicidade. Somos os arquitetos e construtores do nosso próprio mundo. Cabe a nós fazer as opções de forma assertiva e de acordo com nosso coração. Ficarmos presos a palavras é o mesmo que nos escravisarmos. Afinal a comunicação depende da interpretação e isso é bem individual, bem singular.
Realmente, devemos seguir a expressão: “até que a morte nos separe” até quando for possível. Sabemos que o fim é circunstancial, atemporal e cabe a nós determiná-lo.
Por isso, não se enterre em relações adoecidas e pouco nutritivas. Viver é muito preciso para ser desperdiçado. Não desperdiçe o seu tempo, independente da idade que você tenha 20,30,50,70 anos. Afinal como diz Gilberto Gil, a vida se reinaugura a cada instante em que vivemos. Portanto, você está nascendo e se reinaugurando a cada segundo.
Isso é motivo suficiente para você aproveitar e ser feliz.
Canto de partida
Se levaste o teu olhar,
Leva também este altar
Que enxergavas em nós
Se levaste as tuas mãos,
Leva também a canção
Dos teus toques, a sós
Se levaste o teu sorrir,
Leva também o porvir
De toda a minha dedicação
Se levaste os teus planos,
Leva também os enganos
Que eu fiz ao meu coração
Se levaste o teu zelo,
Leva também este apelo:
Nunca deixe de fazer - te amada
Se levaste o teu cheiro,
Leva também meu corpo inteiro
Que é tua maior morada
Se levaste os meus pensamentos,
Leva também os juramentos,
Que ecoam como uma tortura
Se levaste o teu tempo,
Deixa – me também isento
Leva esta hora impura
E por fim, se levaste a minha vida
Leva também a tua partida
Pra eu nunca mais lembrar quem fui
Zeus e eu...
Meu Zeus e eu... eclipse no panteão...
Esse Zeus é deus meu...
nosso altar é sol nascendo nas nuvens...
Altar adornado de corpos, almas e coração...
Nossa oferenda é de rendas...
rendas tecidas e entretidas
por nossos corpos em trança e dança sagrada...
Isso muito nos agrada...
teu eros é elo a bordar e desenhar amar...
beija- flor a beijar a flor amor em voos e pousos...
Repouso por entre peito e cabeça
a esperar nova performance...
Um romance em nuance
por um eros artista divino profano...
Zeus e eu...
Eu e meu Zeus...
NA COZINHA DO MEU CORAÇÃO...
Mãe, fiz do meu coração o teu altar...
de lá cuidas de tua filha...
Mãe, na cozinha do meu coração,
Tu, com tuas mãos de fada ainda cozinhas...
uma culinária de amor e poesia...
bem mineirinha...
O fogo sagrado da tua...
da nossa ancestralidade continua
fazendo magia e poesia
na fornalha com seu fogo urdido e ardido...
feito de pôr do sol...
Mãe, memória viva, que me inspira e atiça...
sempre em amor e esperança...
Mãe, tu és tudo...por tudo...
és eterna em mim...
a mais terna presença...
Levíticos 6.13: "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará."
Precisamos estar onde o fogo nunca se apaga.
Em Teus braços, eu vou me entregar
Os meus medos, eu deixo aos pés do altar
Todos os planos meus, hoje eu entrego a Ti
Toma o Teu lugar, Tu és bem-vindo aqui
Sua mente é sua casa, seu corpo seu templo, seu coração seu altar.
Cuidado com quem entra na sua casa, suja seu templo e profana seu altar.
Sandra Lima.