Almas Partidas
A partida
Ele partiu
Mas partido ficou
O coração
A alma
A calma
Abalada
Desnorteada
Sem mágoas
Nem amarras
Elevada
Confortada
Sem entender
Nada
Sem saber
Como suportar
A falta
Fé no Pai
Forte me faz
A vida anda
A dor acaba
Mas a saudade
Ah essa nunca passa.
A sua partida deixou um vazio em minha alma, e uma dor insuportável em meu peito.
Todos os dias são nublados, e uma névoa envolve meu ser. Não existe luz, motivo ou razão que me tire deste torpor... O que faço sem você, meu amor?
PONTO DE PARTIDA
Primeiro a gente casa com a alma!
Morada abstrata, onde nascem duas histórias.
Se tu queres começar, ora! Se tu queres morar, namora!
Edifica teu endereço, constrói tua memória.
Embasa na terra, alicerça o coração
Nada funcionará se não der asas à imaginação.
Percebes o que há na dança, na leveza, no falar...
Nas artimanhas do sorrir, nas entrelinhas do olhar.
Amor que ora, amor que mora, amor que aflora, namora.
Não te afliges pobre coração, logo serão dois em um. Às vezes demora!
Tu que vives na penúria, acalenta-te agora
Não chora!
Deves saber a cada dia o que há em comum
Que de longe são dois, e de perto são um
Que tu encontres na casa a alegria de viver
Se não casas com a alma, haverás de sofrer.
PARTIDA
Vê-lo partir sangra a minha Alma
As lembranças dos dias felizes que fui tua sem pudor
Dias em que meu riso foi solto
Dias em que em chamas meu corpo explodia.
Vê-lo partir quebra meu ser
Mas como prender-te à mim?
Logo eu que prezo a liberdade?
Então vá!
Mas não me diga adeus
Diga-me apenas um até breve
Deixando-me a esperança
Esperança de futuros dias quentes ao seu lado
Kátia Osório
VERDADES DA ALMA
Se hoje for o dia de minha partida?
Preocupei-me tanto com o aquilo que não pude tocar nem tampouco vivenciar, que não vivi o que se esvaia aos meus olhos.
Sou simplesmente um ser fadado a morte, esquecível, mais um ser!
O que fiz durante minha vida?
O que fiz para ser lembrado ?
Simplesmente serei um menino bom, que morreu a mercê de sua própria história, aventurando ama vã felicidade.
Antes da morte permitirei-me sonhar novamente, mudar o curso da minha história, marcar de alguma forma o mundo, ser pelo menos um vago sorriso nos lábios de alguém, e se assim não fora, que seja alguém importante para um ser, saberei assim que está vaga passagem valera apena.
A hora irá chegar, saberei que ao menos não conseguindo tanto, morri tentando.
Partida
O silêncio que invade minha alma
O grito que não saiu
A dor que não tem cura
A lagrima que não caiu
Desespero e loucura
Tudo tão insípido
Tudo sem cor
Apenas no espaço
O perfume de uma flor
Um olhar sem direção
Um carro na contra mão
E o vento que passou
O tempo que não esperou
A saudade no peito
Uma pergunta sem jeito
Porquê??
A vida sem você
é uma angustia sem fim
Eu sem você
E você mim....
Seus olhos são duas contas tristes
De uma chegada de uma partida
De uma saudade, de um'Alma ferida
Na busca sempre da perfeita batida
CORAGEM
A minha alma está partida, dividida
Despedaçada já sem forças, eu só peço
Que minha coragem vença o meu medo
Que o meu corpo não se quebre de pranto
Que a minha alma não se perca em agonia
Que a minha mente permaneça sempre erguida
Que os meus joelhos se dobrem à esperança
Que o meu coração não seja devorado pelos lobos
Que os meus inimigos me respeitem e não me temam.
"Deixo que a música penetre na minha alma e lave o que restou da sua partida.
Envolvida por ela, choro e sorrio, descompassadamente, de olhos bem fechados".
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Amor, como é ambivalente,
O jeito que te entregas na partida!
Tua alma fala bem alto, incontida...
E me fazes querer viver eternamente...
De despedida em despedida.
Sua partida
Sua partida partiu o meu coração.
Bem mais que isso.
Partiu minha alma.
Com o coração e a alma em pedaços
Tento vislumbrar um só motivo para seguir em frente.
Apenas um.
A revolta toma conta da minha alma.
Sei que a vida é injusta.
Sei das perdas que estamos sujeitos
Enquanto seres viventes.
Mas agora apenas sei da dor de um coração quebrado.
Da dor de uma alma em frangalhos.
A conclusão:
O amor fere!
Seja qualquer forma de amor ou de amar.
O amor fere!
O amor faz sangrar!
O amor é faca afiada que corta lenta e dolorosamente!
Até a mente perde a lucidez e
O corpo sem equilíbrio tomba
Num choro doído e profundamente cindido.
Dor doída!
Profunda!
Amarga!
Lenta!
Agonizante!
Sádica!
Incisiva!
Prefiro a morte!
Fui decepado!
Perdi parte de mim.
Cortaram e atiraram longe.
E eu fiquei aqui sentindo a falta
Do pedaço de mim.
E sangrando em lagrimas.
Preferindo o morrer ao viver.
Oh Morte! amiga minha
Por que se esconde de mim?
Não vês o que fizeram comigo?
Não vês o meu sofrimento?
Por que não me alivias?
Por que não se apresentas a mim?
Usa tua foice, pois já me encontro maduro para a colheita.
Vazio!
É estranho sentir-me cheio de um vazio tão grande.
Tão pleno, tão crescente, tão abundante.
Abundantemente vazio!
Cheio de nada!
Repleto de coisa nenhuma.
Ah, a dor!
Essa sim habita parte de mim.
Qual parte não saberia dizer.
Dor da alma!
Dor do coração!
Dor da mente!
Passo de uma dor terrível para
Um estado de torpor.
Tenho alguns minutos de paz
No entorpecimento.
Mas logo a dor exala sua essência
Seca, amarga como fel.
E então mergulho em um oceano de dor e tristeza.
De forma que provoca em meus olhos
Um transbordar úmido, salgado em forma de lagrimas.
Alguém disse: “lagrima: sumo que sai dos olhos quando se espreme o coração”.
O meu se encontra em uma morsa que o arrocha cada vez mais.
Até explodir pelos olhos meus,
Um sumo ardido e muito doído.
Alguém pode me beliscar para que eu acorde desse pesadelo?
Alguém?
Por favor?
Ninguém?
Quero misericórdia!
Quero acordar e abraçar minha menina.
Vendo que tudo não passou de um sonho ruim.
Por favor! Acordem-me!
Acudam-me!
Ajudem-me!
Tragam minha menina de volta!
Tragam meu bebe de volta!
O meu bebe.
Ainda ontem sentava no meu colo
E ouvia atentamente estorinhas que eu lia em seus livrinhos.
Ainda ontem em meu colo ouvia-me cantar
Canções para nina-la.
Ainda ontem dependia de mim para tudo.
Hoje...hoje onde estará?
Saiu!
Saiu para a vida.
Fez as malas,
Arrumou suas coisas e partiu.
Levou consigo parte de minha alma!
E todo o meu coração!
Levou-me a parte boa embora.
E deixou-me cacos.
Cacos ruins sem condições de serem juntados.
E assim termina.
Termina mas, não acaba.
Acaba com a morte.
Mas esta está longe de mim.
Quem me dera encontra-la!
Quem dera conhece-la!
Sigo dolorido.
Dolorido e cada vez mais revoltado.
Revoltado e cada vez mais apático.
Apático e cada vez mais triste.
Triste e cada vez mais sombrio.
Sombrio e cada vez mais menos.
Menos e cada vez menos.
Menos, menos, menos.
Mais menos até o fim.
A plenitude do menos.
Hoje menos feliz.
Menos pai.
Menos.
Menos amigo.
Menos pessoa.
Menos lucido.
Menos são.
Menos bom.
Menos marido.
Menos Fabricio.
Menos tudo.
Mais infeliz.
Mais só e vazio.
Menos mais.
E
Mais menos!
Morre um poeta
De alma pura
Sua partida
É sublime
Viaja como um passarinho
Livre ao encontro de Deus
Aqui deixo meu Adeus
A Manoel de Barros.
PARTIDA PARA O CONTRATO
O rosto retrata a alma
amarfanhada pelo sofrimento
Nesta hora de pranto
vespertina e ensanguentada
Manuel
o seu amor
partiu para S. Tomé
para lá do mar
Até quando?
Além no horizonte repentinos
o sol e o barco
se afogam
no mar
escurecendo a terra
e a alma da mulher
Não há luz
não há estrelas no céu escuro
Tudo na terra é sombra
Não há luz
não há norte na alma da mulher
Negrura
Só negrura…