Almas

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As almas belas são as únicas que sabem o que há de grande na bondade.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.

O invisível é real. As almas têm o seu mundo.

A superstição é a única religião de que as almas baixas são capazes.

O trabalho só assusta as almas fracas.

Apenas as grandes almas podem julgar as grandes coisas.

Almas gêmeas.
A minha geme e a
outra não se acalma.

O vício corrói as almas, destrói-as, rebaixa-lhes a dignidade, mata o princípio das grandes obras e consagra a vileza do espírito.

O casamento é como um pacto de duas almas e de dois corações que se unem no propósito de caminharem, de vencerem, e de serem imensamente felizes – juntos!

Noventa por cento de ferro nas calçadas,oitenta por cento de ferro nas almas"

Julgar e condenar moralmente é a vingança preferida das
almas limitadas sobre aquelas que são menos que elas, uma
espécie de indenização por tudo aquilo que obtiveram de menos
da natureza, eis uma ocasião para mostrar espírito e tornar-se
refinado — a malícia espiritualiza o homem. No fundo de seus
corações gostariam que existisse uma medida, diante da qual
também os homens ricos e privilegiados sejam seus iguais

A terra tão rica
e – ó almas inertes! –
o povo tão pobre...
Ninguém que proteste! (...)

X. Sequência:

“Suas duas almas se transformavam? E tudo à sazão do ser. No mundo nem há parvoices: o mel do maravilhoso, vindo a tais horas de estórias, o anel dos maravilhados. Amavam-se”

Conto narrado em terceira pessoa e tematiza a predestinação, o destino e o acaso.

Uma vaca de propriedade de seu Rigério foge da fazenda da Pedra e atravessa o sertão. A vaca não fugiu por acaso; fugiu por amor às suas raízes, sua “querência”, a fazenda do Pãodolhão.

Ela conhecia “o seu caminho” e estava determinada a chegar ao seu destino.

O filho de Seo Rigério prontifica-se a encontrar a vaca e trazê-la de volta.

A vaca faz o “um caminho de volta”, enquanto o vaqueiro que a persegue caminha “de oeste para leste”, chegando a perder o rastro três vezes, pois ela entrara no riacho para despistar o moço.

Por onde a vaca passava, as pessoas tentavam detê-la, mas ela escapava sempre.

À noite, o moço segue a sua busca orientando-se pelo brilho das estrelas e refletindo “aonde o animal o levava”.

A vaca chegou à fazenda Pãodolhão, atravessou a porteira-mestra dos currais, estava de volta à sua origem, cumprira o seu destino. O rapaz chega e apressa-se a subir a escada da casa-fazenda do Major Quitério e desculpar-se pelo inconveniente.

Lá, o rapaz é bem recebido. Major Quitério tinha quatro filhas. O moço apaixona-se pela segunda das filhas do Major Quitério, a mais alta, alva e mais amável. Deu-lhe de presente a vaca, já que ela era a condutora de sua travessia e de seu destino e entrega a moça “o anel dos maravilhados”.

Para Alfredo Bosi, “a trajetória das personagens exercita a noção de que o direito do livre arbítrio, possível para a vaca, é imprescindível para o homem, pois quem elegeu a busca não pode recusar a travessia.”

Que os anjos construam hospitais para as almas sofredoras. Enquanto não o fazem, construirei para elas um palácio de sonhos.

Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!

É na solidão que as almas doentes convalescem e se fortificam.

...Me insinuarei nos quatro cantos do mundo, Vibrarei nos canjerês do mar, Almas desesperadas, Eu vos amo. Almas insatisfeitas, ardentes. Detesto os que se tapeiam, Os que brincam de cabra-cega com a vida, Eu odeio os homens práticos...

Quando se tem muito a proteger, às vezes você não tem escolha exceto ser insensível.

Um indivíduo verdadeiramente habilidoso ataca quando o inimigo menos espera.

Se não há nada para refletir, um espelho se torna inútil.