Almas
Senhor, obrigada por existir nas nossas almas e nos corações dos homens do bem. Agradeço por conhecermos a fé e esperança. Abençoe pai os nossos parentes e amigos, abençoe também os que pensam em inimizade para que recebam a sua paz. Agradeço em nome de todos que nos cercam. Tu és a glória o poder! Amém!
Vivemos numa geração de cabeças barulhentas, corações vazios, almas conturbadas e espíritos mortos.
Corpos sem Amor -
De que vale tocarem-se os corpos
se as Almas não se encontram?!
Suspense! Vazio! Nada mais ...
Corpos sujos de cinza, apenas pó,
nada fica em seguida ...
Teia tecida por mãos frias, sem Alma,
palavras vãs! Espasmos-de-quimera!
E o Fogo? Esse que o Amor ateia
num rastilho de Águas-fundas? Onde?!
É apenas fricção,
desejo ainda não contido
que arde em pólvora seca
que rápida e obstinadamente se consome.
Fica o pó, o nada, a cinza desse instante!
Vazio solitário, sem pontas,
memória pejada de melancolia,
que desterra o Coração,
que enterra a emoção.
Uma imensa solidão!!!
Dor funda, punhais cravados,
dedos de um Alguém
que nos percorre o corpo e parte!
E para onde parte?
Parte simplesmente!
Tristeza imensa fica
numa Alma sem pertença
que vai e busca ternura noutros corpos.
Que erro tão errado!
Que fria ilusão!
Lamento alucinado
em Espiral de fantasia
numa busca noutros corpos
que só sabem a madrugada.
Sabem a pouco! Sabem a nada!
Porque o dia sempre chega!
A noite sempre finda...
O encanto sempre termina...
A magia sempre acaba …
Ali faltava o Coração!
Espaço Esse onde os olhos se entrelaçam,
onde se fundem Emoções ...
Saudade! Tão imensa, tão intensa
que sempre acaba em nostalgia de orações!
Eu me perdi nos becos das almas sombrias que passaram por mim.
Eu me deixei levar pelas palavras, doces mentiras com gosto de bala.
Eu me perdi em curvas, linhas poética que minhas mãos contornaram com delicadeza.
Eu vi o sangue nos olhos do ódio que refletia no meu rosto diante do espelho e, olhava para minhas mãos pra checar se elas eram mesmo capaz de fazer atrocidades; mas não, eu fracasso sempre quando o assunto é maldade...
Eu carrego os pesos das minhas dores, os curativos inúteis das minhas feridas que são só minhas.
A gente cansa de ser, de estar, de existir...
Ninguém te olha. Ninguém.
Todos andam com olhar baixo, atentos a tudo no mundo, menos com si mesmo e com o próximo que senta do lado na cadeira do ônibus de volta pra casa.
As pessoas riem da gentileza e da bondade.
As pessoas desconhecem empatia e respeito.
As pessoas viraram máquinas manipuladas por seus Smartphones.
- Eu joguei o meu hoje.
Minha cara quebrou!
Minha cara, quebrou.
Grande Deus, onipotente e onisciente! Purifica as nossas almas, mostre-nos onde erramos e auxilie-nos a aprendermos. Abençoe as nossas famílias, amigos e inimigos. A família e os amigos são os maiores bem aqui na terra, os inimigos nos ensinam como não devemos ser. Dai-nos a luz da sua sabedoria, hoje e sempre amém!
O encontro de almas gêmeas somente acontece quando existe uma mesma luz com novos horizontes, guiado pela estrela do dia e, os segredos com sinais no caminho que os astros da noite nos revela…
Tricotar da Vida -
Abrem-se as Almas à Luz da Esperança
numa Esperança em que as Almas querem Vida,
dia-a-dia, hora-a-hora, quem espera sempre alcança,
porque a Verdade do Coração nos é devida ...
E o que temos como herança
além de tantas coisas proibidas?!
Vida-a-Vida, no caminho, quem avança,
procura a liberdade da Terra Prometida ...
E no Tricotar do Coração a raiva e o sarcasmo
alimentam ódio, roubam Vida
no gesto impulsivo de quem grita!
E ante a Vida que vivemos fico pasmo!
Passa o tempo que nos inventa e devora,
passa a Vida, morre a Esperança, hora-a-hora...
Existem pessoas que nascem póstumas. Talvez tu seja uma dessas almas errantes a sonhar a vida para além do seu tempo, nas asas da arte e da poesia.
Regicídio -
Numa intensa tristeza, lamento profundo,
no silêncio das Almas, quente e perturbante,
ecoa ao longe, no Palácio da Pena, uma voz distante,
um grito de dor que abrange todo o Mundo …
Vai morto El-Rei a passar! E num eterno segundo,
seu filho, também. Atrás, D. Amélia, palpitante,
de véu negro sobre o rosto, num silencio cortante!...
Piedosa Senhora que leva cravado um punhal tão fundo!
Quão triste e penosa, quão amarga a vossa sorte!
Que até o Mar reza calado, orações de morte,
em severas toadas de límpido cristal …
Ó Senhora tão sozinha, perdoai esta gente fria,
que ao matar aquelas vidas não via que vos feria …
Que agora, a Pátria d’El-Rei, será o Céu de Portugal!
(Ao Regicidio de El Rei D. Carlos e do Principe D.Luis.
Ao Sofrimento da Rainha D. Amélia.
1 de Fevereiro de 1910. Lisboa. )
A simplicidade é a essência das almas mais elevadas. Como uma aura de luz envolve os sentimentos triviais e os transforma em poesia.
A amizade verdadeira é pautada e sustentada na afinidade entre almas. É confiança mútua. É respeito às diferenças de pensamentos. É discordar com leveza. É sinceridade na troca. É tomar uma gelada, nos encontros sociais privados, como quem se encontra num oásis (reflitam sobre esta metáfora). É ter a mesma química, na presença e na distância. É um olhar de irmão. É, acima de tudo, sentir a boa energia do abraço sincero, a cada encontro, como se fosse o primeiro.
Almas do meu Pais -
Chorai ó Almas do meu País!
Convulsionada estância, pesadelo
e distância. Aonde vais
ao som do violoncelo?! ...
De que vivem vossas esperanças?
Por onde passam vossos barcos?
A tristeza e a bonança
erguem praças, fazem arcos ...
Soluçam fundas as ruínas.
Caudais de desespero
de ilusão e choro - inteiro!
Dançam Astros no firmamento.
Solidões lacustres, urnas quebradas,
chorai arcadas, Almas do meu País - despedaçadas!
E a Tu que ficou morrendo pelas almas
que nunca iriam se acalmar:
-Uma de nós, inquieta, te salvas
daquela chama que não iria se apagar
daquela vez que Tu irá se lembrar
que quem você acha que ama
não iria mais amar