Almas
"A inveja brota com grande naturalidade nas almas ambiciosas. Em suma, quem alimenta desejos ou intenções desmedidas tende à inveja, quando seus projetos quiméricos fracassam.
Juntas, vaidade e avareza desembocam ordinariamente na inveja".
"Almas infladas podem ler absolutamente toda a história da filosofia, mas nunca passarão de cães que vivem a ladrar.
"Não há espaço para o amor nas almas dispersivas, que se afogam na superfície das pequenas satisfações ou insatisfações cotidianas".
Você se foi tão cedo dessa vida, mas eu sei que em outra, nós vamos nos reencontrar. Nossas almas estão ligadas. Eu sei disso porque depois de todo esse tempo, não houve um dia que eu não lembrasse de você. O tempo passa, a gente tenta se acostumar, mas parece que falta algo. Você acredita que eu ainda lembro do seu número de celular? Também lembrei tanto de você quando fui visitar o parque que frequentávamos na adolescência. Esse lugar lembra a nossa juventude, a nossa história, a sua vida. Mas olha, foi difícil retornar para esse parque. Ele me desperta memórias lindas, mas ao mesmo tempo, dolorosas para quem nunca soube lidar com a sua partida. É muito sentimento envolvido. Tem dias que ainda são muito difíceis. Por favor, venha me visitar em um sonho logo. Só para eu saber que você está em paz, para me trazer um pouco de paz.
"Na vastidão árida do deserto, o sol queima as almas e o aço frio das armas decide o destino dos homens."
Do que vejo nada estranho ante as almas que se sentem sós, e a liberdade perdeu o tamanho no pronome do rebanho que existe em nós.
Era noite... Pedi sossego! Pedi para ficar invisível para as almas mal intencionadas. Quase ninguém me via!
Aprendi que a imparcialidade na justiça e o valor inestimável da gratidão só fazem parte das almas acima do normal.
Apesar das mascaras, há nos nossos olhos um filtro visível que continua a separar as almas potáveis das almas impróprias para consumo.
AQUELE AMOR
Era tão do agrado, almas enamoradas
As sensações que tanto gosto faziam
Cheio de desejo e emoções douradas
A paixão que os olhares consumiam
Aquele beijo molhado, doce ventura
Com força de quero mais, felicidade
Era tão comum na partilhada ternura
Ah! como deixou no peito a saudade
Eram eus que se davam com carinho
Por inteiro. Afeto sussurrado baixinho
Ao coração. E, no meu e teu, o ardor
Hoje, na solidão de você, recordação
Chora minh’alma querendo remissão
Pois, ainda me gastando aquele amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21, outubro, 2021, 15:39 – Araguari, MG