Alma Solitária
Um coração machucado
Uma vida solitária...
Uma alma perdida.
Um amor destruído...
Por queim não saber amar de verdade
Poeta uma alma maldita e solitaria, um descaso com a felicidade, e como o poeta cujo em seu descaminho sempre a um olhar a lhe fazer suplicar amor, amor que não camufla em seu coração, e nos corações ferido, poeta que transforma sua dor em riso falso e sem extrai da profundidade de sua alma paz, busca em suas doloridas feridas sentimentos mesquinhos e surdito pra escrever o seu mais profundo intimo.
RÚSTICA HORA
A paixão sentida no revés sentimento
arremessa na alma desditosa e solitária
a infelicidade, sensação desnecessária
além, do amar, este, a mim sem alento
O pranto, a correr, e a sorte ao relento
vem do acaso, da solidão, do itinerário
que parece trazer consigo um rosário
sem rumo, que na ventura vai ao vento
Tenta, e tenta, lamenta. Olha em torno
sedento. E o silêncio suspirando lá fora
à meia penumbra, num choro morno...
Do reclamo, o luar alvacento da aurora
com seu reflexo pálido de um adorno
sofrente, murmura essa rústica hora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 outubro de 2020 – Triângulo Mineiro
FASE
Cisma a dor n’alma descrente e fria
De uma emoção solitária e calada
Em sua fronte tristonha e chorada
Pesadas rugas duma sorte sombria
A luz da paixão, vazia de alegria
Carrega a saudade amargurada
Suspira sofrência na madrugada
A solidão, companheira da agonia
Ao pé da lua prateada. Pendente
A boa dita, o bem amigo da gente
Parece que dos céus nada realiza
Geme a brisa no cerrado, agrado
Qualquer, só o penar imaculado
É ventura, fase, o tolerar divisa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/12/2020. 08’22” – Triângulo Mineiro
Exilado
A lua me exilou na noite solitária
Me jogando em um isolamento
Onde a alma se sente precária
No ter e não ter o sentimento
O que alegra, fascina, motiva
Que traz sentido e movimento
Sem que se tenha expectativa
Pois o amor não é sofrimento
Nem exílio, é afeto, iniciativa
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Savanas
Nas savanas agrestes e selvagens dos teus olhos,
minha alma caminha solitária e amedrontada,
onde está a tua caverna aconchegante ó rei leão?
Dá-me de beber das águas de teu riacho escondido,
Tenho sede, tenho sono e tenho tanto medo!
Não vês que padeço nas trilhas de tuas perigosas savanas?
Volta os teus sentidos em minha direção,
vem me encontrar nesta penosa paisagem,
onde tudo parece querer me devorar,
até o sol se torna inimigo ao meio dia,
e o vento a ele se curva em obediência.
As noites são senhoras sombrias e misteriosas,
que me fazem os terríveis pesadelos encontrar.
Quero pão, quero vinho e quero o teu peito,
e nada mais me importa senão a minha vida junto a tua.
Nas alvoradas coloridas e refrescantes,
centenas de andorinhas passam pela minha visão,
Onde vão? Onde vão todas elas voando nesta imensidão?!
Procuram certamente novas terras e novos cenários,
porque ninguém é feliz onde não consegue criar raiz.
A planta dos meus pés procura o vaso do teu coração,
acorda rei leão! Acorda deste sono de tamanha profusão!
As feras desta fria e assustadora paisagem,
me olham obstinadas como se eu fosse um pão,
estão famintas e querem alimentar suas necessidades,
mas há uma força que me transporta e me liberta,
desta fome feroz que a vida faz atingir a todas elas.
E no abstrato contexto de minhas razões,
surgem os gigantes pensamentos em discussão,
decidem entre eles o que fazer de minha desolação,
e me carregam para longe das bocas devoradoras de sonhos.
Reclina-te sensivelmente à altura do meu olhar ó rei leão!
Olha dentro dos meus profundos e cansados olhos,
neles, está o mapa que nos levará rumo ao paraíso.
Pegue o mapa sem demora e o decifre,
para que esta viagem não fique perdida na vegetação de alguma curta estação.
Rozilda Euzebio Costa
o desespero de uma alma vazia, insegura, solitária e amarga, que se afoga nas próprias gotas de veneno se manifesta na chantagem.
MOACYR (acróstico)
Minha alma solitária e triste
Onde a mágoa se abriga
Antes de te ver chorava
Como de viver "despida"
Ilusão, amor, sonho dourado
Riso de dor que se transforma em vida
Pórticos rústicos
Alma em fuga
- Solitária -
Reflexo de luzes
Ventos de ausências
Suave récita poética
Som da lira
e as folhas dançam
Um passo
Mais um
E mais outro...
A distância!
Flor com a haste quebrada
a vida dá pouco
- Nada -
A pétala amanhece sangrando
... Mistérios
des (humanizados)
Pelos Caminhos da Insignificância
No fundo da minha alma solitária,
Sinto-me constantemente perdida, sem saída.
Cada passo que tento dar, vira mais um fardo a carregar,
Uma tristeza ardente que não quer me deixar.
Vejo-me envolta das sombras e solidão,
Um vazio que consome meu coração.
A cada olhar no espelho, não reconheço o reflexo,
Uma estranha imersa em um mar deserto.
Sinto-me pequena diante da imensidão,
Um grão de areia na vastidão.
Minhas lágrimas caem silenciosas como o vento,
E ecoam a forte dor que carrego por dentro.
Porém, a pouco descobri, que a dor que sinto, não é só minha, também é de ti,
Por isso vou contar, o porquê de nós tanto errar.
Por um tempo, em um engano me perdi,
Não são as pessoas as culpadas, percebi,
Mas nós mesmos, por confiar demais, por investir.
Criamos expectativas, sonhos que sempre se desfazem,
Ainda sim, meu, nosso erro continua a persistir, mesmo sabendo o que está por vir,
"Melhor só do que mal acompanhada", eu digo,
Entretanto, todavia, permito que entrem em minha vida.
Não posso, não podemos culpá-los por não terem ficado,
A responsabilidade é minha, é nossa, temos que aguentar mais esse fardo.
"Se meu mundo caiu, eu que aprenda a levar"!
Querendo ou não, é na nossa dor e solidão que criamos forças, para assim, tentar continuar.
Solitária Estrada da Alma
Na estrada solitária da alma perdida,
Caminham passos cansados, sem destino,
A solidão é uma tempestade sem guarida,
Um mar de tristeza onde o sol não brilha.
Na escuridão dos pensamentos noturnos,
As estrelas parecem distantes e frias,
A solidão é um lamento em murmúrios,
Um eco de dor que preenche os dias.
A solitude é como uma poesia sem palavras, uma dança solitária da alma que revela a beleza da minha existência!
A outra metade
Sou uma alma solitária que vaga pelo mundo, por oceanos de tempo e espaço te procurei...
Depois de tanto tempo te procurando, te encontrei...
Agora você me pede que eu te deixe, as lágrimas caíram de meus olhos, mas te atenderei...
Porque quero que fique pelo que me ama, não pelo que te obriguei...
A Rosa...
Um dia vagando pelo mundo ela chegou até mim. Era pequena pedra, delicada, estava partida em duas partes, em duas metades. Foram separadas pela ação do destino, mas colocadas juntas voltavam a ser um só...
Um dia vagando pelo mundo ela chegou até mim. Tinha a beleza e delicadeza da mais bela das Rosas, que o perfume tomava conta de mim. Seu olhar chamava a minha alma, uma mistura de sentimentos habitava dentro do meu coração, alegria, medo, desejo. Uma conexão sem explicação, trocas de gentilezas sutis, troca olhares despretensiosos, mas profundos que só poderiam ser um chamado. Um chamando pelo outro...
Um dia vagando pelo mundo ela chegou até mim e colocou em minha mão. Me deu a sua metade da pedra, que se completava com a outra. O que demorou oceanos te tempo e espaço para se formar e se separar, agora estavam com as duas almas, cada um com a sua metade para cuidar e um dia uni-las novamente...
Um dia vagando pelo mundo ela chegou até mim. A minha outra metade, aquela que completa a minha alma, aquela que completa o meu coração, aquela que é parte de mim, aquela que se escreve com L ... A minha outra metade...
Uma alma solitária em meio à multidão na capital paulista. Assim, me sinto em meio à grupos, amigos e casais que vejo quando pego metrô, trens e ando por estas ruas.