Alma
Conversar com Deus faz um bem danado a minha alma, de vez em quando eu o questiono, brigo, mas com o decorrer dos dias tudo vai se organizando e eu me prosto e peço perdão.
Entender situações confusas que desistruturam a rotina é brochante, mas elas testam uma resistência de sobrevivência incrível.
Por vezes é necessário subir a montanha, mas após chegar ao topo percebemos o quanto era insignificante o gigante que se levantou.
Sacudindo a poeira da roupa, deixando a brisa suave tocar a face e respirar aliviado.
Vencer os desafios não é fácil, equilibrar as próprias emoções e entender que está em uma situação, não quer dizer permanecer.
Problemas existem para serem resolvidos, cada qual busca o seu melhor, e justamente quando tudo parece perdido a esperança te faz acreditar.
Há sempre uma saída!
O respirar é um presente.
Depois de um tempo a gente olha, compreende o agir de Deus e temos a certeza da evolução em nós, obtida em cada situação que parecia ser o fim.
Cada pessoa em seu íntimo já teve uma experiência com Deus, mas poucos conseguiram ver o sobrenatural e sentir essa grandeza de sentir.
A fé é a certeza de coisas que não se vêem, é a confiança no impossível aos olhos humanos.
Vivenciar essa experiência é extraordinário.
Em tudo eu vejo o meu Deus.
Pensamento de Islene Souza
Eu desejo que hoje... a alegria da esperança te abrace... que a felicidade seja sua melhor companhia... que o brilho intenso da fé ilumine o seu caminho... e que a sua alma tenha o conforto das bênçãos divinas...
Eu desejo que a sua alma tenha a paz que o seu coração precisa... que a felicidade esteja brilhando nos seus sorrisos... e que a doçura da vida seja plena em todos os seus dias.
Não deixe minha alma dormir
Ela tem estado tão acordada nas noites que passo ao seu lado
Mesmo distante, ela chora se sente ausencia de espirito
Machucados param de doer com o tempo, eles se tornam cicatrizes
Que ficam marcadas, mas, não alteram o emocional.. Não doem..
Não trazem dor e nem felicidade..
Somente indiferença..
Minha alma tem estado tão acordada
E tem acreditado em tudo que a sua boca propoe à minha cabeça
Mas é dificil acreditar naquilo que você não vê
E não tens me mostrado muita coisa
Portanto eu luto pra não deixar minha alma dormir
Enquanto vejo sua alma sonhando
Lembro de quando ela corria de um lado pro outro com a minha
Acelerando o batimento e esquentando a pulsação
Eram melhores amigas, assim como nós
Mas hoje já não posso mais enchergar isso
Por traz de mentiras e segredos.. Ameaças
Enganos.. Talvez tenha sido isso..
Acordei minha alma pra brincar com a alma errada
E hoje ela ta cansando de brincar sozinha, quer voltar a dormir
Eu, juro, não queria que isso acontecesse, pois gostava muito da sensação que as duas juntas me proporcionava
Mas, não sinto mais a confiança que eu sentia..
E não tem sido facil conviver com humilhações, indignações, raiva, brigas, desprezo, falta de compreenção, egoismo total
entre outras pequenas coisas, que eram totalmente invisiveis ao meu coração que só pensava em sentir..
Mas hoje meus olhos abrem pras imperfeições que rodeiam nossos corpos, assim como você diz, apontou, e eu vi, eu tenho muitos defeitos
Nós temos.. Eu te amo
Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em você?
Isso me acalma
Me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pras paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão
É um espelho sem razão
Quer amor fique aqui?
Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu gostar de você
Isso me acalma
Me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver
Hoje contei pras paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo
Caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão
É um espelho sem razão
Quer amor fique aqui?
Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor que está aqui
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you(bis)
Primo Basílio - Eça de Queiroz (1878)
(é recitado por Arnaldo Antunes na música)
" - Tinha suspirado
Tinha beijado o papel devotamente
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas
sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que
saía
delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho
lépido
Sentia um acréscimo de estima por si mesma
E parecia-lhe que entrava enfim uma existência
superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu intuito diferente
Cada passo conduzia um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Amor I love you
Unidade
Minh’alma estava naquele instante
Fora de mim longe muito longe
Chegaste
E desde logo foi Verão
O Verão com as suas palmas
os seus mormaços
os seus ventos de sôfrega mocidade
Debalde os teus afagos insinuavam quebranto e molície
O instinto de penetração já despertado
Era como uma seta de fogo
Foi então que min’alma veio vindo
Veio vindo de muito longe
Veio vindo
Para de súbito entrar-me violenta e sacudir-me todo
No momento fugaz da
unidade.
O melhor amor é aquele que acorda a alma e nos faz querer mais, que coloca fogo em nossos corações e traz paz às nossas vidas.
Nossa alma tem estranhas veredas.
Podemos ouvir ou ler, chocados em maior ou menor grau, a notícia de um massacre de crianças e esquecer o fato no instante seguinte, continuando a viver como se nada tivesse acontecido.
No entanto, se na rua um amigo estimado nos nega o cumprimento, voltamos para casa abalados e passamos uma noite insone, a nos revolver na cama e pensar no "fato" com uma impressão de catástrofe.
Eu sou o poeta do Corpo
Eu sou o poeta do Corpo
e sou o poeta da alma,
as delícias do céu
estão em mim
e os horrores do inferno
estão em mim
- o primeiro eu enxerto
e amplio ao meu redor,
o segundo eu traduzo
em nova língua.
Eu sou o poeta da mulher
tanto quanto o do homem
e digo que tanta grandeza existe
no ser mulher
quanta no ser homem,
e digo que não há nada maior
do que uma mãe de homens.
Canto o cântico da expansão e orgulho:
já temos tido o bastante
em esquivanças e súplicas,
eu mostro que tamanho
nada mais é do que desenvolvimento.
você já passou os outros,
já chegou a Presidente?
É pouco: até aí hão de chegar
e irão ainda mais longe.
Eu sou aquele que vai com a noite
tenra e crescente,
e invoco a terra e o mar
que a noite leva pela metade.
Aperte mais, noite de peito nu!
Aperte mais, noite nutriz magnética!
Noite dos ventos do sul,
noite das poucas estrelas grandes!
Noite silenciosa que me acena
- alucinada noite nua de verão!
Sorria, ó terra cheia de volúpia,
de hálito frio!
Terra das árvores líquidas e dormentes!
Terra em que o sol se põe longe,
terra dos montes cobertos de névoa!
Terra do vítreo gotejar da lua cheia
apenas tinta de azul!
Terra do brilho e sombrio encontro
nas enchentes do rio!
Terra do cinza límpido das nuvens,
por meu gosto mais claras e brilhantes!
Terra que faz a curva bem distante,
rica terra de macieiras em flor!
Sorria: o seu amante vem chegando!
Pródiga, amor você tem dado a mim:
o que eu dou a você, por tanto, é amor
- indizível e apaixonado amor!
Canção
Se este meu pensamento,
como é doce e suave,
de alma pudesse vir gritando fora,
mostrando seu tormento
cruel, áspero e grave,
diante de vós só, minha Senhora:
pudera ser que agora
o vosso peito duro
tornara manso e brando.
E eu que sempre ando
pássaro solitário, humilde, escuro,
tornado um cisne puro,
brando e sonoro pelo ar voando,
com canto manifesto
pintara meu tormento e vosso gesto.
Pintara os olhos belos
que trazem nas mininas
o Minino que os seus neles cegou;
e os dourados cabelos
em tranças d'ouro finas
a quem o Sol seus raios abaixou;
a testa que ordenou
Natura tão formosa;
o bem proporcionado
nariz, lindo, afilado,
que a cada parte tem a fresca rosa;
a boca graciosa,
que querê-la louvar é escusado;
enfim, é um tesouro:
os dentes, perlas; as palavras, ouro.
Vira-se claramente,
ó Dama delicada,
que em vós se esmerou mais a Natureza;
e eu, de gente em gente,
trouxera trasladada
em meu tormento vossa gentileza.
Somente a aspereza
de vossa condição,
Senhora, não dissera,
porque se não soubera
que em vós podia haver algum senão.
E se alguém, com razão,
— Porque morres? dissera, respondera:
— Mouro porque é tão bela
que inda não sou para morrer por ela.
E se pola ventura,
Dama, vos ofendesse,
escrevendo de vós o que não sento,
e vossa fermosura
tão baixo não descesse
que a alcançasse um baixo entendimento,
seria o fundamento
daquilo que cantasse todo de puro amor,
porque vosso louvor
em figura de mágoas se mostrasse.
E onde se
julgasse a causa pelo efeito, minha dor
diria ali sem medo:
quem me sentir, verá de quem procedo.
Então amostraria
os olhos saudosos,
o suspirar que a alma traz consigo;
a fingida alegria,
os passos vagarosos,
o falar, o esquecer-me do que digo;
um pelejar comigo,
e logo desculpar-me;
um recear, ousando;
andar meu bem buscando,
e de poder achá-lo acovardar-me;
enfim, averiguar-me
que o fim de tudo quanto estou falando
são lágrimas e amores;
são vossas isenções e minhas dores.
Mas quem terá, Senhora,
palavras com que iguale
com vossa fermosura minha pena;
que, em doce voz, de fora
aquela glória fale
que dentro na minh'alma Amor ordena?
Não pode tão pequena
força de engenho humano
com carga tão pesada,
se não for ajudada
dum piedoso olhar, dum doce engano;
que, fazendo-me o dano
tão deleitoso, e a dor tão moderada,
que, enfim, se convertesse
nos gostos dos louvores que escrevesse.
Canção, não digas mais; e se teus versos
à pena vêm pequenos,
não queiram de ti mais, que dirás menos.
O sorriso é o elo entre a alma e o mundo,
e tem a força de despertar no coração uma
amizade profunda e duradoura, o começo de
um romance, a aliança de um amor,
ou o perdão incondicional...
Chorou muito? Foi a limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
A alma de uma mulher é antiga, infinita e cheia de segredos. Sorva-a aos poucos, como o vinho. E não queira decifrá-la toda, em todos os seus gostos e sensações. Deixe um pouco para amanhã. E surpreenda-se, sempre.
Ah! vem, alma sombria que pranteias.
Por quem choras? Por mim?
Em vez de prantos
Deixa-me suspirar a teus joelhos.
Tu sim és pura. Os anjos da inocência
Poderiam amar sobre teu seio.
Aperta minha mão! Senta-te um pouco
Bem unida a minha alma em meus joelhos,
Assim parece que um abraço aperta
Nossas almas que sofrem. Revivamos!
O passado é um sonh, o mundo é largo,
Fugiremos à pátria. Iremos longe
Habitar num deserto. No meu peito
Eu tenho amores para encher de encantos
Uma alma de mulher
Por que sorriste?
Sou um louco. Maldita a folha negra
Em que Deus escreveu a minha sina
Maldita minha mãe, que entre os joelhos
Não soubeste apertar, quando eu nascia,
O meu corpo infantil! Maldita!
Eu
Nas calçadas pisadas
de minha alma
passadas de loucos estalam
calcâneos de frases ásperas
Onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoços de torres
oblíquas
só
soluçando eu avanço por vias que se encruzilham
à vista
de crucifixos
polícias
1913