Algemas
Apesar do medo,
escolho a ousadia.
Ao conforto das algemas,
prefiro a dura liberdade.
Vôo com meu par de asas tortas,
sem o tédio da comprovação.
Opto pela loucura, com um grão
de realidade: meu ímpeto explode o ponto,
arqueia a linha, traça contornos para os romper.
Desculpem, mas devo dizer:
eu quero o delírio
CAMINHO SÓ VAGUEIO
Vagueio por estas ruas acidentadas
Escuto o som das algemas da mente
Onde o amor mudo roía-me desde dentro
E mastigava as flores de todos os sorrisos
O vento que uiva voa invisivelmente
Rasga a alma sombria com o pranto do dia
E veio a noite verter as lágrimas do céu
Para poder morder as palavras já escritas
Desfazendo a carne sem deixar os ossos
Âmago olhar imortal na calma do silêncio
Sombra inércia perde-se no nada dentro da íris
Nos submersos movimentos que a poesia penetra
Só o AMOR nos liberta de todas as algemas da alma, só o amor nos liberta do medo, do orgulho, do egoísmo, da ambição, da raiva, da angústia, da vaidade e do nosso próprio ego, só o amor nos aproxima da felicidade, da fraternidade, do perdão, da gratidão e da paz, só o amor nos faz crer que Deus existe e transforma com esse AMOR toda a escuridão da alma em LUZ.
A real democracia
A liberdade, a extinção das algemas labiais, já dizia, a democracia, porém dizer o que pensa, paga sentença, o tronco disfarçado, no coloio alojado, na elite, será que digo bobagem, a liberdade é real, tomara e deveras meu engano, mas é certo que o pleito cultural é profano, o bloqueio das mentes, a esmola dirigida, impedindo quem tente, vou gritar em alto tom, se diz a constituição não diferenciar entre vermelho e marrom, porque a justiça não simplifica, apartada entre simples e especial, igualdade ao diferente e igualdade ao igual, qual? Ainda não vi a moral, mas o que sei é superficial, a bagatela é mais profunda, falar talvez faça diferença, depende do que se pensa, senão seu Zé, árdua sentença.
Giovane Silva Santos
“Nunca desejei tanto a loucura da fé, sei que as algemas dos homens se arma e aprisiona, mas é Deus abre as portas das grades.”
Giovane Silva Santos
Sem as algemas das expectativas e da ilusão de segurança podemos desenvolver a consciência. Se somarmos a isso a resiliência e os bons questionamentos e reflexões chegaremos, sem sombra de dúvidas, na paz e harmonia inabaláveis e tão desejadas.
A escravidão continua aprisionando a TODOS.
Com algemas reais e outras ilusórias!
As que nos causam mais danos são as ilusórias.
(Nepom Ridna)
Cada época coloca algemas invisíveis naqueles que a viveram, e eu só posso dançar com as minhas correntes.
Alma Gêmea
Há que surgir discreto
Sem firulas
Sem algemas
Há que falar a língua dos homens
Das árvores
E dos bichos
Há que romper silêncios
Entoar cânticos
Acalantos
E quando chegar
Será em forma de gente
Sublime criatura
Assim também estarei eu
Gente
Alma pura
Nenhuma censura
Alguma ternura
Total fissura
Há que acalmar o corpo
Lapidar a alma
Voar ...
ALGEMAS
Quem se entrega aos vícios está algemado ao passado,
Parado no tempo e perdido no presente...
Quem se prende aos traumas e frustrações do passado
Pune a si mesmo, agride a si mesmo, assume a culpa de erros alheios.
Punir-se, prender-se, agredir-se, culpar-se e perder-se...
Viver o hoje é desprender-se do passado,
Encontrar-se no presente e poder sonhar com o futuro...
Curtir o presente é libertar-se do passado...
É perdoar, perdoar-se, libertar-se..., é amar-se.
Desprender-se, perdoar-se, libertar-se, encontrar-se...
Liberta-se dos traumas e frustrações do passado,
É dar a si mesmo a chance do recomeço,
É livrar-se das amarras, das angustias e torturas, é não torturar-se.
É curar as feridas, libertar a alma, curar a si mesmo...
“Morre lentamente quem se transforma em escravo dos hábitos”, dos maus hábitos...dos vícios.
As grades da sociedade que enibem o pensamento,
A falsa escolha de liberdade da vida,
As algemas monetárias,
A falta de consciência, a maldade,
Engolindo nosso povo mais que areia movediça,
O sol que um dia iluminou,
Hoje se apaga,
Envolto na fumaça que sobe das chaminés da ignorância,
Valores invertidos,
Amores corrompidos,
Famílias se esmigalham,
Com essa chuva ácida de falta de valores,
Nesse jogo de interesse,
Pessoas se fazem e fazem outras descartáveis,
Se usam,
Se estragam,
Se machucam,
Os olhos se secam com a poeira da corrupção,
Cegos,
Não só de governantes,
Mas à todo instante,
Uma enxurrada de hipocrisia constante,
Onde as palavras não tem peso de regra,
E tudo vira uma tremenda bagunça,
Enquanto isso...
As bocas se calam,
As mãos se fecham,
E o mundo não para de girar.
E mesmo despido sob a luz da lua não é fácil romper as algemas do medo.
Perdidos em Oz, camuflando segredos.
Um vazio no peito criado apenas por pensamentos alheios.
A insegurança que cega o leão travando os lábios e criando freios.
Um espantalho incrédulo e atordoado em um vasto campo de girassóis.
Devaneios segredos.
Na Floresta Amazônica, na Mata das Araucárias,
nas algemas escravocratas, nas almas solitárias,
no eco da minha infância.
Escrevo seu nome.
Sobre as paredes da senzala,
no pão dos dias cinzentos,
nas estações de metrô paulistanas.
Escrevo seu nome.
Em todas as minhas lágrimas,
no frio de Curitiba,
no lago da lua viva.
Escrevo seu nome
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