Águia
Fábula da coruja e a águia
A coruja e a águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
– Basta de guerra – disse a coruja. – O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
– Perfeitamente – respondeu a águia. – Também eu não quero outra coisa.
– Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
– Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
– Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
– Está feito! – concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
– Horríveis bichos! Vê-se logo que não são os filhos da coruja – disse ela, e comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar as contas com a rainha das aves.
– Quê? – perguntou esta, admirada. – Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
MORAL DA HISTÓRIA
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Essa história nos ensina que é importante sermos honestos e dizer a verdade sobre nós mesmos e sobre as outras pessoas. A coruja exagerou ao descrever seus filhotes para a águia e isso acabou fazendo com que a águia não conseguisse distinguir os verdadeiros filhotes da coruja quando encontrou um ninho com três filhotes. A águia acabou comendo os filhotes da coruja e isso fez a coruja ficar muito triste.
A moral da história é que a honestidade é fundamental em nossas interações com as pessoas ao nosso redor.
Acredito que os filósofos voam como as águias e não como pássaros pretos. É bem verdade que as águias, por serem raras, oferecem pouca chance de serem vistas e muito menos de serem ouvidas, e os pássaros pretos, que voam em bando, param em todos os cantos enchendo o céu de gritos e rumores, tirando o sossego do mundo.
O penhasco da águia
Por detrás do vidro do terrário
os répteis
estranhamente imóveis.
Uma mulher pendura roupa
em silêncio.
a morte é uma calmaria.
Pelo fundo da terra
a minha alma escorrega
silenciosa como um cometa.
Se uma águia fende os ares e arrebata
esse que é forma pura e que é suspiro
de terrenas delícias combinadas;
e se essa forma pura, degradando-se,
mais perfeita se eleva, pois atinge
a tortura do embate, no arremate
de uma exaustão suavíssima, tributo
com que se paga o vôo mais cortante;
se, por amor de uma ave, ei-la recusa
o pasto natural aberto aos homens,
e pela via hermética e defesa
vai demandando o cândido alimento
que a alma faminta implora até o extremo;
se esses raptos terríveis se repetem
já nos campos e já pelas noturnas
portas de pérola dúbia das boates;
e se há no beijo estéril um soluço
esquivo e refolhado, cinza em núpcias,
e tudo é triste sob o céu flamante
(que o pecado cristão, ora jungido
ao mistério pagão, mais o alanceia),
baixemos nossos olhos ao desígnio
da natureza ambígua e reticente:
ela tece, dobrando-lhe o amargor,
outra forma de amar no acerbo amor.
A águia voa sozinha, os corvos voam em bandos. O tolo necessita de companhia, o sábio necessita de solidão!
Há quatro coisas misteriosas que eu não consigo entender:
A águia voando no céu;
A cobra se arrastando nas pedras;
O navio que encontra seu caminho no mar;
E o amor entre um homem e uma mulher.
Aprendendo com as águias
De todas as aves, a que mais amo e admiro é a águia. Ela é usada como símbolo dos que confiam em Deus. Representa coragem e resistência.
Acredito que, se balizássemos nossas vidas pelos princípios instintivos das águias, seríamos muito mais fortes, determinados, corajosos, confiantes, criativos. Experimentaríamos abundantemente a paz, o equilíbrio e a genuína liberdade de ser e estar no mundo.
Aprendi a amar e admirar a rainha das aves depois das valiosas informações que obtive sobre sua trajetória de vida:
1ª - Quando seu filhote ainda mal consegue voar, a águia destrói o ninho com o propósito de impedir que sua cria volte à comodidade. Leva-o às alturas e de lá o atira no abismo da atmosfera a fim de despertar nele a poderosa força de rei das aves. E nós, humanos, o que fazemos com nossos filhos? Também os preparamos para serem independentes e atuarem com coragem e determinação no mundo?
2ª - A águia é filha do sol. Desde pequena, aprendeu a sorvê-lo pelos olhos. Para ensinar essa lição, a mãe-águia segura o filhote em direção ao sol. Acostuma seus olhos ao resplendor solar. É por isso que as águias, desde pequenas, têm os olhos da cor do astro rei. E nós, humanos, o que fazemos com nossos filhos? Também, desde a mais tenra idade, ensinamo-los a sorverem a intensa luz do amor e da ternura, do apreço e da gratidão, da justiça e da solidariedade, da fé e da determinação, da humildade e da flexibilidade, da confiança, da alegria e da paz de espírito, da contribuição?
3ª - O urubu (como a águia) domina as alturas. Porém ela é infinitamente superior. Jamais se contenta com uma alimentação fácil. É das alturas que observa sua ágil e saudável presa. De lá se lança velozmente, empreendendo-lhe a perseguição. Após capturá-la, abate-a e alimenta-se das melhores partes, deixando os restos para os urubus. E nós, humanos, buscamos uma alimentação mais saudável ou preferimos a comodidade dos alimentos prontos, repletos de produtos químicos?
4ª - O que faz a águia diante da tempestade? Onde ela se abriga? Ela não se abriga. Abre suas possantes asas, que podem voar a uma velocidade de 90km/h, e enfrenta a tempestade. Depois de superá-la, voa tranquila, acima da turbulência das nuvens. Ela sabe que as nuvens escuras, a tempestade e os choques elétricos podem ter uma extensão de trinta a cinqüenta metros, mas lá em cima brilha o sol. E nós, humanos, o que fazemos diante das tempestades da vida?Escondemo-nos em ostracismo ou as enfrentamos com coragem e confiança - certos de que, após as dificuldades, conquistaremos a vitória?
5ª - Finalmente, a águia também morre. No entanto, jamais encontraremos seus restos mortais em qualquer lugar. Sabe por quê? Porque, quando ela sente que chegou a hora de partir não se lamenta nem fica com medo. A águia procura o pico mais alto, tira as últimas forças de seu cansado corpo e voa para as montanhas inatingíveis. Aí espera resignadamente o momento final. Até para morrer ela é extraordinária. E nós, humanos, como agimos diante do inevitável? Revoltamo-nos ou aceitamos partir, deixando para o mundo doces lembranças de alguém que ocupou responsavelmente este tempo e espaço no universo; alguém que fez a diferença; alguém que nasceu e viveu intensamente, e não apenas existiu?
Todos nós trazemos em nossa essência uma águia adormecida. Despertemo-la, enquanto há tempo.
O leão chama a atenção por sua força; a águia, pela agilidade; o cisne, pela elegância; o chimpanzé, pela inteligência. Os vermes e as bactérias, pela inveja.
Quem é você? Águia ou galinha?
A águia é uma ave que chaga a viver até 70 anos. Mas para chegar a essa idade, ela tem de tomar uma séria e difícil decisão por volta dos 40 anos. Nessa idade ela está com as unhas compridas e flexíveis, não conseguindo mais caçar suas presas para se alimentar: seu bico alongado e pontiagudo já está curvo; suas asas estão apontando contra seu peito, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas e voar já esta se tornando um tarefa difícil. Então a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Essa etapa consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se em um ninho próximo a um paredão, onde ela não necessite voar. Após encontrar esse lugar a águia começa a bater com o bico contra a rocha até conseguir arrancá-lo. Depois de arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas e somente depois de cinco meses ela sai para seu famoso voo de renovação. E poderá viver, então, por mais 30 anos.
E nossas vidas, muitas vezes termos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um voo de vitórias, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente quando livramos do peso do passado é que podemos aproveitar o resultado valioso que uma autorrenovação sempre traz.
A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas para estimulá-las a olhar para cima.
Tenha a astúcia de uma águia, a sabedoria de uma coruja, a coragem de um leão, a paciência de um tigre e, principalmente, a conduta de um sábio para lidar com as intempéries da vida.
Como na lenda da águia, que arranca suas penas e bico pra renascer como uma fênix das cinzas, eu gostaria de perder a memória, me desfazer dos paradigmas, das inseguranças e medos, me perder em mim mesmo e começar do zero! Já que não é possível voltar no tempo, que Deus me dê a dádiva do esquecimento.
O tempo é como uma águia, o passado é como uma fênix e eu sou um beija-flor no meio disso tudo. Pois o tempo voa rápido, o passado sempre ressurge e eu apenas observo, parada no ar, mas em constante movimento.
A águia é uma ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver cerca de 70 anos, porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos, suas unhas estão compridas e flexíveis, e já não conseguem mais agarrar as presas, das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo, se curva. Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, voar aos 40 anos já é bem difícil. Nesta situação, a águia só tem duas alternativas: deixar ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.
Este processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá reconhecer-se, em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um lugar onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno.
Ao encontrar este lugar, a Águia começa a bater o bico contra a parede até arrancá-lo, enfrentando corajosamente a dor que esta atitude acarreta. Espera nascer outro bico, com o qual irá arrancar suas velhas unhas. Com as novas unhas começa a arrancar as velhas penas.
Após cinco meses, "renascida", sai para o famoso voo de renovação, para viver então mais trinta anos.
Muitas vezes, em nossas vidas, temos que nos resguardar por um tempo e começar um processo de renovação. Devemos nos desprender das (más) lembranças (maus costumes) e outras situações que nos causam dissabores, para que não continuem a voar. Somente quando livres do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. Um voo de vitória.
Destrua o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo e retire as penas de suas asas dos maus costumes e alcance um lindo voo para uma vida nova!
Novamente a águia queima querendo chegar às estrelas
Ícaros despencam do céu em cinzas
Um sacrifício em favor da Luz
A odisseia conhece mais um triste capítulo
Frida precisa ser louvada
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