Aguentar
Este choro, que parece triste
É só a minha alma cantando.
O corpo não aguenta suas notas
Porque é carne, é frágil
Vibra densamente!
Quando afinado,
deságua.
Eu sempre me pergunto: Como você aguenta? Eu sou pesada demais, céus! Ok, confesso, nem sempre sou assim tão pesada, mas ainda sim.. me responde: Como me aguenta? Eu reclamo demais, sempre acho algo ruim em tudo, caio no choro por nada, me estresso por tudo. Vire e mexe mudo de humor, quase sempre fico de bico, de manha, de drama. Eu sou exageradamente dramática. Me diz: Como tu me aguenta, hein? Dizem que a resposta para essa pergunta que tanto questiono, é o AMOR. Será? Será que você me ama a ponto de aguentar todas essas mudanças de humor? Eu sou um vulcão guri, um vulcão de sentimentos, um vulcão em erupção. Ei guri, quanto de mim tu aguenta em ti?
Um pássaro lindo é o pelicano
Cujo bico aguenta mais do que o estômago
Ei mulher, você é o que
quiser, segura quem aguenta
e nem chega perto se não
for para amar, cuidar, elogiar,
apoiar e satisfazer ok😉
Se você deixou passar
Sinto muito por você
Ela cresceu, não é mais aquela menina
Aguenta coração
A menina evoluiu
Cheia de charme, anda por aí
Ela dança como ninguém
Um equilíbrio que assusta
Toda poderosa
Empoderada
Mulher de valor
Decidida, ela é foda!
A menininha já foi,
Só existe a mulher.
Poesia de Islene Souza
Desejos vem , desejos vão ... Mas será que aguenta tanta pressão ? Chega o momento em que acorda afrouxa e o escudo desmorona.
Guerras
A sociedade não aguenta mais
Ver a selva sendo destruída
Tanto ódio entre os animais
Para o planeta não vejo saída
Tanta briga entre os leões
Leopardos homicidas
Rinocerontes atacando aviões
Elefantes pisoteando formigas feridas
Onças entocadas para atirar
Lobos desarmados de amor
Macacos a espreita para degolar
Ursos bombardeando sem pudor
E meio a milênios de tanto horror
A espécie irracional aterrorizada
Como se proteger do poder devorador
E de animais que se sustentam de derrocada
Este cenário retratado com frustração
É inimaginável com os personagens nele descritos
De pensar que os reais protagonistas são dotados de razão
Como esperar da espécie o findar dos seus delitos.
Meu coração,
este pobre operário,
já não aguenta mais tanta manifestação,
desta usina chamada cérebro, produzindo tantos pensamentos. Um cérebro cheio de tensão,
mandando ver tanta ebulição!
"Tem gente que é igual a um Pincher, não aguenta um tapa, mas se acha capaz de enfrentar os Pitbulls."
Seja paciente e zeloso como o Sol que trabalha o dia todo, à noite aguenta a Lua cheia de fases e ainda divide sua Luz com ela.
Adeus
Se você acha que não aguenta mais,
Respire fundo e pense no caso.
Se quer esperar um pouco mais,
Pode esperar em meu abraço
Se senti vontade de dormi,
Queria que dormisse em minha cama e não aqui,
Mas se precisar desabafar
Aqui no escuro é o melhor lugar.
Quando eu não estiver, se quiser lamentar,
Não faça isso sozinha,
Lamente com as estrelas lá em cima.
E quando eu estiver, quiser chorar, chore!
Pretendo enxugar seu rosto com a minha camisa.
Não precisa agradecer e partir,
Mas se tiver, parta com toda a certeza
Que junto com a sua vida
Você vai levar uma parte da minha.
Não se preocupe, estou segurando sua mão.
A dor é forte, mas vai passar .
No futuro espero nos encontrar
E que você esteja feliz neste lugar
Me recebendo com um belo sorriso no rosto.
(Lágrimas escorrem...)
A Culpa do Corpo
Tu, corpo, não mais te aguenta
Se te exprime o limiar
Se desaba sobre o andar
Se soma não mais se enfrenta
O osso, o aço, a mania
Se entope tua narina
Debate, implora aspirina
Calada, se faz afonia
Fibras, câimbras, ruínas
Tuas formas de expressão
Não mais te grita o refrão
Do verso de outras esquinas
No fim, o corpo de outrora
Que expulsa, escuta, doutrina
Que culpa, acumula, se ensina
Agora, nao vê, não se implora
Te sente, nunca te esquece
Tu, corpo só de passagem
De tanto fazer-se miragem
Enchergas que tu te merece
Vê se comporta tua sina!
Tu, corpo, te afoga em malicia
Te tenta não ser mais polícia
Que atenta tua causa divina
Tu, corpo, não há quem te ensine
Não tenhas outras triagens
Pra ascender-se a outras imagens
Quando fraca te faz sublime.
Pois tens o que mais necessita:
Tuas torres de vigia
Teu peito, a sombra sombria
Tu, corpo, não mais te limita.