Águas
Amo a terra
Vivo nela
Amo meus pés
Que por ela me levam
Amo as águas
Que sobre ela correm
E dela me lavam
Amo a morte
Que à ela me levará
Amo a vida
Que levo e que me leva
Me eleva levemente
Sobre a terra
Ando
Deito e durmo
Sob o sol
E sob a terra
Dormirei eternamente
Tornando-me terra
Serei ela
Nave terra
Serei dela
E ela seremos nós
Subiremos no sereno
Vagaremos pelos céus
Pelas matas e montanhas
Cidades e estradas
Deitaremos sobre o mar
Sobre rios e lagoas
Devagar chegaremos à borda
E continuarei
Continuaremos
Depois do fim
Depois de nós
Eu e a terra
Eu-terra
O que sou
O que sempre fui.
Perdemos
Perceba que as águas já pararam de cair,
olhem e vejam que o sol já não brilha mais,
tudo está chorando tentando nos atrair
despontando tudo que não fomos atrás.
A passos largos oiço ao longe um murmúrio
talvez sejam as águas que correm do rio
ou simplesmente o vento a assobiar
uma canção talvez, não consigo entender
É ao ver um castelo, na luz de um pirilampo
Trazem-me um pouco das sombras serenas
de labirintos na penumbra da minha memória
ofuscando os sentidos alucinantes
sem direção, sem palavras, de ausência
oiço ao perto o murmúrio do rio, no silêncio
do nosso encontro, caminho sem rumo,
das esquecidas e murmuradas palavras que
eu não entendo, os meus passos persistem
neste caminhar cansada e incrédula, onde sinto
o cheiro, o aroma da terra verde, o musgo
nas suas margens, uma saudade que persiste
na escuridão de um segredo guardado
numa tarde de inverno, oiço o murmúrio
de dor, de saudade, de amor sentidos e esquecidos.!!
Na torrente das emoções devemos evitar que nossas palavras saiam torpes e sejam levadas pelas águas turbulentas da incompreensão.
POUSO
Para me aninhar nos teus braços percorri mil oceanos,
As águas profundas de mim mesma.
Até dormir a teu lado passei as noites em claro,
Percorri os subterrâneos.
Para ver os teus olhos tive que descobrir os meus,
Meus olhos pousados sobre pedras quentes.
Chegar a ti foi tudo o que fiz. E foi o bastante.
O afeto, a confiança e a ternura devem ser tão espontâneos quanto as águas cristalinas de um manancial.
E, bem lá no fundo
de minha alma sofrida,
há segredos, você duvida...
Só das águas do mar profundo
deixarei voltar um dia
junto a uma forte maresia...
Encontrará quem comigo fez parceria...
mel- ((*_*))
Nas águas tão claras quentes ou frias,vislumbro as “sombras” das alegrias que formam a tal canção, não há noite nem dia, nem dor, tristeza, angústia ou agonia…
Apenas o DO, RE, MI da alegria…
E o FÁ, SOL, LÁ, SI, que encheu o meu coração…
Águas de verão
Sentado na orla vendo ela passar;
Rebolando para todos os lados,
Corpo desenhado na cor do pecado.
Eu todo sem jeito olhando por baixo.
Nossa, quanta beleza!
A praia lotada, ,mulherada bronzeada.
Isso é o paraíso, cheias de Evas e nada de Adão.
Elas loucas pelo verão e
Olhando as músicas tocarem em seus corpos de violão.
Música perfeita, como a onda do mar;
Que banha seus corpos, salga e as fazem brilhar!
Mulheres!... Novas, velhas e na flor da idade.
Curtindo o verão de juventude eterna.
Renovando assim às águas de verão.
Rio selvagem.
Corre lentamente e devagarinho,
as águas do rio, pelos vales,
montanhas, lameiros,
entre giestas e choupos,
correm como as almas,
que sentem a escuridão.
Nas águas geladas do rio,
as mulheres que choram,
de dor e saudade,
que querem sair da solidão,
corre lento e devagarinho,
o rio selvagem e puro,
com as dores daqueles,
que sentem a perda de alguém.
Corre o rio entre as fragas e pedras,
com o sofrimento,
daqueles que não conseguem,
sair do seu leito,
e ficam nas margens, com o frio
e triste, está a alma,
que ninguém as quer.
sozinhas, abandonadas,neste rio,
que corre lento e devagarinho,
com a saudade dos vivos,
e dos que partiram para longe,
ficaram sozinhas as almas,
na água pura e fresca do rio,
que corre lento e devagarinho.
Direção
Nas águas do mar que navego,
Tenho medo das ondas que virão,
Das tempestades que terei que enfrentar,
Tenho medo da vida eu não nego.
Mas o leme está em minhas mãos,
Deus é minha bússola,
E cabe a mim seguir na direção,
Que me leve aonde eu quero chegar.
Se preciso for vou contra a correnteza,
Mas meu sonho, eu não vou deixar naufragar,
A minha vida vai transcorrer com a certeza,
Que eu chegarei aonde quero ancorar.
Quando as águas enleiam-me em azuis tão seus e causam saudades
Deixo-me arrastar pelas vagas da lembrança
Até que em meus devaneios
Deparo-me contigo
As águas da vida segue um ciclo que sobe e desce, evapora e se torna chuva que voltar para terra indo para nascente do rio para um novo ciclo da vida.
Deste mar que estamos as águas, somos o mais próximo de entender um pouco além sobre o que é navegar.
A história unicamente serve ao viver quando consegue ensinar que a navegação se baseia nas águas, e não nas lágrimas, do mar.
Minhas lágrimas não são apenas águas quentes e amargas. São um mar de saudade e rios de tristeza desaguando um dentro do outro.
Que meus pés sintam apenas a maciez das flores e que minhas lágrimas se misturem com as águas pra que ninguém descubra em mim a dor !
Navegando em águas mansas
Ancorado na solidão
Desfrutando lúgubre descanso
Destinado ao paraíso eterno!
Depois do outono,inverno
Primavera e verão
Tudo muda com o tempo
Como mudam os corações
Vidas tão passageiras
Sem passarem incólumes
Da amendoeira a florescer
Cabelos brancos de uma vida enfim!
Então permita-me descansar em teus braços
Usufruir esse doce momento ao teu lado
Para quando A felicidade correr
Que ela possa ser lenta como as flores de outono!