Águas
Imerso na solitude ao som das águas,
num mergulho onde os acordes ecoam...
O cenário aconchega e apraz a alma
é uma canção que nasce e em mim deságua!
Se estamos num barco, é bom escutar as águas,
apreciar as margens, tentar enxergar
o porto de chegada: não com ânimo sombrio,
mas como quem, em plena viagem,
avalia o próximo cais e tenta se abrir
para o novo que ali nos aguarda.
És inspiração, como fonte a jorrar
águas, como aqueles pássaros que
tem um cantar suave aos ouvidos,
como o balanço das ondas, como
as cores do pôr-do-sol que se
misturam ao céu, como o brilho
do luar que reflete sobre o mar.
Longos ao desenrolar inspiram-me ó belos cachos...
Correm em sonhos mais belos, como as águas dos riachos.
By: Rogério Dantas!
Caicó –RN- 20/04/2017
Lembre-se sempre, as águas de uma cachoeira nunca param de seguir em frente, utilize-as como exemplo para a vida. Siga sempre em frente, se necessário diminua a velocidade mas nunca deixe de seguir em frente para conquistar seus objetivos.
SONETO DUM PISCIANO
Sou peixes, das águas da emoção
dum olhar profundo, sou cardume
que bóia na nascente do coração
das irrigas condoídas, e de nume
Ter zelo e dedicação, sua missão
doar-se num dos lados do gume
alma encharcada de expressão
gota a gota, afeto com perfume
Banha o outro nas tuas chagas
içando doçura nas tuas austagas
peixes, místico servidor do amor
Neste mar, e com suas dragas
devora a tirania, e as pragas...
Do zodíaco, eterno sonhador!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Quarta-feira, um amanhecer chuvoso. As águas que caem mostram o amor de Deus pelos homens. Que os teus pensamentos sejam de agradecimento para que tenha uma boa quarta-feira.
Estou afundando nas aguas frias do oceano, como posso sufocar um pedido tão intenso e tão forte, como decifrar de onde vem essa vontade,
Pedido este que vem de um lugar tão desconhecido dentro de meu eu, e está me matando, não consigo, estou perdendo o folego,
Sim eu Preciso respirar, sei que prometi que não , sei que promiti aguentar, mas eu juro , aqui nas profundezas nada mais faz sentido, preciso respirar , preciso desse ar , mesmo sabendo que após emergir, o mar ira me puxar com toda sua fúria para as profundezas, e mesmo sabendo o perigo que corro ao emergir , mesmo assim, mesmo que depois seja pior, eu só preciso por um momento, so por um momento sentir como é novamente.
Vozes Do Mar
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?…
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d’epopeias?Tens anseios
D’amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz,ó mar amigo?…
… Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
AS ÁGUAS CLARAS: O SUSTENTO DA VIDA CRIATIVA
O VENENO NO RIO
“Às vezes, a mulher tropeça na própria introversão e quer simplesmente que as coisas existam só porque ela deseja. Ela pode acreditar que basta pensar que a ideia é suficientemente boa e que não há necessidade de nenhuma manifestação externa. Só que ela se sente despojada e incompleta do mesmo jeito. Todas essas são manifestações de poluição no rio. O que está sendo fabricado não é a vida, mas algo que inibe a vida.”
Encontro das Águas
Vê bem, Maria aqui se cruzam: este
É o Rio Negro, aquele é o Solimões.
Vê bem como este contra aquele investe,
como as saudades com as recordações.
Vê como se separam duas águas,
Que se querem reunir, mas visualmente;
É um coração que quer reunir as mágoas
De um passado, às venturas de um presente.
É um simulacro só, que as águas donas
D'esta região não seguem o curso adverso,
Todas convergem para o Amazonas,
O real rei dos rios do Universo;
Para o velho Amazonas, Soberano
Que, no solo brasílio, tem o Paço;
Para o Amazonas, que nasceu humano,
Porque afinal é filho de um abraço!
Olha esta água, que é negra como tinta.
Posta nas mãos, é alva que faz gosto;
Dá por visto o nanquim com que se pinta,
Nos olhos, a paisagem de um desgosto.
Aquela outra parece amarelaça,
Muito, no entanto é também limpa, engana:
É direito a virtude quando passa
Pela flexível porta da choupana.
Que profundeza extraordinária, imensa,
Que profundeza, mais que desconforme!
Este navio é uma estrela, suspensa
Neste céu d'água, brutalmente enorme.
Se estes dois rios fôssemos, Maria,
Todas as vezes que nos encontramos,
Que Amazonas de amor não sairia
De mim, de ti, de nós que nos amamos!...
Há certas águas que não matam a sede,
você já notou?
Como a saudade que não nos conduz a
Nenhuma epifania.
Saudade deveria sempre render um verso
Perfeito, visto que para nada serve.
Acordamos cansados por
Sentí-la.
Se é que dormimos.
Ela nos rouba o presente,
Nos nega o futuro.
Estou assim agora: presa
Ao passado quando
Estive com você.
A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar, as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objetos da luz
atravessam a carne onde nenhuma carne reveste os ossos.
Nas coxas, uma candeia
aquece as sementes da juventude e queima as da velhice;
onde não vibra qualquer semente,
arredonda-se com o seu esplendor e junto das estrelas
o fruto do homem;
onde a cera já não existe, apenas vemos o pavio de uma candeia.
A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
sem ter defesa ou proteção, as nascentes do céu
ultrapassam os seus limites
ao pressagiar num sorriso o óleo das lágrimas.
A noite, como uma lua de asfalto,
cerca na sua órbita os limites dos mundos;
o dia brilha nos ossos;
onde não existe o frio, vem a tempestade desoladora abrir
as vestes do inverno;
a teia da primavera desprende-se nas pálpebras.
A luz irrompe em lugares estranhos,
nos espinhos do pensamento onde o seu aroma paira sob a chuva;
quando a lógica morre,
o segredo da terra cresce em cada olhar
e o sangue precipita-se no sol;
sobre os campos mais desolados, detém-se o amanhecer.
( "Light breaks where no sun shines" )
Reme, mesmo que a pá seja pequena; corra, ainda que o vento seja forte; nade, ainda que as águas lhe empurrem para outra direção; siga em frente, mesmo que lhe ofereçam outras oportunidades, porque quem tem garra, se agarra ao seus objetivos e não põe a mente e as mãos em outras alternativas passageiras, evasivas e traiçoeiras.
Por esse mundo de águas, junho, 27
Manu,
Estamos numa paradinha pra cortar canarana da margem pros bois de nossos jantares. Amanhã se chega em Manaus e não sei que mais coisas bonitas enxergarei por este mundo de águas. Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo no desejo, só Belém me conquistou assim. Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém. O direito de sentar naquela terrace em frente das mangueiras tapando o teatro da Paz, sentar sem mais nada, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açaí. Você que conhece mundo, conhece coisa milhor do que isso, Manu (...) Belém eu desejo com dor, desejo como se deseja sexualmente, palavra. Não tenho medo de parecer anormal pra você, por isso que conto esta confissão esquisita mas verdadeira que faço de vida sexual e vida em Belém. Quero
Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim...
Um abraço do Mário.
Tom Jobim criou águas de março
Eu criei águas de junho
É o cuscuz, é o ovo, é o café quentinho
É pão com manteiga, um queijo bem fresquinho
É açúcar mascavo, é coalhada, é canjica
É inhame , é a charque, um sabão de Oiticica
Menino com quebranto , é véia benzedeira
Jumento na calçada, budega surtideira
É alpiste no vento, é um boi na cocheira
É um bebo tombando , é queda na ladeira
É o vento vetando, é saia arribadeira
É a briba, é o zangão, alma assustadeira
É chuva pinicando, é mulher fofoqueira
É moça usando bobe, uma sogra encrenqueira
É um bicho de pé, uma agulha, é um gelo , é vela pingadeira
É uma liga de soro, pedra de balieira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um borná, é gaiola , armadilha , prisão
É o fundo de rede, é o torno , é parede
Cadeira de balanço, um banco , um tamborete
É um texto de couro, é um peba, é um conto
É um tacho de doce, é um ponche, é um ponto
Ova de curimatã, é uma porca engordando
É um galo cantando, é um pé de algaroba
É Carola rezando , besouro embola bosta,
É novo pinico , um menino de coca
É um quadro de santo, é um lastro de cama
É um rural na feira, é a lama, é a lama
É um Guiné, é uma golinha, cururu, é uma rã
É um besouro do cão, é um arribaçã
São as águas de junho abrindo o São João
É tacho de canjica, é raspa de cascão
Jardel Cavalcante
Águas em movimentos de um mar muito emocionado por banhar a grandeza da tua graciosidade sob um lindo céu iluminado pelo luar, uma noite amável, detalhes fascinantes em um cenário singular, composição fortemente admirável que faz acelerar o coração, contigo, um momento inestimável capaz de gerar inspiração, ficando marcado na mente como uma preciosa e intensa recordação.
Eu e você
Eu e você linda união
Pensamentos unidos
Um só amor
Um só coração
Eu vivendo pra você é você pra mim
Eu e você juntos até o fim
As muitas águas não podem apagar
O amor que eu sinto por você
Ainda que os montes mudem de lugar
Meus sentimentos nunca irão mudar
Mesmo que as flores murchem
Que o sol não dê sua luz
Eu e você juntos Con Jesus
Eu e você almas unidas por Deus
Com você esqueço até de mim
Só amor
Só prazer
Eu vivendo pra você e você pra mim
Eu quero ser pra sempre de você
Águas Profundas 1
Nadando sozinho.
Sem ar o pulmão grita.
Tente reflita.
No desalinho.
Desesperado.
Na braçada.
não adianta nada.
Sendo carregado.
Pela água salgada.
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