Águas
Você deve esquecer suas angústias, lembre-se delas como águas passadas que a sua vida brilhará mais do que a luz do meio dia
Mudanças
O rio da vida escoa no vale da mudança perpétua. As águas que por ele passam, o fazem diferente a cada momento, impedindo que nos banhemos no mesmo rio por duas vezes. O canal é o mesmo, mas, as águas sempre serão diferentes. A mudança eterna das transformações confunde a percepção da razão do entendimento do ser, renovando o presente a cada momento.
Essa mudança, é a harmonia dos contrários onde tudo se transforma. A noite se torna dia, o inverno vira verão, o frio esquenta e o úmido seca. Neste equilíbrio dos contrários, os sentimentos da alma são como a balança que pesam as mudanças entre o amor e ódio, esperança e desespero, egoísmo e altruísmo. O limite dos extremos movimenta a realidade pelo o fluxo perpétuo das mudanças do conhecimento.
Você é o mesmo de ontem? Quem você é hoje? Que mudem as águas do entendimento, mas que se mantenha o canal da certeza qual conduz as águas dos questionamentos incensáveis. A certeza do curso do rio é a segurança que apóia a convicção da existência da finalidade do ser.
Tudo tem uma finalidade. Quem vem ao mundo ou quem nos deixa saudade. As derrotas ou conquistas. Não entendendo a finalidade dos extremos, nos transformamos em águas paradas, onde, tudo é estável e estático. São águas sem saídas onde se acumulam o vírus do ódio, da frustração, do ciúme impregnados pelo limo da destruição do preconceito. E sua vida para, pela falta do oxigênio da caridade que tudo suporta, não suspeita mal, não trata com leviandade e não condena.
Entenda o caminho das mudanças ou se esconda nas águas da estagnação. A realidade da harmonia dos contrários não cessa de se transformar uns nos outros. Se tudo não cessa de se transformar, como explicar que nosso entendimento ofereça as coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes? Como discernir a diferença entre o conhecimento que nossos sentidos oferecem e o conhecimento que nosso pensamento alcança? Nossos sentidos nos oferecem a imagem da estabilidade e nosso pensamento alcança a verdade como mudança contínua.
Aceite as mudanças e se molde às circunstâncias caso não seja possível mudá-la.
Nerivaldo Leite da Silva 12\02\09
Rio Guamá
Barcos respiram o rio.
Comem e afagam o rio.
Violões tocam as águas
Que inundam a areia
E que vêm, de quando em quando,
A conversar com essas calçadas.
Calçadas. Cimento. Aço.
Tantos pensamentos caminhando.
Muitos são sólidos,
Outros nem tanto.
Mas nada dorme
E tudo sonha no teu leito.
Por entre tuas águas, Guamá,
Caminham esperanças, amor.
O amor em tua margem.
De algum lugar
Dedos te olham.
Vêm para esquecer
Esquecer de lembrar
Desse pulsar plausível
Que está no coração
Tudo caí ao esquecimento.
Em tuas águas
Inundam os versos.
Misturam com lagrimas,
Vindas de direções diversas,
Pessoas diversas.
Cada vez que as águas vêm beijar calçadas,
O coração bate
Bate mil vezes
Vezes mil.
Bate-bate.
E olhas continuam fixados.
Há uma Primavera nas tuas águas.
Francisco Alves Arruda
(08/03/2009)
TÍNHAMOS JUNTOS!
UM PARAISO
AGUAS CRISTALINAS
CHEIRO DE MARESIA
AREIA NOS PÉS
PASSEIO DE BARCO
FUNDO DO MAR
SOL A DOURAR
ESTRELA DO MAR
NOSSO MUNDO
NOVOS SABORES
BELO ENTARDECER
BRISA DO MAR
MESMA ALMA
NOSSOS SONHOS
NOITE DE VERÃO
LUA A BRILHAR
MEDO UM DO OUTRO
DESEJOS ANTIGOS
NOSSOS DESABAFOS
NOSSA SINTONIA
GARGANTA SECA
VINHO A BEBER
SORRISOS A SOLTAR
LAGRIMAS A ROLAR
MESMA DOR
MESMO CALOR
FOTOS PARA GUARDAR
SÓ NÃO TINHAMOS OS MESMOS CAMINHOS
HOJE TEMOS!
NÓS, OUTRAS VIDAS
VOCE, SUA HISTORIA
EU, MINHA HISTORIA
EU, MINHA ESCOLHA
VOCE, SUA ESCOLHA
NÓS, UM SOFRIMENTO
NÓS, UMA SAUDADE
NÓS, A MESMA VERDADE
NÓS, O MESMO PENSAMENTO
DE QUE NADA EM TEMPO ALGUM IRÁ APAGAR TUDO QUE TINHAMOS JUNTOS.
E A CERTEZA DE NOVAS VIDAS.
Ayda Carla.
Seu reflexo nas águas traz-me o brilho de seus olhos e faz-me apaixonar.
Quero você em meu coração e tua imagem em meus pensamentos, pois eu não me canso de te fitar.
Venha sentir meus beijos o calor de meus sentimentos e como posso te amar.
Tem dias em que, pingos d'águas viram tempestades, silêncio/pesadelo, e a vontade de te ver/redemoinhos.
'AUSÊNCIA'
No terreiro: palmeiras sem ventos, galhos amarelos. Plantas sem
águas, folhas sem elos. Muro caído e o cachorro, fiel e amigo,
resiste na escuridão. Há um letreiro de nuvens discursando a
falta de chuvas ...
Na cozinha, há muito a cadeira está vazia, análogo, o armário
triste lamenta tuas mãos. Uma artilharia de traças ainda
corrói o velho violão solitário, acorrentado, soando inexistência, inutilidade de cheiros ...
No quarto, a cama solitária insiste no silêncio que congela. As dobradiças, as dobradiças resignadas estão emudecidas. As luzes pediram descanso, falta biografia, estão empoeiradas, sem vida, morosas no remanso, mero utensílio, pairando insuficiência, ausência ...
Porque estamos sedentos.
Buscamos um oásis de águas
de paz, de afetos sinceros e
de sentimentos fraternos...onde
nossas almas possam
sua sede aplacar.
Dharma
A semente caída no lago,
morrer para germinar.
E rompe as águas com suas hastes
Retira do fundo lodoso.Seus nutrientes.
Abri-se em lótus.
Busca a direção da luz.
Multiplica-se em espectros
de todas variedades e cores.
Espalha-se em virtudes,
Em círculos concêntricos.
Da sua raiz, até a flor.
O espírito não muda.
E transitam pelo lago,
de um lado para outro.
Por onde o vento soprar.
Distribuem suas belezas,
Espalhando-se na vida.
Multiplicando, seus talentos.
Sem nenhum esforço.
Apenas crescendo,
E multiplicando-se.
Para aqueles que conseguem enxergar.
Se fascinam, com suas vibrações.
Através do reflexos da luz,
Que penetra suas almas.
Isso é o suficiente.
marcos fereS
A compaixão é vertical, é um preconceito velado, é renovar o veneno da contaminação nessas águas que banham historicamente as nossas relações sociais. Atenção, amor, de verdade, acontece é na horizontal. Não no aperto de mão, mas no abraço.
Era fácil saber que era certo
era só não seguir a correnteza
não deixar as águas entrarem no bote
e ouvir:
"Você é maluco!"
Assim como o rio que através de suas águas tranquilizantes procura o tempo todo o mar (apesar de ilusoriamente parecer estar parado), assim nossa vida não sossega até encontrar-se com a eternidade. É só deixar fluir esta água para seu objetivo maior que acabará com certeza desaguando no infinito oceano do Amor.
Quisera viver em um mundo mais bonito,
onde as águas fossem sempre límpidas
e as matas mais abundantes...
Onde cada um entendesse que o mundo
não pertence a ninguém.
Ele nos foi apenas EMPRESTADO,
por algum tempo.
Sinto os pés em águas de saudades. Vejo um ponto cor de mel, observo...de longe sinto teu olhar em acenos de adeus.
As águas borbulham ao te ver,
elas se agitam querendo te envolver.
O sol emite raios cristalinos até você,
das nuvens caem versos querendo um
poema lhe dizer.