Águas
Quantos risos misturei ao som das águas
Quantas lágrimas de amor molhei no mar
Nas ondas do mar
Que, na areia, morrem,
Raios do luar...
Nas águas que correm,
No doce do mel,
Estrelas do céu.
Na felicidade
Na claridade,
Barco de papel.
Numa pipa no ar,
Rosto de criança
Ir ao céu, voar
Toda esperança
Nessa verde mata
Queda da cascata
Riso tão feliz
Todo bom matiz,
O belo arrebata.
Um sonho de infância
Na calma do ninho
Na paz duma estância
Asa, passarinho.
Em tudo na vida
E também no amor.
No doce calor
No abraço fraterno
Carinho tão terno
Que impede uma dor.
Na voz tão serena
Que acalma quem chora
Na luz mais amena
Que a vida decora.
Nos braços da amada
Na bela alvorada,
Nos sonhos risonhos
Nos mais belos sonhos,
No rumo, na estrada...
Não deixa que escuro
Se torne meu mundo
Amor tão maduro
Maior e profundo.
Andando, comigo,
Não vejo perigo,
A vida se acalma
Inunda a minha alma
No amor de um amigo!
Puras cachoeiras,
águas em danças suaves,
são lágrimas da terra
num choro de alma sentida
ofertando ao ser humano
a dádiva da vida...
Sou a âncora do barco da minha vida. Ele só navega em águas calmas e claras. Só estaciona em locais seguros; preservando-me assim de um grande naufrágio.
É bom atravessar o fogo da aflição, pois nenhum herói da resistência é formado nas águas cômodas da falsa paz!
O zelo empresarial é alimentado pela criatividade, pelos movimentos ousados em águas inexploradas e pelo zelo visionário.
Imerso na solitude ao som das águas,
num mergulho onde os acordes ecoam...
O cenário aconchega e apraz a alma
é uma canção que nasce e em mim deságua!
A vista era encantadora, á minha frente as águas da represa balançavam docemente. Patos brincavam fazendo um burburinho que trazia música ao ambiente. As minhas mãos tocavam o chão frio onde a grama ainda molhada pelo orvalho da manhã, abraçava meu corpo revitalizando os canais vitais.
Tudo estava perfeito. Você, sentado ao meu lado era como o sol, iluminando meus pensamentos e aquecendo meu coração.
Conversávamos sobre tantas coisas mas ali, naquele momento, nada precisava ser dito. Já sabíamos tudo um do outro.
Neste cenário aconchegante, com uma intimidade confortante, me virei e tomei seus pés em meu colo.
Tirei -lhe o tênis, as meias, e comecei a massagear os seus pés. Cada ponto que eu fortificava a massagem, percebia o seu relaxamento.
Então, dobrei as pernas da sua calça, tirei o meu calçado e me levantei. Erguida , pedi suas mãos e te convidei a andar um pouco.
Num instante muito rápido percebi em você, um aspecto sério, que aparentava cansaço!A Testa franzida, lábios cerrados, ombros tensos, e as suas mãos estavam pesadas.
Você estava sobrecarregado de coisas do mundo. Não era você e as suas histórias dessa vida e de outras também. Era um peso grande e muito desconfortável. Como se tivesse puxando uma carroça cheia de coisas velhas e desbotadas, tristezas, angustias,frustrações de outras pessoa.
A sua bondade e honradez é tamanha que, agora pode te causar mal estar.
Começamos a caminhada, devagarinho...
Passo a passo, fomos conseguindo nos descontrair e Sorrir das nossas atrapalhadas:
Beijos escondidos, ora rápidos e apreensivos, ora quentes e apaixonados; mãos passeando pelo corpo um do outro. E os olhares?!
Que coisa boa era buscar teus olhos e encontrar nos meus.
Ah, como estava gostoso nosso passeio.
Sentir a terra nos pés e sugar sua energia magnética. Olhar o céu, que se apresentava com uma cor azul intensa e brilhante.
Brincar qual duas crianças no parque
Conseguir, por um breve instante, esquecer quem somos.....
Você me falava das coisas que viveu. Às vezes eram engraçadas e cheias de bobagens, outras com encantamentos nostálgicos, verdadeiras histórias de quem soube explorar cada experiência dada.
Trocávamos figurinhas, compartilhávamos experiências.
E desse jeito, como dois pássaros libertos, nos conduzimos pelo parque tal qual rege a música de um cantor que revela a angustia e ansiedade de uma época que diz assim: " ... Sem lenço, sem documento, nada nos bolsos ou nas mãos..."
Você me disse assim de repente..............
Longos ao desenrolar inspiram-me ó belos cachos...
Correm em sonhos mais belos, como as águas dos riachos.
By: Rogério Dantas!
Caicó –RN- 20/04/2017
Lembre-se sempre, as águas de uma cachoeira nunca param de seguir em frente, utilize-as como exemplo para a vida. Siga sempre em frente, se necessário diminua a velocidade mas nunca deixe de seguir em frente para conquistar seus objetivos.
SONETO DUM PISCIANO
Sou peixes, das águas da emoção
dum olhar profundo, sou cardume
que bóia na nascente do coração
das irrigas condoídas, e de nume
Ter zelo e dedicação, sua missão
doar-se num dos lados do gume
alma encharcada de expressão
gota a gota, afeto com perfume
Banha o outro nas tuas chagas
içando doçura nas tuas austagas
peixes, místico servidor do amor
Neste mar, e com suas dragas
devora a tirania, e as pragas...
Do zodíaco, eterno sonhador!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Estou afundando nas aguas frias do oceano, como posso sufocar um pedido tão intenso e tão forte, como decifrar de onde vem essa vontade,
Pedido este que vem de um lugar tão desconhecido dentro de meu eu, e está me matando, não consigo, estou perdendo o folego,
Sim eu Preciso respirar, sei que prometi que não , sei que promiti aguentar, mas eu juro , aqui nas profundezas nada mais faz sentido, preciso respirar , preciso desse ar , mesmo sabendo que após emergir, o mar ira me puxar com toda sua fúria para as profundezas, e mesmo sabendo o perigo que corro ao emergir , mesmo assim, mesmo que depois seja pior, eu só preciso por um momento, so por um momento sentir como é novamente.
Estas águas calmas e verdes
Me lembraste a pequena princesa
Que me chamas de exagerado
Quando tento descrever sua gigantesca beleza
Pessoas me falam que beleza
É vinda de “coisas” grandes
Pois eu discordo com certeza
Por que são as “grandes mulheres” que neste mundo colocam uma enorme frieza
Mas se você parar de olhar o pequeno corpo
Verás que é irônico chama-la de pequena
Pois dela é transmitida um conjunto incrível de sentimentos
Que nos traz uma extravagante paz
Obrigado pequena princesa
Por permitir-me a honra de sonhar com vossa realeza
Por assim eu me esqueço
O que encheu minha humilde vida de tristeza
"São os obstáculos que fazem as águas prosseguirem.
Nenhuma rocha, por mais resistente que seja, é capaz
de deter a água. Ela tem a sabedoria para contorná-la
e seguir em frente com força e suavidade.
Nada é mais suave e nada é mais forte do que a água.
Caminha firme e lentamente, sabedoria que tem o mesmo destino do homem. Seguir em frente...
Assim também é a nossa vida. Os obstáculos existem para nos fazer caminhar cada vez mais firmes e determinados, totalmente entregues, confiantes na existência."
Inexoravelmente, as águas dos rios vão para o mar. Elas podem se desviar, represar-se, desaguar como afluente num rio maior, mas um dia chegarão ao mar. Como um objeto, que lançado de uma certa altura é atraído pela força da gravidade e, cedo ou tarde, chegará à superfície da terra. A força é a mesma.
Os seres humanos são, como um rio, que nasce e cresce fazendo o seu própio caminho, tortuoso, ziguezagueante, muitas vezes incosciente do que lhe está acontecendo ou de para onde está fluindo.