Águas
Quero fazer de ti águas passadas, arrancar-te do meu coração, pois já conformada, aceito que nossos momentos jamais voltarão. Por ti ainda sinto algo, inexplicável, talvez inexistente aos olhos humanos, do tipo que se conhece sentindo e não se vendo ou estudando. Te amo, não por opção, mas pela falta dela. O que poderia eu fazer, se não mando em meu coração? Dizem que o tempo cura tudo, pois então estou a esperar os anos passando e os buracos em mim ainda fundos, profundos, me corroem a alma, me matam, destroem o melhor que há em mim. Já não sei de mais nada, e não tenho curiosidade em saber, apenas peço para que de ti, eu consiga me esquecer.
Das águas salgadas de Iemanjá
Me purifico
Desnudo minha alma
Entrego-me
Encanto com as cores e sons...
Quando em mim ecoa seu choro, dos meus olhos suas águas transbordam.
E do seu canto, não resisto, danço
Minha mãe das águas
o porto seguro para meu coração.
Não existe felicidade, sem pleno conhecimento de si mesmo. O mergulho nas águas abissais do mar íntimo é indispensável. E a convivência, nesse contexto, é a Escola Bendita. Saber os motivos de nossas reações frente aos outros, entender os sentimentos e idéias nas relações é preciosa lição para o engrandecimento da alma na busca de si próprio”.
O resto do meu coração
se você quiser pode levar,
nas águas salgadas do mar banhar
pra todo mal acabar...
livrar,
purificar..
perfeitar.
Se você quiser
se me quiser...
Meu coração está vazio,
quebrado e com defeito
foi assim que ele ficou...
sem você, ele não tem jeito.
Com você...
ah! ele é perfeito ;)
Olhos verdes, azulados
Dá cor do mesclado das águas do mar.
Olhos meigos, tentadores,
Olhos sedutores, como é lindo o teu olhar!
Cabelos castanhos, ondulados.
Lábios rubro, despejados.
Sorriso encantador,
Definição da beleza,
Quem é que não deseja,
Teu coração, teu calor!
Vigília das Mães
Nossos filhos viajam pelos caminhos da vida,
pelas águas salgadas de muito longe,
pelas florestas que escondem os dias,
pelo céu, pelas cidades, por dentro do mundo escuro
de seus próprios silêncios.
Nossos filhos não mandam mensagens de onde se encontram.
Este vento que passa pode dar-lhes a morte.
A vaga pode levá-los para o reino do oceano.
Podem estar caindo em pedaços, como estrelas.
Podem estar sendo despedaçados em amor e lágrima.
Nossos filhos têm outro idioma, outros olhos, outra alma.
Não sabem ainda os caminhos de voltar, somente os de ir.
Eles vão para seus horizontes, sem memória ou saudade,
não querem prisão, atraso, adeuses:
deixam-se apenas gostar, apressados e inquietos.
Nossos filhos passaram por nós, mas não são nossos,
querem ir sozinhos, e não sabemos por onde andam.
Não sabemos quando morrem, quando riem,
são pássaros sem residência nem família
à superfície da vida.
Nós estamos aqui, nesta vigília inexplicável,
esperando o que não vem, o rosto que já não conhecemos.
Nossos filhos estão onde não vemos nem sabemos.
Nós somos as doloridas do mal que talvez não sofram,
mas suas alegrias não chegam nunca à solidão de que vivemos,
seu único presente, abundante e sem fim.
Somos humanos! Que bom que somos humanos!
Assim, imersos nas águas emocionais, podemos sentir os impactos das polaridades tão presentes em nossas vidas. Impactos que nos despertam do sono letárgico do "existir" para a expressiva aurora do "viver". Impactos que nos mostram que o equilíbrio se faz no caminho do meio...
Equilíbrio? Equilíbrio é chão; é lição! É vida pautada no agora, meu irmão!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Porque não consentes, num beijo de amor,
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar!
Está vendo aquele lago? Suas águas estão calmas e serenas. Eu era assim!
Mas se atirarmos uma pedra, ficará agitado. Como eu fiquei!
Com o tempo, se acalmará novamente, mas a pedra continuará lá. Fará parte dele e o modificará para sempre!
Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas.
Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar.
Olhou, então, para Deus e protestou:
"Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso,
e você me obriga a atravessar um pântano sujo como esse! Como faço agora?"
Deus respondeu:
"Isso depende da sua maneira de encarar o pântano.
Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele. Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano. Aí você se transformará em mar".
Assim é a vida.
As pessoas engatinham nas mudanças.
Quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, tornam-se tensas e perdem a fluidez e a força.
É preciso entrar pra valer nos PROJETOS DA VIDA, ATÉ QUE O RIO SE TRANSFORME EM MAR.
Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento, também acabará evitando o prazer que a vida oferece.
Há milhares de tesouros guardados em lugares onde precisamos ir para descobri-los.
Há tesouros guardados numa praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada, num salto de asa-delta...
O importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa dose de coragem e desprendimento.
Não procure o sofrimento.
Mas, se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o.
Arrisque, ouse, avance na vida.
Ela é uma aventura gratificante para quem tem coragem de arriscar.
depois de tanto insistir, tento não me guiar pelas águas turvas do medo, porque faço da vida morada dos meus sonhos e transformo os meus desejos mais íntimos em possibilidades infinitas. Entrego-me a fluidez dos instantes e deixo o tempo transcorrer a seu critério, mesmo desejando, algumas vezes, que ele passe bem depressa e satisfaça a minha ansiedade de descobrir antes dele as respostas para as minhas tantas perguntas.
Brâmane, assim como uma flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e mantém-se sobre as águas intocada por elas; eu também, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o mundo e vivo intocado por este. Lembre-se de mim como aquele que é desperto.
Deixo que as águas me levem, mas, quando é preciso eu remo
Invoco a calma e a coragem nas tempestades que enfrento
Faça o meu desejo
sedento de te seduzir e sentir
como as aguas de uma cachoeira
banham o leito do rio.
Você está quase submergido pelas turbulentas águas da aflição? Então, eleve sua alma ao Salvador. Descanse na confiança de que Ele não o deixará perecer. Quando você não pode fazer nada, o Senhor Jesus pode fazer tudo.
Olho para o horizonte em busca de respostas
incansável é a busca pelo teu olhar
águas turvas no turbulento mar…
Noites infinitas, alma cansada, doente, aflita.
A demora do teu olhar me intriga…
Portas fechadas, rumo sem saída.
Permaneço, insisto, persisto
O que parece o fim, é o começo.
Cicatrizo minhas feridas, continuo a trajetória
Cada minuto é um recomeço.
Derrota, fracasso, não sei o que é, não conheço…
Em busca de ti permaneço
Tudo estar por vir, é questão de tempo
Tudo tem sua hora e o seu momento…
Em breve, muito em breve, encerra-se o ciclo…
Passado de luta, presente de conquista e o futuro de vitória!!!
Assim se define a minha trajetória.
Do velho ao novo, a noite é a ponte,
No amanhecer que se faz recomeço
Novas águas jorram da mesma fonte.