Águas
Solte o Nó - Abra o Peito Sem Medo
Às vezes, a ansiedade pesa, nos afunda,
como águas profundas que puxam para a imunda.
Mas lembre-se, falar é luz, é respiro,
é o primeiro passo, o mais firme suspiro.
Desabafar é tirar o peso do peito,
é dizer ao silêncio que já não tem mais jeito.
Cada palavra é como âncora solta,
permitindo que o coração de novo se revolte.
Você não precisa carregar tudo sozinho,
há força em dividir, em pedir carinho.
Falar é o começo da leve subida,
é lembrar que, mesmo nas sombras, há vida.
Solte o nó, abra o peito, sem medo,
cada desabafo é um passo, é um enredo.
E assim, aos poucos, a luz vai crescendo,
e o que te afundava, você vai vencer.
Há em todos os momentos, indecifráveis cores
amores que brotam das águas
vértices que povoam pensamentos
a vida pede passagem, corre a estrada
ensaia desejos, publica versos
e nós, seres mortais apenas cumprimos o trajeto
ora pedindo, ora doando
mas em todos os momentos
pintando uma tela, que um dia será chamada
saudade...
E se finda mais uma noite,hj está assim, amanhã a paz reina,e as águas dos sentimentos voltam ao seu curso normal,a alegria voltará,e o coração palpitara unidos numa saudade só.
"Nas águas do velho Chico
Se foi o Domingos
Um ator que no capricho
Encantava tanta gente
Um ator que de repente
Foi embora sem dizer adeus.
Hoje a quinta anoiteceu
Sentindo a falta de santo
Que mais tarde vai aparecer
Mas amanhã será de pranto
Pois ele está descansando
Nas águas do velho Chico
Lá se foi o Domingos, que antes era o Santo."
Um minuto
Minha vida sempre foi rodeada de águas calmas e claras
Mas você chegou com sua confusão como se fosse uma ventania
Me virou de ponta cabeça e nem seu nome eu conhecia
Talvez eu estivesse sedenta de atenção mas o que você me causou nunca terá explicação
Poderia gastar horas do meu dia apenas na sua companhia e mesmo assim eu não saberia o significado que você trouxe para minha vida vazia
Do nada senti algo sendo arrancado de mim e logo percebi que eu tinha apenas um minuto antes de você partir
"Devemos tomar cuidado com as desilusões da vida, pois mergulhar em águas profundas corre-se o risco de não retornarmos a superfície."
Águas claras caindo no chão pés descalços sob a elevação.
Dedos sem pontos unidos meus braços abertos além disso.
Estéril fuga um aceno estirado na fileira esquecida estirpe.
Noite toda barbárie gota a gota mortalmente o resoluto feri.
Rescente reacender luminar frequente sob luar estimando-se.
Cego afundará reluz espero sonhar completo refletindo espiral.
Bel-prazer adianto o inevitável o querer sem definição real.
Interceptações e negligênciais degradam a rua dentre mortais.
Brusco atirar flecha e fogo foi morto sem espectador absorto.
Ingrediente constituído sem ler o manual o listrado pijama.
Conto primeiro se despede-te fronte ao pátio protesto vigorou.
Obnubilação mestre rei e guardiã clara luz que vem logrando.
Aflora sementeira irrigando-se a passo curto prazo puro.
Ajeita sexta respectiva pinça valente balanceando o centrista.
Romancista emigrando de tempo a porta a verdadeira vida.
Siga seu curso
Quando ás águas correm
Seguem seu curso
Apenas vão, deixam- se levar
Não perguntam
Não questionam
Não se opõem
Elas cursam seu caminho
Jamais regressando
Sempre em frente
Ás águas aceitam
O que caminho tem a oferecer
Não há obstáculos
Tudo pode ser contornado
Assim como ás águas
Deveríamos entender
Que aqui estamos
E durante a jornada
Precisamos nos movimentar
Deixar a vida fluir
Seguir seu curso
Aceitar o que ela nos traz
Águas mansas
Corredeiras
Grandes ondas
Maresia
Aprender e compartilhar
Nada é permanente
Tudo passa
Vai passar...
A dor
A alegria
A tristeza
Apenas continue...
Não pare
Não desista
Insista
Você vai chegar ao teu mar.
Durante o dia és meu escudo, e a noite meu candeeiro! Tu sustenta a terra sobre as águas,sua grandeza é incomparável...
Solidão,
Entre Céu e Mar...
Imensidão,
Tantas Águas para Navegar...
Um só Coração,
Tão sábio,
Na arte de saber Ser e Estar!
Um navio é cercado pelas águas do oceano, mas não afunda enquanto a água não entrar no casco. Da mesma forma, as coisas ruins que nos cercam só podem nos atingir se permitirmos que invadam o nosso interior.
Ficção e esperança
A ficção é um devaneio,
um navegar nas águas do tempo,
um cavalgar sem as rédeas da razão,
sem o controle dos sentimentos.
É uma ilusão real, um sonhar acordado,
ou uma completa abstração da realidade,
onde se materializa em proza, versos e rima,
a mais fértil imaginação do autor.
Mas a ficção está a serviço da esperança,
e nos permite visualizar num cenário imaginário,
os ideais capazes de gerar uma nova abordagem,
dos nossos próprios problemas e conflitos reais.
Com uma visão mais pacífica e conciliadora,
permite acreditar que o ser humano
ainda é capaz de se relacionar sem interesse,
de desejar apenas uma amizade sincera
e amar sem o intento de querer dominar.
A realidade não muda através das palavras,
mas as atitudes podem se transformar,
se deixarmos as palavras germinarem
e fazerem brotar a esperança
no solo árido do nosso coração.
Atravessar o outro lado da ponte ao lado de um inimigo é procurar ofertar o perdão sob águas bravias e recebê-lo da mesma forma sob um céu inteiramente nublado
Nossas recordações são aquedutos que nos levam a passear em doces águas profundas, e a experienciar sempre que possível em alguns momentos, a tristeza das águas salgadas