Águas
São águas passadas, escolha uma estrada e não olhe pra trás...siga em frente em linha reta e não procure o que perder, pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito.
O amor é saúde para o coração, o sorriso anuncia sua condição. Quando adoece, rios correm dos olhos, no transbordar das tristezas da alma, que desesperadamente tenta se esvaziar das águas salobras da adversa vida.
Águas claras
Quando meus pés não sentem mais o chão
E aquele velho pensamento toma meu coração
Quando as lembranças enterradas
Num passado não esquecido
Voltam trazendo sentimentos perdidos
Alegrias, sofrimentos, pequenos momentos
Sonhos, desilusões e arrependimentos
Pior que lembrar ou sentir
É saber que realmente foi o fim
Que nunca voltará, que sempre será
Uma lembrança perdida no vão das palavras
Juras de amor nunca cumpridas
Perdas sofridas refletidas em águas claras
Silêncio e temor, tristeza e dor
Não é rancor, muito menos raiva
É apenas a perda marcada na alma
Dia, noite ou madrugada
Já não me importa,
Ando por aí bem longe de casa
Seguindo meu caminho
Andando sozinho e descalço
Nessa estrada de espinhos.
Pálida Flor
Em águas de outros tempos mergulhei.
E naquele mar de solidão sem fim
Que de improviso me deparei
Com intenso amor em mim.
Por sendas verdes caminhei
E entre eucaliptos e flores me deitei
Para ti, amor, eu me entreguei
Mas em outros braços te encontrei.
A noite escura se fez, de improviso.
Em mim se tornou dor a vida, sem teu riso.
Meu tempo se foi, nada mais tem cor.
Pálida é a flor do amante sem o amor.
Poesia de mágoas…
(Nilo Ribeiro)
Esta é uma poesia de mágoas,
que lanço ao mundo,
são turvas suas águas,
um sofrimento profundo
uma poesia sem alento,
talvez melhor não vê-la,
só quem vive este tormento,
poderá compreendê-la
não vou baixar o nível,
pois não existe culpado,
só sei que é horrível,
ter o coração machucado
assim é a vida,
entre o céu e o inferno,
a cura e a ferida,
o casebre e o castelo
uma poesia sem vaidade,
apenas uma lição se tira,
“nunca uma grande verdade
vai sobrepor uma pequena mentira”
é isso que entendeu,
não é o contrário,
foi o que aconteceu
na vida deste otário…
Seja divisor de águas em meio às trevas desse mundo, Cristo é a luz, você é a luz, permita-se ser usado.
Perante o suave deslizar deste rio tão puro
Que assemelha a vida de quem sabe viver,
Pergunto às suas águas se são essas idas
A resposta silenciosa se sabe ouvir.
Assim leio o livro em que escrevo a minha vida.
Cada dia uma folha eu devo escrever e passar,
E me vem à boca a careta de um sorriso
Que não tenha de partir nunca no ponto e no final.
Vivi loucuras como todos as vivem.
Vivi bêbado de felicidade.
Sonhei acordado mesmo que todos me dizem
Que é o único caminho que não se deve andar.
Alegra-me o cumprimento de qualquer um em todas as minhas manhãs.
A alegria do rosto de quem me dá.
A luz do dia seja cinza ou seja clara.
O tempo delicado ou o tempo de tempestade.
Também vivi longas horas amargas.
Dias de inferno que chegaram a queimar,
Abrindo na alma feridas já cicatrizadas
E ainda tem o meu verso a marca de um recente punhal.
Mas, perante o alto Pinheiro em que perco a cabeça,
Sentado sobre esta pedra de rio que me dá tanta paz,
Aviso que o vento não sopra ao som da água.
Nada é eterno. Como o sofrimento, como a felicidade.
'' seja forte como pedra,intocável como o fogo,valente como as águas,e o mais importante invisível como o vento.''
Pantanal mágico
Às vezes, penso em comprar um barco e ficar por aqui.
O Pantanal é assim, tem esse poder mágico de te fazer reflefir sobre as coisas, pessoas e o tumulto que se vive.
A necessidade de me espiritualizar se faz presente, pois aqui existe uma energia diferente, um cada dia surpreendente.
Estão nos mistérios das matas, nos cantos dos pássaros, em cada animal que se espreita, no ciclo das águas que trás e renova a vida.
São as cores únicas de um amanhecer e a beleza do sol num quase anoitecer.
Quem derá eu, viver pra sempre no Pantanal cheio de paz e tanta luz.
um gene há muito tempo esquecido
retorna a água novamente
tido como por vencido
não bete com o concorrente
das águas do fim do oceano
levanta-se um canto de lira
enquanto o lago profano
se ergues ao grito de ira
no abissal se ergue um homem torto
não se sabe se esta vivo ou não
as sombras já chegaram ao porto
as águas retomam o passado a mão
o passado não esta morto
ainda aterraram, Hitler, e Napoleão
Da minha cruz vou fazer um remo
E vou remar, remar e remar.
Se em altas madrugadas avistar
Um homem que caminha sobre o rio
Eu vou saltar ao encontro Dele e
Por cima das águas eu vou andar.
Sozinho eu sei que não vou conseguir,
Sozinho eu sei que posso ate cair,
Mas se o Mestre esta na frente
Eu não vou temer a escuridão.
E eu o amei na minha inexorável limpidez de riacho de águas turbulentas ... Amei com a intensidade de todas as minhas vidas, mas ele mergulhou tão raso em mim, que não foi capaz de alcançar a placidez do mergulho, a calmaria do fundo, lugar precioso, onde guardo todos os meus tesouros.
Caminhar sobre as águas talvez seja o equivalente a continuar a viver dentro de horizontes que, se não são voláteis, são fluidos e instáveis em seus respectivos espaços tempos.
As vezes as pessoas agem e depois pensam, dai o mal jé esta feito, não se atentam para a realidade real dos fatos, as vezes palavras somente fazem volume como enchente, mas a verdadeira sabedoria esta nas profundezas. Sabemos que é absurdo defender um culpado, mas muito pior é pegar pesado com o inocente. Muitas vezes, pessoas pegam um detalhe de um fato e mudam todo o contexto, mudam a história de vidas, não se atentam para o verdadeiro propósito. A insensatez as vezes somente provocam brigas, e destroem sonhos. Salomão já disse uma vez: "Saber o certo é como ter águas profundas no coração; o sábio as tira de dentro do poço quando é necessário". Bom dia... e que a Benção de Deus acompanhe quem Nele crê!
Nunca vire as costas para Deus, sabendo que o grande Divisor de águas pode secar todos os oceanos do nosso planeta.
TAO
Lua serena,
noite tranquila,
águas refletem como um espelho
minha alma dourada.
Na solidão, batalha sangrenta.
Ventos que passam astuciosamente,
ora me carregam,
ora me acariciam o rosto.
O ato de voar pertence a todos,
mas como fazê-lo graciosamente?
Diante do infinito o cansaço toma conta.
cair num labirinto de ilusões
ou enfrentar o árido deserto?
Naja, ventre venenoso rasteja sobre o pó,
pés calejados não sentem mais dor,
corpo nu ao relento.
Do cume de um monte avisto o horizonte,
céu azul e nuvens de concreto voltam a me aterrorizar.
Quebrando o silêncio um grito,
o rompimento de uma vida.
Lágrimas rolam pela face queimando como chama ardente e caem pelos pés molhando a terra.
A semente germina e ao sol queima a planta, novamente o marasmo volta a dominar.
Seguindo pegadas, notei que andava em círculos, um calor começa a corroer,
quando percebi que sob encurvados lombos a paz volta a dominar,
Então, águas paradas refletiram minha alma dourada novamente.
Quando surfamos nos prazeres da vida, esquecemos de nos banhar nas águas mornas e tranquilas que Deus nos oferece e com isso, nossa alma estará mais próxima de seu próprio afogamento