Água
Imaginando nós.
Num banho... A sós
A água que cai a todo vapor.
Os corpos molhados e o calor
Corpos ensaboados
Nessa imaginação pelados
Esse banho seria demorado
Porque as roupas estariam de lado...
Eu sem você,
Sou um jardim sem flor,
Um rio sem água ,
Um peregrino à procura do amor.
Você é o meu tudo,
É algo inexplicável ,
É extenso e profundo,
Algo doce e amável.
Sem você, jamais teria um mundo,
Seria um homem errante,?
Talvez um velho moribundo,
Nessa terra de gigantes.
Eu sem você,
Sou uma noite sem a lua,
Jamais teria um porquê,
Pois sentiria na carne crua.
Porque sem você,
Não sei nem sonhar,
Seria um mero homem vazio,
Sem a capacidade de amar.
Eu sem você,
Eu nada seria,
Uma história sem sentido,
Um escravo sem alforria.
Você é o meu céu,
Princesa, minha doce sereia,
E com os teus lábios de mel,
O meu corpo explode e incendeia.
Eu sem você
Prefiro nem imaginar,
Pois não saberia viver,
Seria um errante a beira-mar,
Procurando motivos para entender,
O quão necessário é te amar.
Lourival Alves
Amar é se aquecer num dia frio, pura conexão, a água do mar se conecta com a do rio. Ir pra longe da onde veio na esperança de completar seu eu por inteiro. autor dessa peça escreve seu próprio roteiro. Tarefas o dia inteiro, será que a morte é sossego? A vida após a morte é a esperança de justiça dos explorados.
As vezes, só preciso de uma vaga na garagem, uma cama com travesseiro, e uma garrafa com água, (e não precisa ser gelada); um computador, com um bom retorno de áudio, e tudo estará perfeito...
Não exijo geladeira, ventiladores, ar condicionado, e não precisa excesso de comida.
Dentro de mim moram milhões de sensações e sentimentos. O que pra você é uma gota d'água para mim pode significar um oceano.
Ó, água, por que você só mata a sede? E a fome atiças?
Perdoa minhas perguntas ingratas,
Que direi quando não te tiver nem a ti?
Agora, vou congelar-te para ver se como pedra de gelo
Quiçá o estômago confunde-te
E por agradável falha matas a fome.
VICIOSO
No vício eu me perdi, desatinado,
Inebriando os sonhos em goles fundos,
Água transparente em trago profundo,
Engolindo pesadelos sem cuidado.
Esqueci dos sorrisos, do amor velado,
Afundei na lama dos lixões do mundo,
Devoção licorosa, é meu terreno imundo,
Obra humana, pecado capitalizado.
Na provisória dor da mente entregue,
A alma manchada por essa sina vil,
Desvairado, sem luz, me tornei intruso.
Porém, busco redenção, esperança surge,
Os versos do soneto, um grito sutil,
Transformam-se em luz, em resgate e em uso.
Ouço a música da chuva, cada pingo de água é um acorde no piano e as gotas são como notas de teclado. A chuva é a melodia que embala a minha noite, um som relaxante e repleto de beleza.
A genialidade se comparada a tudo que não é sabido, é como uma gotícula de água em meio a inúmeras, suspensas no ar.
250623
Tempos de jumentos
01) Nos tempos atuais algumas reuniões têm como pauta a tônica da água. Muitas cargas, por sinal.
02) Frase do caçador na selva amazônica, quando um leão sai de uma mata: Ei-lo que surge por entre as matas da Amazônia, com o peito em festa e o coração a gargalhar.
03) Para mostrar que é um coitadinho, tem jumento falando bobagem de doer. Diz até que a mãe que nasceu analfabeta, como se alguém já nascesse sabendo ler e escrever.
04) Se lhe jogarem para a linha de fundo durante o jogo da vida, não significa que você é jumento. Talvez ao bater o escanteio ainda consiga fazer gols. Insista jogando, seu jumento.
05) É melhor viver chorando e pedindo emprestado, que morrer como um jumento sorrindo, se não tiver como pagar.
06) A eterna glória de viver vai depender de um divinal querer. Jumento não quer ter amor, pois nunca saberá do divino viver.
07) O ombro é o local mais importante do corpo humano, onde a dor da decepção pode ser curada ou relaxada.
08) O ombro amigo é o estacionamento dos desesperados.
09) Ao ver sorriso de alguém para você, diga adeus à solidão. O sorriso é a chave das portas de toda escuridão.
10) A vantagem do semianalfabeto é assinar e depois dizer que não leu o documento, e esse é o álibi perfeito do jumento.
11) A primavera é o momento de brotar as flores, refletir sobre a burrice dos espinhos, que tentam impedir novos amores.
12) Mude somente para ser diferente. Não queira ser melhor que os outros, pois assim é que vai ficar tudo igual.
13) Se levarem o coração do jumento, não fará qualquer falta hereditária, pois nunca teve sentimento em suas coronárias.
14) A vaidade é a mãe da prepotência, e a arrogância é prima-irmã do caos em qualquer ilha. Mas somente o amor e o respeito salvará sua família.
15) Escreva o que está sentindo, para confirmar seu pensamento, pois sem opinião você pode ser confundido com um jumento.
Do livro: Pensamentos Boscanos nº 01 – Rapsódia de 750 reflexões – UICLAP: São Paulo, 2023. ISBN: 978650069879-4
Vida em tudo, na noite a água, no dia a água, na infância, na vontade de olhar, no nascer da nova vida, na calha da bica, assim eu nasci água.
E surgiu a água e todos os demais elementos vida com a percepção da luz!
Minha mãe a terra, meu pai o tempo.
E oque somos?, apenas lembranças.
Ainda sim! Somos existência, este imaginar
o chamamos de viver.
O fervor da água depende da ebulição do líquido, porém o fervor do espírito, depende da oração, da fé, do conhecimento da palavra de Deus e da prática.
Você entra na minha casa, bebe da minha água, come do meu pão, fala de si...
Mas não vejo a natural reciprocidade, me permitindo entrar na sua casa e, falar de mim.
Nunca existirá um relacionamento entre nós, pois você desconhece meus valores, e os seus são obscuros.
Somos,
Como água fervente que evapora.
Como gelo que derrete, como um vento, um momento.
Somos o agora.
A GOTA D’ÁGUA
Fonte da vida e morte de tão vida
Cuja terra agradece, não em demasia
Alenta tudo que é, e o que não é
Emerge do nada e inicia a sua corrida
Por vezes estagnada em alguma bacia
Alimenta o vazio com desmedida fé
Usualmente predisposta a ser bebida
Não importa, se em jarra meio cheia ou meio vazia
Fria ou quente, doa-se até para o melhor café
Mal regida, torna-se mágoa
Surdindo por meio de bágoa
A gota d’água, é pé ou tromba d’água
Tersa ou turva
Basto para aqueles, porque é alívio
Basta para estes, porque é dilúvio
Pingo que gera pinga
Em excesso inebria
D’outra forma sobria
Baga d’água
Salgada é canja,
Doce é ideal para suco
Salubre, perfeita para ablução
Pinga d’água
Hábil a matar a fome e sede
Em sede de sequidão
Seja lá porque cargas d’água
Mas a fonte da vida
É a gota d’água
Um dos bens mais preciosos e dádiva divina.
Vamos consumir a água de modo racional!
O que o homem
diante da efemeridade da vida?
Sangue e pó
Entre nervos e juntas
Água,
Chão
Pisa o abismo entre chamas e brasas
O vento sopra
A chuva cai
Oscila o tempo, acalma o temporal
de pingos e pingos umedecida a alma
Da tarde, do ocaso
Esperando o amanhecer!