Água
MARESIA
O céu derramou a água
A água inundou o mar
O mar trouxe-me a mágoa
A mágoa de querer estar
Estar contigo
E contigo ficar
Levar-te comigo
E comigo te levar
Às ladeiras de Olinda
Oh! Que lindas ladeiras!!!
O mar inundando as areias
O feitiço das bebedeiras
As lindas serestas
A boêmia brejeira
Praça do Carmo
“Carmiconsciênte”
Sinto o brilho do céu
Segurando todo o meu fel
Relaxando-me calmamente
Durmo ao som de uma cantiga
Yapotan deu seu grito de guerra
O dilúvio há de inundar a terra
Saudando os filhos de Nanã.
Sinto como se minha vida escorresse como água pelas minhas mãos, e quanto mais eu as fecho e aperto-as... Mais eu sinto o seu desperdício. E neste momento eu fico a pensar se a mordida de Anúbis não me aliviaria desta dor e deste tremendo desconforto mental.
A maioria não vê a água que há no fundo do poço. A minoria consegue aproveitar toda a água. E a chuva continua sendo necessária.
As piores coisas que provei
Beber água sem ter sede
Pedir algo envergonhada
Cair de noite da rede
Mentir por que fui forçada
Dormir sentindo fome
Aguentar choro calada
Ser traída pelo homem
Por quem era apaixonada
Na noite de luar onde lá de cima sua beleza em contra o mar, refletindo sobre a água os traços da minha princesa. E reinando sobre a noite, fazendo dos teus olhos as estrelas.
E o tempo passou
Quando ela entrou a temperatura da água estava boa
Então, ela ficou
E o tempo passou
A temperatura da água aumentou
Mas ela se acomodou
Nem hesitou
E o tempo passou
E a temperatura da água foi só aumentando...
Quando despertou
Já estava toda queimada
Mas as feridas não mais doiam
Pois estava acostumada e anestesiada
E o tempo passou
Caramba, ACORDA, PULA FORA!
Com meus ouvidos totalmente submersos na água podia ouvir o maior barulho do mundo!
O som do silêncio que está dentro de mim...
Nenhum outro som atrapalhou ou interferiu naquela sensação de bem estar que eu sentia.
Podia ver o azul do céu, sentir o calor do sol na minha pele e tocar a água com todo meu corpo...
Estávamos eu, o mundo e eu!
Minha respiração e a leveza do meu corpo tal qual a da minha alma, estavam totalmente sincronizados na PAZ.
Vez ou outra, eu via pequenas nuvens que se encontravam ou se afastavam umas das outras, desenhando no céu exatamente o que vivemos aqui em baixo – encontros e desencontros...
Mas, aqueles momentos foram só de encontros!
De mim comigo mesma... Uma conversa interminável... Um som infinito!
Braços esticado na ponte
e se ouve o vento serpenteante
as lúfadas da água fria
traz consigo um novo dia.
Vê-se abaixo água a correr
e nos nossos corações vontade de viver
nestas dificuldade
onde a caridade apresenta a irmandade...
O povo é moldado igual a água, mas ao ser incitado reage tal qual o fogo, que quando se coloca lenha ele se inflama-se mais,
Até gostaria de lhe mostrar uma saída, mas diante do que mostra ser, procure por si, água no deserto.
Se na caminhada você se cansar, pare apenas pra tomar água,lembrando sempre que alguns te seguem,mas chegará um momento que tens que continuar sozinho,haja vista que a caminhada é apenas sua,muitos dos que pra trás ficaram,estavam querendo te ver tropeçar, outros te incentivar,no fim do percurso aguardam ansioso teu triunfo,assim sendo:segue..."
Sinto no andar tranquilo a areia entre meus dedos.
A água, que por vezes, fria, toca meus pés, não me incomoda.
Seu som, ritmado e sereno acalma e encanta,
Por vezes olho no distante e a imensidão do azul me apresenta sua grandeza.
E me revela a insignificância do que somos.
A brisa que toca minha face me liberta todas as minhas aflições
E a cada vez que respiro, sinto-me inebriado pela paz que reina neste recanto do divino
Ninguém pode me alcançar aqui
Este lugar é meu refúgio secreto
Ninguém me trouxe até aqui, eu vim sozinho
E nesta serenidade imensa não há uma chave para a porta que só se abre para mim
As maravilhas que aqui contemplo, ninguém consegue senti-las e isso eu lamento
Aqui sou onipotente, eterno, etéreo...
Aqui não há doença, mal ou ameaça que possa me alcançar
Aqui sou compreendido, aceito e bem recebido, embora não haja ninguém além de mim mesmo
Não há dia ou noite, nem sol nem chuva, nem frio nem calor sem que meu desejo possa permitir
Não há dor que me acompanhe ou fome que me atormente
Minha existência é o alimento para todo a vida e todo o verde que aqui floresce
E a cada olhar deslumbrado sinto minha pele se arrepiar
E minha alma deitar em nuvens
Este é meu verdadeiro lar
E onde quer que eu vá ele estará sempre comigo
Basta fechar os olhos e entrar
Seja tão simples como a água, mesmo sendo a soberana da vida, se mistura com qualquer ser existente, seja ele vivo ou não, e mesmo assim, nunca perde a sua graça.