Água
06:30 am, como é difícil levantar !
Três longos míseros passos até o banheiro, água fria no corpo, mil pensamentos pra enfrentar o dia que está por vir. Me olho no espelho: maquiagem pra disfarçar as coisas ruins do dia anterior, um sorriso meia boca que em menos de um minuto é desfeito. Ainda é cedo pra forçar simpatias.
Quando virás de volta por aqui?
Nuvem de vapores claros
Outrora nem se quer sumia
Outrora de águas turvas
Vai-te então com força bruta
Vai pra crer que o vento
Não te quis levar
Mais do que eu quis
E trazer-te para bem perto de mim.
Aa!! eu como gostaria que a vida não fosse tanto, fosse só isso : Sombra, comida e Àgua fresca.
Amores, aprendizados, nunca sofrimentos.
Mas na verdade,não é a vida que faz agente , somos nós que fazemos a vida.
Temos mania de falar:" A vida me fez assim!".
Mais é mentira! quem fez voce ser amoroso, ser revoltado foram as coisas que voce passou na vida,
Os obstáculos que foram colocados pelo tempo,
as propostas de mudança que o destino dá, ele sempre exige a cada ano que passa um pouco mais.
Na verdade quem faz a maturidade não é a quantidade de anos qe viveu, são as experiencias que adquiriu
Se o que eu sinto por vc pudesse ser comparado com a água, o oceano seria uma gota perto desse sentimento.
A água no mundo está acabando, então para que gastar chorando se pode engolir a seco e olhar virado?
Quero amar, porque sei que a água que desagua em mim é salgada. Eu só quero chorar as doces águas do amor.
Me procure sem motivo aparente e faça tempestade em copo d’água. Me apavore, me enlouqueça e me envolva numa suposta pretensão. Me instigue, me irrite, invente motivos para pensar que pode ser e depois me alucine parecendo dizer não. Fuja. Passe dias, noites, horas ao meu lado e me conforte. Me acalme, me anime, me faça rir. Depois desapareça, me esqueça, me critique, me hipnotize. Confunda. Se declare, me rejeite, me difame, me oriente e eu, gramaticalmente incorreta, continuarei incoerente, desconexa, envolvida. Procurar-te-ei em tudo, em todos. Não te encontrarei, não saberei quem és. Imaginarei minha vida envolvida, enrolada nos teus braços, nos teus olhos. Em filmes, músicas, pássaros e copos de uísque barato eu me trancarei, esquecer-me-ei, afogar-me-ei. Um, dois, três, quatro modos de loucura. Às vezes cinco, muito gelo e um gole. Entorpecerei logo. Aí, devassados, vestiremos a nudez, compartilharemos o mesmo teto por uma noite, saborearemos o melhor vinho: fel. Transmitiremos calores incansáveis, incessantes e adormeceremos exaustos apenas sabendo que o inferno é o máximo. Depois fingirei que nunca te conheci e te encararei no meio da pista. Dançarei contigo como se tivéssemos dezoito anos e ficarei contigo, transarei no primeiro encontro. Esquecerei tua nobreza e me insinuarei para ti, seduzir-te-ei e enfim te terei novamente aqui.
Sobre o bobo coração
Onde está aquela gota d’água
que calmamente desliza por você?
por acaso tem ela pressa
de chegar e suplantar o alvorecer?
Ao olhar e ver-te aqui
quase a ponto de esmurecer
nada mais do que fechar os olhos
é o que faço para sentir seu ser
Por isso a palidez da face
é o maior brilho da eternidade
e assim terminam esse versos
já embebidos de saudade.
A nuvem que cantava a água
de cada dia
o tempo que não para
que da noite já era dia
quando o sol piava
a noite aparecia.