Água
Nunca se esqueçam que a água das piscinas não é azul, nem o barulho do mar fica aprisionado dentro dos búzios, nem uma colher entorta dentro de um copo d'água. Portanto, cuidado com as ilusões que a vida nos oferece.
Em seu estado natural na água, elas vêem você como presa. Seu instinto é matar. Os humanos nunca entenderam isso.
A água não resiste. A água flui. Quando coloca a mão dentro dela, tudo o que você sente é carinho. Água não é uma parede sólida, ela não o impedirá. Mas a água sempre chega aonde quer chegar, e nada consegue ir contra a correnteza. A água é paciente. A água que pinga desgasta uma rocha. Lembre-se, minha criança. Lembre-se que é metade água. Se não pode atravessar um obstáculo, dê a volta, como faz a água.
A água corrente que me circunda mostra palavras que trazem novos sentidos a já incontáveis sensações. Como uma pedra estagnada no meio de um rio, deixo tudo fluir a minha volta, esqueço do passado, paro de pensar no futuro, apenas a dádiva do presente me preocupa. E como em um passa de mágica a mente mostra a mais trágica realidade onde nada sei e quase nada saberei.
Às vezes eu realmente só queria ser uma pedra no meio de um rio.
A amizade é terreno arável de boa semeadura, cujos proventos alimentam a alma, é fonte de água fresca que não vacila em correr... a fazer-se ouvir, inundando de esperança quem necessita de chuva e luar....
a terra está para o satélite
como a água para a atmosfera
tudo gravita – a vida – equi
libra-se ainda que se esquive
É a transparência da água que a faz ser confiável a nós, para o seu consumo. É a coerência entre o que você diz, e suas atitudes e ações, que te faz um ser humano confiável.
Meia lágrima
Não,
a água não me escorre
entre os dedos,
tenho as mãos em concha
e no côncavo de minhas palmas
meia gota me basta.
Das lágrimas em meus olhos secos,
basta o meio tom do soluço
para dizer o pranto inteiro.
Sei ainda ver com um só olho,
enquanto o outro,
o cisco cerceia
e da visão que me resta
vazo o invisível
e vejo as inesquecíveis sombras
dos que já se foram.
Da língua cortada,
digo tudo,
amasso o silencio
e no farfalhar do meio som
solto o grito do grito do grito
e encontro a fala anterior,
aquela que emudecida,
conservou a voz e os sentidos
nos labirintos da lembrança.
Viver também é aprender com as dores,problemas são como poças de água no caminho,você pode até cair dentro e se molhar,mas logo vem o vento e te seca,tenha sempre esperança e valorize a vida,pois ela é tão passageira quanto os seus problemas.
Sentido
Nada faz sentido
Sol, terra, água, ar...
Nada faz sentido
Quando se torna incapaz de amar.
Nada faz sentido
Sabe porque existe luar?
Nada faz sentido
Como às estrelas poderiam se amar?
Nada faz sentido
Enquanto você não quiser.
Nada faz sentido
Se não é homem para encarar o que vier.
Nada faz sentido
Quando não se pode confiar nas palavras.
Nada faz sentido
Quando as promessas e juras de amor são quebradas.
Nada faz sentido.
Para que viver se vamos morrer?
Nada faz sentido.
Porque lutar para conquistar você?
Nada faz sentido
Se é incapaz de sorrir.
Nada faz sentido
Teu brilho é o que te trouxe aqui.
Nada faz sentido
Não há sentido em te esquecer.
Nada faz sentido
Deixei de querer você.
Nada faz sentido.
Sinto a vida vazia.
Nada faz sentido.
Me pergunto agora:
Qual é o sentido da vida?
Disponível em: http://sentimentosinteligentes.blogspot.com.br/2014/11/sentido.html
É preciso ter em mente que a água nos benze, a lua nos abençoa, o fogo nos consagra, o ar nos liberta e a terra nos transforma. Só assim teremos os pés no chão, os olhos no horizonte e a mente nas estrelas.
Tributo aos guardiões do planeta!
O mar, palácio de Iemanjá, não é tão somente um receptor das águas de vários rios. Ele capta por esses rios, moradia de Oxum, os fluidos que vem carregados das energias das matas onde reina Oxossi, dos gêiseres que trazem vibrações das salamandras que vivem no fogo central do planeta, capta as energias das rochas que transforma em falésias, das águas que escorrem dos maciços. que são a base para os pés sagrados de Xangô! E enquanto em suas profundezas,com o trabalho das Ondinas sob o comando da Mãe D'água, as impurezas que para ele são levadas pelos caminhos fluviais são aniquiladas, Inhasã com seus raios de altíssimos megatons, queima os resíduos que evaporam! E quem olhar em noites de tempestades para a praia, verá entre as brumas o vulto de Ogum beira mar, fazendo com seu exército um cinturão de segurança, para que as forças infernais, tremam de pavor, mantendo-se longe da
reciclagem divina, que a nós voltará em forma de abençoadas chuvas!
No quintal de nossa casa, colocamos água e alimento para pássaros. Com isso acabamos atraindo várias especies de aves que vão ali para saciar-se. Dessa forma somos presenteados com a beleza e maestria de seus cantos e as farras que fazem expressando a alegria daqueles momentos...
A arca de Noé
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre – "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista.
Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.