Água
Sei que parece loucura, mas seu sorriso, lavou a minha alma. Feito água e sabão, levou embora as impurezas, e me deu leveza. Depois que você sorriu para mim, eu também sorri para você.
Praia
Pegadas curtas
na areia.
Eu me ponho a acompanhar.
Quando acabam
junto a água,
vejo longe
uma criança se afogar...
Pulei na água,
assustada,
procurando por aquele ser.
Nada vejo!
Talvez eu tenha
começado a enlouquecer.
"Pequeno garoto mestiço,
Habitante de um bairro periférico [ sem água, comida ou energia],
Vive ao barro comer, geofagia?! Fome?! Vermes?!
Não, não, meu caro! Desigualdade e desespero, que fazem suas tripas revolverem,
Em um movimento intenso, profundo e doloroso da realidade de um país de todos, rico e sem pobreza.
A sina dos Severinos continua,
Migraram para o centro-sul da Terra Mãe Gentil,
Edificaram seus palacetes, casebres de alvenaria,
O saneamento dar ânsias de vômito,
Odores urbanos - metano, gás do pântano.
Campos de batalhas - rojões de metralhadoras, balas que não adocicam a boca,
Mas que matam,
[ toda diversidade de canhões em um único quartel militar - o do tráfico."
No chuveiro enquanto a água cai o banho fica em segundo plano, sou levado pelas gotas, analiso, crio, e sonho. Meu momento, meu corpo, meus pensamentos, minha escuridão.
A vida é como um copo de agua em um dia ensolarado
E eu sou uma pessoa com muita sede.
Por isso vivo a vida intensamente,
pois não sei quando esse copo pode vir a acabar,
por mais que esse copo seja grande e longo, uma hora acaba,
e tudo passa muito rapido...
É como virar um copo de agua no verão, com um calor de 40º
Cada gota desse copo tem que ser degustado com prazer, sorrindo, se sentindo bem.
Nem todas as gotas são boas, alguma gotas podem escorrer ou cair no chão, a gente sempre sofre perdas, isso é inevitavel, só temos que segurar firme o copo para não deixar ele escorregar e derramar todas as gotas da nossa vida, quebrando o vidro e não tendo mais uma gota para matar essa sede de verão, tornando um caminho sem volta, um copo quebrado sem agua.
Se perder algumas gotas, não olhe para baixo vendo ela cair, olhe para cima, erga seu queixo, olhe para seu copo e veja quanto de agua ainda tens para beber e sorria... por mais que tenha muita agua, acaba rapido
Essa sede é insaciavel e eu tenho muita sede...
Paixão é tão duradoura como tinta guache diluída em água.
Já o amor é indelével - por mais que tente apagar, não sai nunca mais.
Você entra de baixo do chuveiro chorando com o som da aguá abafando seu desespero, com você rezando que sua dor saia junto com as lagrimas e indo embora disfarçada no meio das águas que saia do chuveiro, mais isso não acontece o tempo que você esta ali vai passando e você sai com os olhos vermelhos se sentindo mais aliviado.. até que um pensamento passa na sua cabeça, um momento que você relembra no meio de tantas lembranças, você percebe que como as lagrimas camufladas nas gostas d' água a dor se escondeu em um alivio passageiro.
Escrevi na mao , o nome da dona do coraçao , a agua venho e tentou apagar ,
peguei e tirei uma foto para nunca se acabar .
É muito bom ficar em casa nos dias de chuva, muita água cai, um friozinho de chamar a gente pra de baixo das cobertas, comer delicias e dormir tranquilinha com o barulho da chuva. Mas logo perco toda essa paz, de ter a consciência que existem muitas pessoas em meio a chuva, em casas que não suportam essa parte da natureza por serem tão frágeis, tão improvisadas, desabam com a esperança dessas pessoas de terem um mundo mais justo, mais igual, mais humano, mais de Deus.
Eu não sabia que havia em mim tanta água.
Mal fazia ideia eu,
que nesse profundo fundo negro
guardado estava tanta mágoa.
A dor chegou aos poucos
e ao chão foi me levando.
Aqui estou eu finalmente,
mergulhada em meus prantos...
Ah!Que ridícula mania,a minha mania
de sentir tudo diferente,
sabendo que será igual :
Um começo,aos meus olhos inesquecível;
O meio,uma terrível comédia dramática,
e tudo termina ali,em um trágico final.
Sim,uma peca de teatro!
Onde faço-me protagonista,
atriz e platéia também.
O escritor que não tem pena,
Deu o papel de morte
à minha alma outra vez.
Perdidos no espaço
Quero água das fontes.
Escalar os teus montes.
Me acabar no teu eu.
Percorrer seus lugares.
Explorar seus detalhes.
Na procura de paz.
Nas suas curvas me perco.
No seu colo me deito.
Já não quero me achar.
E entre dunas me encaixo
Corro de cima embaixo.
Procurando um lugar.
Preencher os seus poros.
Num calor meteóro.
Que nos faz viajar.
Na corrida perfeita.
De repende se deita.
Corro pra te encontrar.
Da loucura ao infinito
Te dar sonhos bonitos.
De soluços gemidos.
Me roubando de mim.
No aconchego do abraço.
Nós perdidos no espaço.
De uma noite sem fim.
E que o dia amanheça.
E o amor que floreça.
Seja assim, bem assim.
Não sou o pão que matará a fome do teu estômago, mas sim a água que te manterá durante o decorrer da vida. Quer seja na tristeza ou na alegria.