Agreste

Cerca de 58 frases e pensamentos: Agreste

Uma coisa é contemplar do alto
de um píncaro agreste a Pátria da paz...
Outra coisa é conhecer o Caminho que leva até lá.

Inserida por NewtonJayme

Caricatura agreste

A suposta teoria
é a da luz remota
absorta na simulação
branda e silenciosa
do solene mistério.
E vem de muito longe
amoldando a face
lapidando a imagem
tristemente cômica
fosca, fluída e feia
como água dos córregos
em lápis de giz,
rabiscando com gás,
com faísca elétrica
o rude contorno
tosco da caricatura
de risível forma
de aroma agreste
da agoniada alma.

Inserida por raimundinho

Andar Agreste
Autor: LCF

1
Se pretendemos caminhar neste mundo tão insaciável;
Porque não fingimos também ser outras pessoas?

Inserida por LCF-Poesia

Agreste...

leito seco,
em passo lento,
tormento...
ausência...
cicatriz...
violento...
clemência...
minha demência...

margeia,
a pequena veia,
enfeia...
areia
seca,
o vento,
o cisco,
o olho,
a lágrima...
culpa do vento...

Inserida por RosangelaCalza

TESTEMUNHO

Vida! Caminho deserto onde ando;
Agreste de sentimento amargo...
Vales e ondas, inútil, vai vagando,
Aos pés de mim o amor que trago!

Existência! Não sei eu até quando...
Advirá em águas o grande lago;
Baldadas lágrimas, rio dum afago;
Estrada infinita que vou rogando...

Balbucio demência, já a tanta dor...
Voz oculta em meio à sombra fria,
Já não me vale o temor dum grito.

Brado que não mais ouve o amor
Sob as rochas quietas à luz do dia,
Dentre à luz do sol, que já é mito!

Inserida por acessorialpoeta

FUNK AGRESTE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Vai descendo até o chão...
vai descendo... vai... vai...
vai descendo até o chão.
Finalmente a chuva desce,
brota o sonho, a planta cresce
no solo do sertão.

Inserida por demetriosena

Diz-me!
De que cor pintaste o céu?
Será azul celeste,
agreste como eu?
Terá traços de negrura,
frios e vorazes?
Será a expressão das nossas vontades,
ou a certeza das nossas ternuras?
Diz-me!
Se vês o brilho do sol,
para lá do horizonte.
Se pintas a lua de branco.
Se esbates o castanho do monte.
Diz-me!
De que cor pintas a tua vida?
Será um esboço do nada?!
Estarei a ser atrevida?!
Não consigo adivinhar.
Vejo um espectro de cor,
sem significado.
Um traço parado.
Um destino, sem fado.
Diz-me!
Porque não queres colorir
um céu estrelado?
Dar luz e brilho
a um sonho encantado.
Diz-me!
Preferes viver e sonhar,
com um desenho inacabado,
que só tu podes terminar?

Diz-me!

Anabela Pacheco

Inserida por AnabelaPacheco

Diz se da denominação de selvagem; Inculto, agreste, nômade, insensível, bárbaro, rude, bruto, ignorante, irritável, silvícola, grosseiro, incivil, violento, injusto, achavasco, desabrido, bronco, severo, estúpido, feroz, ríspido, agressivo, cruel, atroz, bravio e tosco que vive na selva.... agora eu pergunto; Salvo àquele com raciocínio próprio, quem, além do homem “racionalizado” trás consigo traços tão peculiar ?

Inserida por JulioRamos

Agreste

Sou nordestino, cabra da peste
Sou do sol do Norte, calor do agreste.
Nasci nas ruínas,
Garimpei nas minas
Hoje vivo no sudeste.

Vivo na labuta atrás do dicumé.
Na minha terra santa
Eu tinha esperança
De puder viver.

Aqui pur estas bandas, a fome reina,
O Trabalho é raro, vivo de punhados de troco.
O sol não queima a pele, arde na alma
Sordade da minha fianga na sombra de coco.

As veiz as fome aperta, nem farinha tem que armuçar
Meus fios se deita a dormir pra fome passar,
Espero na terra o milagre divino
Triste a chorar.

Quero ir me embora pro meu roçado
Culher meus mio, meu feijão pranatar,
Na face a esperança, no peito a alegria
Pras terra da minha infancia eu pudê vortar.

Inserida por poesiasdopaulo

a vida é água que corre pura, agreste, fecunda-nos de amor, surpreende-nos, arrebata-nos lambe-nos as lágrimas, enlaça-nos, até se despenhar no vazio e, deixar-nos à beira do penhasco...

Inserida por nataliarosafogo1943

No campo árido que lhe habitava
Desabrochava em flor agreste.

Inserida por maylu

Barroqueira do Agreste – Bahia
(Fevereiro de 1934)

A grande distância da realidade dos centros urbanos, longe de qualquer vestígio de progresso e imensamente afastada de tudo aquilo que poderia ser compreendido como civilização, Lea Leopoldina era mais uma pobre cambembe emprenhada, prestes a parir mais um predestinado sertanejo azarento. À sua volta, pouquíssima história para ser contada e nenhum tipo de adornos para enfeitar o seu xexelento pardieiro de barro batido: três cuias de água salobra, brotos de palmas estorricadas e um saco de farinha de mandioca dividiam o apertado espaço na mesa de madeira crua com sabão de sapomina, folhas de macambira e um desusado pilão emborcado numa arredondada bacineta de pedra, guardando ainda as raspas das rapaduras trazidas pelos mascates dos canaviais das circunvizinhanças.

Acima dos caibros e das varas que faziam a parede engradada de taipa, o maljeitoso telhado de ripas, com uma tira grossa de embira amarrada ao centro da cumeeira, segurava num só laço de nó um leocádio apagado bem na direção do velho fogão de lenha. E presa na memória dos seus parcos pertences espalhados naqueles quatro cantos de extrema vileza, a triste lembrança de seu companheiro: Nestor a tivera abandonado, inexplicavelmente, após tomar conhecimento da sua inesperada gravidez.

Do lado de fora, onde fumaça manava em vez de flores e onde nada germinava pelas estreitas fendas cravadas na superfície do chão estéril, pouca coisa sobrevivia da crueldade de uma duradoura estiagem. Rodeados por xiquexiques, quipás, seixos, pederneiras, juazeiros e mandacarus, formigas, besouros, calangos e lagartos escondiam-se num devastado matagal pálido e amortecido. Ao redor deles, pedregosas areias de rios secos, cisternas vazias, lavouras abolidas e ossos de animais mortos eram sobrevoados por outros tantos insetos invictos e descorados.

Caia mais um fim de tarde e o céu avermelhava-se por inteiro, levando consigo as minguadas sombras dos resistentes pés de umbu, jataí e jericó. Parecia mais um entardecer inexpressivo – como todos os outros marasmados e silentes daquele lugarejo fosco – não fossem aquelas repentinas vozes cantarolando mais alto que os cadenciados apitos das cigarras entocadas nos calhaus dos roçados e trauteando mais modestas que os finos gorjeios dos cinzentos pássaros que voavam rumo ao infindo horizonte de mato desbotado: "Nós somos as parteiras tradicionais que em grupo vamos trabalhar! Todas juntas sempre unidas, muitas vidas vamos salvar..." (Helen Palmer - Uma Sombra de Clarice Lispector (Capítulo 3).

Inserida por marcusdeminco

Afasta-se


Em uma rede encostada
Cheiro agreste e pés descalços
És o príncipe leão de si

Será o prazer de seu coração
Juntos somos total emoção
Quase aberto o roupão
Solto o cabelo

Jasmineiros e galhos encurvados
Era um quadro celeste

Inserida por samuelfortes

FELICIDADE AGRESTE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Céu bonito pra nós tem a cor do cimento;
dia lindo é de sombra generalizada;
ver a terra encharcada, os bichos recolhidos,
muitas poças de lama espalhadas aos pés...
Esses dias tristonhos tão raros pra nós
inauguram belezas dos dias à frente,
ressuscitam a voz do riacho antes mudo,
reverdecem as matas; resgatam as flores...
Nossa grande alegria é ouvir um trovão
que anuncia o começo do recomeçar;
o sermão natural; a promessa das águas...
Podem ser até dias e noites medonhos,
promissória de sonhos que não vêm de graça,
mas a graça da chuva só nos deixa gratos...

Inserida por demetriosena

BANDEIRA NORDESTINA!

Na caatinga ou no cerrado
no sertão ou no agreste
por esse Brasil amado
cortei Sul... tracei Sudeste
levando o manto sagrado
da bandeira do nordeste.

Inserida por GVM

⁠Nem sempre a caminhada é fácil!
Por vezes turbulenta
por vezes agreste...
Mas sempre persistente!

Inserida por dora_marques_marques

O espelho da vida, reflete a tosca realidade dos dias aos olhos de um adulto agreste.
Em contrapartida, aos olhos cândido de uma criança, o espelho da vida reflete o portal lúdico que sacia. O pilar da existência.

Inserida por Leonicesantos1234

"⁠Era uma vez no Nordeste..."

Ah Nordeste! Nordeste sofrido, seco, agreste, mas de um povo sisudo, valente e destemido! E com muitas histórias! Dentre essas, podemos citar a história de um ser, que apesar de ser considerado dócil, é muito destemido, valente e arrojado. Para ele não tem ninguém acima, abaixo nem se fale! Passa por cima de tudo, leva tudo a peito. Não ouve, não obedece a ninguém, não dá atenção, mas quer toda atenção do mundo! E a sua portentosa presença!... Ah todos temem! E quem aparece em sua frente, ele subjuga! Enquanto penso em escrever estas linhas, ele já rompeu a tela de uma barreira e está tentando comer minhas galinhas! Ah Nordeste! Nordeste sofrido! Onde a lei que impera é a lei do salve-se quem puder! E olhe que esse inusitado, metido a arrogante, não é Texano e não vive no Oeste Americano! Ele tem nome. E o seu nome é Bilbo. É um cão!!!!. Ah Nordeste! Nordeste sofrido!.

Inserida por janine_maione

Saudade! Palavra tão agreste....
Palavra que atormenta corpo e alma...
Corpo terreno e alma espírito?
Creio que será a lógica, certo?
Corpo à terra e alma ao céu?
Quero acreditar que sim...
Terra.... Tenebrosa.... Céu... Celestial....
Temos que acreditar em algo para apaziguar as nossas angústias....
Quem crê.... Sofre menos? Talvez......
Fica a questão.....

Inserida por dora_marques_marques

TRÁS-OS-MONTES

Eu venho de um sitio
Onde não se foge
Mas luta-se sem medo
Onde a terra é agreste
E as fragas são frias
Que a saudade é amor
E as giestas ardem aquecendo
Tantas vezes a alma
Onde é um berço de alegria
De risos verdadeiros
Por rios, ribeiras e fontes
Onde se come o pão que se dá
De rudez natural na gente simples
Nos penedos de tamanha beleza
Deste nordeste transmontano
De trigo em poesia neste mar de fragas
Por entre as pedras lavradas de Trás-os-Montes
Eu sou e venho de um belo reino
Que me faz sonhar entre fragas e montes
Onde tudo é esplendoroso
De pessoas simples e amáveis
Que é muito fácil gostar
Eu venho deste reino maravilhoso
Que é Trás-os-Montes

Inserida por Sentimentos-Poeticos