Agradeço ao meu Inimigo e Amigos
Lembrei-me de vocês todos hoje, amigos do Facebook, enquanto colhia uma dúzia de figos lampos e os saboreava debaixo da figueira.
Os amigos virtuais são como todos os outros amigos. Muitos alardeiam esse estatuto, mas poucos realmente o são.
Os amigos que nos abandonam quando estamos em baixo estão sempre prontos a regressar quando estivermos em cima.
Alguns amigos gostam de nos ouvir quando nos queixamos, para se sentirem superiores a nós e para saberem da nossa vida.
Amigos, meus amigos, e achegados,
conhecidos desta vida em comunhão,
não quereis que eu seja vossa coacção,
pois seremos sempre entes separados.
Amigos, meus amigos, gente honesta,
parceiros desta luta em convergência,
que não vos falte essa santa paciência
e toda a complacência que vos resta.
Sou grato à vossa soma de amizade!
Cada qual merece aquilo que vos digo,
Com muitas mais palavras que dissesse.
Amigos, meus amigos, e de verdade,
sabei que em todos vós e cada amigo
quiseram que estes versos escrevesse.
Ora vamos lá ser felizes! Felizes com o quê? Deixem-me ver... Felizes com os amigos do Facebook, que salvo as devidas excepções são um pouco como aquelas pessoas que passam o tempo em volta das mesquitas, dos templos, das sinagogas e das igrejas, armados em santos, e que, apenas e só, pela origem da nossa espécie, convencidos de que Deus não nos tem os olhos em cima, não resistem aos apetites da tentação para praticarem abundantemente a Gula, a Avareza, a Luxúria, a Ira, a Inveja, a Preguiça e a Soberba. Todos queremos ser felizes na fachada do que realmente somos e seremos menos infelizes se dissermos que somos felizes, sobretudo porque nos convencemos de que conseguimos convencer a fachada de quem é tão feliz quanto nós somos, o que, ao fim e ao cabo, acaba por nos colocar quase todos ao mesmo nível de felicidade. Nos próximos dias 12 e 13 de Maio teremos grande ensejo de testemunhar uma quase perfeita agremiação do comportamento humano deste tempo, onde não faltarão os peregrinos ricos e os peregrinos pobres, os carteiristas, um batalhão de forças da segurança, os que vão pela fé, os que vão porque os outros vão, os que vão pelos homens, os que vão pelas mulheres, os que vão porque querem selfies para publicar no Facebook e os vendilhões do templo.
Na escola nós fazemos mais amigos verdadeiros que nas faculdades e em universidades,pois nas faculdades e em universidades podem existir aliciadores e podemos nos enganar por aparências.
Há pessoas não salvas que possuem muito prestígio social, dinheiro em abundância e vastos amigos, porém não são felizes, visto que sua riqueza não é a espiritual.
Conheci homens que escreveram histórias com o trabalho de seus pais, fizeram inúmeros amigos, projetaram grandes empresas, porém tudo se foi sem construir seu futuro com Deus.
Até mesmo o pobre atrai amigos bons, porém falsos, por causa de sua pequena herança, fazendo-lhe companhia na sua doença, para lhe tirar proveito de sua situação ou ignorância.
Como é bom ter amigos sinceros e correspondentes com atitudes corretas: a estes a chuva deveria regar os seus pomares e o sol brilhar em sua vida.