Agradecimentos a Jesus
Em um passado remoto que não ouso datar, duas pessoas se cruzaram, diria que o destino se encarregou para que isso acontecesse, houve flerte no olhar... aconteceu uma conexão. Neste instante, só neste instante, o cupido acertou, a flechada foi certeira, essas duas vidas se conectaram de um jeito indizível. Foi surreal. Os olhares ficaram mais intensos. Os dedos se entrelaçaram. A conexão de almas foi incrível. Transcendeu. Os corações batiam a todo vapor. Batiam com pressa de chegar. Não queriam parar. Queriam viver, apenas. Viver intensamente aquele momento único. Viver a entrega. Ah! como é lindo tudo isso... o toque. O primeiro toque. O afago. A doçura de viver àquilo jamais vivido. O encontro de almas. Sim. Existe. Acredite. Já viveu? Se não, não queira viver sem antes está preparado. Só que nunca estamos preparados para viver momentos assim. É tudo tão rápido... tão real. Quando você percebe, você está se afogando naquilo que você nunca imaginou que se afogaria. Que mar é esse? Que loucura! Sufocam-me! Sufoca-me! Vem! Já viveu? Se sim, esteja preparado para viver novamente algo inédito, não será a mesma coisa. As dimensões serão outras. De proporções inimagináveis. Venha conhecer. Venha se jogar neste mar árido e indestrutível. No fundo há algo tenebroso, de fazer as pernas ficarem bambas até você tombar, mas também pode ser o contrário, este mar não habitado pode te dar asas, pode fazer você voar para lugares incríveis, para a terra de aquém. A terra prometida. O destino da flechada do cupido. Se me perguntares qual é o destino, não sabereis te responder. Mas deixo um conselho: deixe fluir, viva, apenas viva o momento, sinta o momento! São esses momentos que virarão gotas para completar este vasto oceano que você está a criar. Não perca tempo. O oceano pode secar. Veja. Olhe para a imensidão que este oceano está a te oferecer. Consegues perceber? Se sim... tenho certeza que alguém já te pescou. A isca foi o amor. O enlace perfeito. Você foi capturado. Raptaram-te. Você caiu na rede, na armadilha. Tenha cuidado neste novo oceano que desbravarás. Lá é incrível. Permita-se. Jogue-se. Mergulhe. Afogue-se. Caia de cabeça sem medo de morrer, quem sabe você não encontrará a vida, o sentido da vida... o significado do amor.
Ninguém me entendeu. Não quiseram me ouvir, me decifrar. Eu só queria viver. Viver um momento. Um encontro do EU. Dos EUs que há em mim. Precisava de um momento para navegar em mim, para me reconectar as nuances por mim vividas outrora, a minha essência. No fundo, emudeceu. Petrificou. Solidificou. Tento resgatar. Trazer a tona. Lapidar a rocha que se formou. Esculpir aquilo que quero, que desejo. Para isso, preciso olhar pro horizonte, pro céu, pro espelho. Olhar para algo que não tem fim. Acho que no espelho encontrarei os caminhos, lá verei um reflexo de um dos EUs que há em mim. Vi tantas coisas... vi o sepulcro. Quantas coisas eu sepultei contra minha própria vontade... quantos EUs abandonados eu pude vê. Alguns choravam a minha procura. Alguns choravam aos prantos por motivos que não caberiam aqui em uma linha. Deparei-me diante de um cemitério, do meu sepulcro. Tenho que exumar os meus EUs. Aqueles que eu matei por outrem. Aqueles que eu suicidei por motivos bobos. Olho no espelho novamente... agora vejo os EUs que, antes choravam, estão a sorrir para mim com aquele semblante de esperança, de saber que puderam me encontrar novamente, que eles terão uma segunda chance para serem quem sempre quiseram ser. Paro. Penso. Olho para um EU que está em um canto refletindo. Encontro-o. Vou ao seu encontro. Convido-o para sair dessa bolha. A bolha que o aprisionou. As cadeias mentais que o deixaram estagnado, parado, sem vida, sem cor. Sorri. Sorrimos. Nos demos as mãos. Nos abraçamos. Choramos. Fizemos as pazes. Nos reconciliamos. Foi tão lindo... a lágrima rolou. Desceu em cascata ao encontro do rio. Borrifou em mim o desejo de viver esse EU. A quimera. De ser esse EU. O EU que fui um dia. Encontrei-me. EU.
Vem, vê se não demora
Já consigo vê tudo lá fora
As tuas amoras
Ora
Já está dando a hora
Não chora
Estou indo embora
Ora
Não implora
Colabora
É chegada a hora
Ora
Não chora, ora
Ora, implora
Pede, pede agora
Ora
Assim como da fruta se extrair o suco
O ser humano também espremido
Verte o melhor de si
Que pode ser, O Bem ou o Mal.
Depois de um dia exausto, cheguei em casa, tomei um banho de água quente; quando me despi - junto com as roupas - tirei todos os aprioris, os preconceitos, os estigmas, ali estava eu, genuinamente. Aos poucos, a água quente foi bailando em meu corpo, escorrendo, com ela, iam as impurezas, um pouco de mim, senti-me energizado. Por um momento pude sentir a pureza de está ali sendo eu em uma das mais lindas demonstrações de autenticidade: a nudez, do corpo, da alma. A pureza invadiu um espaço em mim. Nesse encontro de energias, de uma alma fria com uma água quente, houve a fusão de duas forças. Houve um equilíbrio. Chega o momento tênue de fazer as pazes comigo mesmo depois de um dia longo que me roubara. Dessa pureza que agora me encontro, consigo destilar o que ainda não sei nomear. Mas sei que quero sentir. Só sentir.
Quando eu entro em contato com as minhas emoções, afetos e sentimentos, fica mais fácil para eu compreender o outro, para tocar o mundo do outro com delicadeza. É como se, aos poucos, a seara fosse inundando intempestivamente o meu peito cheio de sentimentos soterrados, e que sempre estiveram ali. Quando me permito, deixo transbordar o melhor que há em mim, eu posso ser o que genuinamente sou: um ser humano. Sou feito de afetos e emoções, por vezes, emudeço e silencio-os, mas não por muito tempo. Eles gritam! e, vêm sorrateiramente bradando em meu peito o desejo de voar. De criar conexões. De abrir janelas. De pular muros. De viver intensamente cada emoção. O frio gélido que muito se demonstra, vai se transformando numa labareda cada vez mais quente e presente, diria que afetuosa. Quando entro em contato comigo, me permito viver, me permito sentir, me permito tocar-me para além da imaginação. É coisa de louco! E é dessa loucura que precisamos para nos tornarmos mais humanos: ser congruente com as nossas emoções!
Tem gente que fica expondo o relacionamento falido, só para tentar atingir outras pessoas, dando uma de casal feliz. Amor, conta também dos chifres, dos perdidos e das porradas que tu toma pra sustentar esse “relacionamento blindado”.
Quando somos experimentos pelas lutas, problemas, pelas aflições, Exalamos o melhor que há em nós, e este melhor pode ser bom ou mal,
Pensemos!!!
O tempo voa
O futuro nos lembra todos os dias que o tempo voa e se não voarmos junto... simplesmente somos largados pra trás como o passado.
Quando te via um sorriso se abria
Meu coração mais rápido batia
E em tão pouco tempo só por ti eu vivia.
Feliz Dia da Mulher
Nós somos Mulher ! Deus nos criou e tudo que ele faz é Bom , tanto é que ele disse quando viu Adão, não é bom que o homem esteja só! Tudo estava bonito no Jardim do Éden, mas... faltava a Mulher no caso, nós,
Feliz dia da mulher que ora, que chora, que canta, que dança,
Que ama que odeia, que faz e desfaz, manda desmanda, lidera, é guerreira é forte e valorosa, é virtuosa é graciosa, e sobretudo é abençoada!
Feliz dia da mulher que levanta cedo, cuida da casa dorme por último cansada, mas com sorriso no rosto, feliz por ter feito aquilo que o seu coração nasceu para fazer,
Feliz dia da mulher salva, lavada e remida com o sangue do cordeiro, que faz de tudo para manter a sua família no altar de Deus,
Ora pela madrugada, levanta para ver os filhos dormindo, Ora pelo marido e diz, graças a Deus!
Feliz dia da mulher que trabalha fora, que trabalha em casa, feliz dia da mulher que muito ama e às vezes não é amada,
Feliz dia da mulher que sofre calada, que enxuga o pranto para ver alguém cantando, feliz dia da mulher!
Feliz nosso dia!
Feliz todos os dias, o dia da mulher!
Ao te lançar na terra
Já te vejo nos meus sonhos,
E os momentos que terei
Com tua beleza, minha flor, risonhos.
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!