Agradecimentos a Jesus
O "lucro" que se espera da arte e da cultura não pode ser o ingresso vendido, a escultura/livro/quadro/pintura/obra vendida (apenas e tão somente); não pode ser o retorno imediato e visível, mensurável; o verdadeiro lucro da arte e da cultura, além da dimensão econômica, é, essencialmente, a dimensão cidadã e simbólica. Com arte e cultura se transforma mentalidades e relações humanas, se conquista êxito e vitórias impossíveis de mensurar com moedas ou cédulas.
Para quem está no conforto do estabelecido e do normatizado é complicado abrir os olhos e o coração para as várias possibilidades. É bem mais fácil usar crenças, natureza, e até deuses para justificar suas visões unilaterais.
Mecenas de mim mesmo.
Para cada quilo de burocracia, carimbos, ofícios, papeladas, formulários, autorizações, taxas, impostos, contribuições, processos, pareceres, dossiês, decretos e publicações em diários, eu escrevo várias tortuosas páginas, encaderno, editoro, imprimo, espalho na internet, contamino mentes e almas, por aí a fora. Sigo fazendo o que o rito não permitiria, não autorizaria.
Gastei tanto tempo numa escola de datilografia...
Depois me vangloriava em poder "digitar" no computador com os dez dedos... Sorria de quem datilografava ou digitava com os dois dedos indicadores...
Agora, se eu quiser ser 'moderno' e usar um Smartphone, I-Pad, I-Pod, terei que teclar com os dois dedos polegares...
Salvador, 25 de fevereiro de 2014
Ninguém guia ou influencia ninguém. As pessoas são livres e escolhem seus caminhos conforme sua competência e disposição. Não acredito em fatalismo, acidente nem destino. O fluxo de vida é contínuo, inconsequente e imprevisível, mas cada um segue ou para, segundo as conveniências.
Fome...
Consequência da má distribuição de renda; da ganância; da doença das mentes antissociais do neo-colonialismo; fome é uma vergonha nesse mundo que produz comida para alimentar vários planetas; fome é resultado do acúmulo de bens para ostentar; enfim, fome é fome de respeito...
Somos a história: poetas, meninos, meninas, contadores de HISTÓRIAS, fazedores da HISTÓRIA. Podem escrever: a poesia está solta, na rua, ninguém mais consegue prendê-la em pedestais, em estantes polidas, está na boca do povo!
Céu tenebroso, nuvens de enxofre, ventos gélidos carregando agonias.
A pátria do cruzeiro padece de incertezas.
Teríamos sido acaso esquecidos?
Sodoma e Gomorra, situadas na américa do sul?
Absurdo, no mínimo.
Deus, ou um politeísmo egocêntrico de deus em minúsculas?
Calafrios me recordam a espinha.
Ai de mim!
Só um grito trágico grego pode dar ideia da dor, do câncer de minhalma.
Demônios covardes, fazem de minha ignorância chacota.
Escarnecem, até do conteúdo de minhas vísceras.
Abutres de togas negras!
Pátria amada?
Por quem, se até mesmo o amor próprio, que se insinuava atrevido, não o tenho mais?
Trataram de aniquilar-me, apagaram qualquer vestígio de brasilidade das minhas digitais.
Agora sou minoria, brasileiro não mais.
Sou homem, sou hetero, sou nordestino, sou pardo e sei lá o que isso quer dizer, sou pedaço de coisa nenhuma.
Ai de mim, que não sou nada. E o que fazer com a certeza de que o nada não existe?
Ai de mim que nem existo.
Desisto ou insisto na tentativa de me inventar?
Fico com a segunda opção, sou covarde demais, para desistir de ser.
Ai de mim!
Eu Tenho Medo Do Seu Amor Porque é Tipo O Vento, Não Sei Se Estar Comigo Ou Contra Mim Eu Apenas Sinto.
Você Enxerga O Seu Próprio Orgulho Como Uma Forma De Maturidade Até Ele Chegar Ao Ponto De Fazer Você Perder O Amor Da Sua Vida.
Eu Escrevo Minha Historia De Caneta, Assim Eu Não Consigo Apagar Meus Erros, Isso Me Serve Como Lembrete Que Errar É Humano.