Agradecimento ao Mestre
O CERÂMICO GUARDADOR DE PAISAGENS NORDESTINAS
(EM MEMÓRIA DE MESTRE VITALINO)
Um grande homem do povo,
Semente nascida da acre terra bucólica,
Floresce, novamente, ao ser preso
Pelas malhas do sortilégio da cerâmica:
Opulento universo da prolífica verve prodigiosa, epifânica!
Da carne desta mágica argila,
Pulula um cosmo
Que dá loquacidade, eloquência, garbo e encanto
Á estóica vida no nordestino campo:
Os carros de bois em caravana;
A contenda dos amantes conjugais
No exíguo aconchego da sua adôbica cabana;
Os cangaceiros paramentados
Como a realeza do fogo sepulcral;
A Igreja, o santuário da fé imortal;
A gente sofrida, templo da incansável esperança!
Afinal a humilde nação do semi-arido:
Reino dos sábios gigantes,
Forjados pelo metal do contínuo drama insuplantável;
A serena gana de ter direito á vida. Esta gana os agiganta,
Torna-os a indelével chama magnífica!
E então, o artífice
Á rude paisagem sublima:
O olor do cotidiano da faina campestre
Se eterniza, eiva a mente e a visão
Dos presunçosos ignaros
Que desdenham a grandeza
Da laboriosa estirpe do Nordestino Sertão:
Incessante florescência da animosa
Flora tenaz, incarcomível, insoçobrável!
Ah, maestria, ah vitalidade!
Vitalina é a centelha
Que lhe alimenta
A frondosa árvore da criatividade.
Ah, etéreo mago fantástico!
Ah, genial alquimista do barro!
Sua mente, na verdade,
É um cinético vulcão de avatar
Que, ao entrar em erupção,
Transforma o deserto da nossa visão
Em verdejantes bosques de sensibilidade e lirismo.
Enfim, tocados por sua mágica,
Começamos a contemplar a beleza
Cujo perfume, que aprisiona
O organismo, o corpo, a retina e a órbita
Do palato, da audição e do olfato dos olhos,
Molda, norteia e afaga
Os passos da prole do éden da sáfara.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Alguém Como Eu
Stenio Marcius
Entra, Mestre,
Descansa um pouco:
Estás cansado,
Estás sedento
E rouco…
Dorme, Mestre,
A casa é Tua:
Já fechei porta
E janela
Pra rua…
Deixou-me falando só;
Dormiu tão pesado,
Fazia dó…
Como será, Mestre,
Este sonho Teu?
Sonhas como homem,
Sonhas como Deus?
Sonhas com a glória
Que tinhas com o Pai, na luz?
Ou sonhas com a cruz?
Perdoa, Mestre,
Mas já é hora:
Uma multidão
Te espera,
Lá fora…
Estás decidido,
Não Te detenho:
Vais curando
Até chegar
Ao lenho…
Partiu, fica a paz em mim:
Fica a sala
Com cheiro de jasmim…
Vai verter a vida
Do corpo Seu,
Pra levar a culpa
De alguém como eu;
Pra lavar o sujo
Do meu próprio eu:
Levar-me puro
A Deus.
O sentido é abstraído do seio ou da veia,
do mastro ou do ralo,
do mestre ou da peste
das dunas caladas em forma de morros
dos sonos profundos em formas reais,
dos olhos, do Baco, do leite e azeite,
enquanto cála-te os dentes e ouve seu tom
enquanto abre sua mente e recebe o dom
enquanto falas do vento e ama o amor,
ou odéia a corrente e o mal,
pois nem precisa amar, nem sarar,
nem dizer, talvez nem calar,
pois nem digo que basta,
pois a vida define o que passa
pois só a vida determina a razão
e o sentido quem diz somos nós
com um choro, um sorriso
ou uma fala qual quer
com um grito, uma bandeira
e o mastro que der
que sentido não mata nem morre
muito menos nós
como um sopro
num espaço e num tempo
martilheiros da liga
de corpo profundo
e uma alma sequer!
Ser mestre é ter a capacidade de transmitir os seus conhecimentos e acima de tudo estar disposto a acreditar no potencial de cada indivíduo. É também saber doar o máximo de si para descobrir e desenvolver a competência alheia. Ajudar a transcender aos valores e superar os imprevistos. Apontar um caminho, mudar uma vida, abrir um horizonte e contribuir para tornar muitos sonhos em realidade. É saber tirar os indivíduos da cegueira que a falta de conhecimento se resume e com paciência e tranquilidade segurar pela mão e apontar um novo rumo ou quem sabe, simplesmente adequar os seus discípulos para que escolham caminhos mais certeiros. Além disto, o mestre se depara com a mais plena realidade de saber que a sua responsabilidade vai muito além do que foi mencionado. O mestre tem o compromisso assumido de formar cidadãos conscientes de que terão o desafio de contribuírem para uma sociedade mais justa e digna para ao menos tentar fazer um mundo melhor.
Um verdadeiro mestre é aquele que apenas te ensina o que tu precisas de saber. É aquele que te ensina sem te influenciar pelas suas crenças.
O meu mestre ensinou-me variadas coisas que eu nunca compreendi ou concordei. Escrevê-las fez-me ver o seu verdadeiro significado.
HISTÓRIAS DE UM MESTRE.
Um discípulo atentamente prestava atenção nas palavras de seu Mestre . Então decidiu questionar o mestre da seguinte forma:
-Mestre ,o que pensar de um discípulo que se afasta de seu mestre sem motivo algum e monta um Dojô próximo ao do seu mestre e que induz seus colegas de treino a irem treinar com ele , alegando que o velho mestre não tem mais condições de ensina-los , pois está velho e ultrapassado?
Então o velho Mestre respondeu:
-Assim como um animal pode morder a mão de quem o alimenta , sempre haverá alguém que poderá te trair.Mas não revide e nem guarde rancor , pois ambos não possuem um raciocínio lógico.
Guru é o termo sânscrito usado para “mestre”. Literalmente, quer dizer “aquilo que dissipa as trevas”, que elimina a ignorância. O Guru pode se manifestar em nossa vida na forma de uma pessoa, de um animal ou de uma situação. A função principal do Guru é despertar a consciência do Síshya (Discípulo). O mestre espiritual é aquele que ensina como o seu próprio exemplo. Quando esta meta é alcançada, então mestre e discípulo se encontram no estado de Ananda (Bem-aventurança).
“Crescei e multiplicai-vos!”, disse um dia um mestre. Mas os homens inverteram as coisas, multiplicando-se primeiro e crescendo depois. A ordem deve ser precisa. Primeiro precisamos crescer física, mental, emocional e espiritualmente. Depois, multiplicar a critério do nosso livre arbítrio.
“O ser espiritual é a meta, o sustentador, o mestre, a testemunha, a morada, o refúgio e o mais querido amigo. O Ser Espiritual é a criação e a aniquilação, a base de tudo, o lugar de descanso e a semente da vida eterna!”
Feliz é aquele que se apóia em Ishwaraguru – seu Mestre Interior. Nos momentos de dificuldades, não teme antecipadamente, nem se aflige com o que possa acontecer. Sua autoconfiança está na firme verdade (Sátya).
( 016 )
AO MESTRE COM CARINHO
( Homenagem ao poeta Jenário de Fátima )
Um dia ele segurou em minha mão
Pra me ensinar fazer lindos sonetos
Fiz de sua companhia um amuleto
literalmente tirei os pés do chão...
Sei que por Deus sou um ser eleito
Um anjo bom caiu no meu jardim
Exalando um cheirinho de jasmim.
Trazendo rimas em versos perfeitos
Sorristes ao ver, quão boba eu ficava.
Quando a ti mostrava esses versos soltos
Versos livres, de tão livres eram tortos...
E de olho bem abertos eu sonhava
Aprendendo que nesse mundo virtuoso
Uma tela fina separa corpo e não alma!
Joelma Maia
Acará que eu vi
O mestre dos jogos mortais
Foi uma miração
Todo fim justifica o meio
Diz o interesseiro.
Tudo o que vê tenta se apropriar
Não tem limite o seu desejar
Não se satisfaz com o que lhe trás
Paz.
Já pensou em bater no peito
E dizer sou o que sou
Ainda que haja desamor
Sou o que sou
Não tenho interesse em pessoas
Não tenho interesse real
Diga isso e seja sincera
Não tenho interesse nos livros e nem nas ideias de ninguém
Diga
Que não valem vintém
Diga que um harém é mais sincero
Do que aqueles sorrisos amarelos
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