Agora
Quando eu era mais ingênuo, pensava que era crítico. Agora, mais crítico, vejo o quanto sou ingênuo.
Só sei que te amo, mas agora é cada um por se, teremos outras preocupações, mas continuaremos bem. ( sem raiva, sem rancor)
Mudaria decisões que tomei coisas que fiz palavras que disse, só pra te ter ao meu lado agora. Construiria uma máquina do tempo só para reparar erros cometidos no passado. Mudaria de telefone e endereço para tentar fugir de possíveis enganos futuros. Eu só não mudaria um momento da minha vida, que foi quando eu te conheci.
Ando desmemoriada. Vejo-te agora como quem vê um fantasma. Sua figura é clarinha, quase transparente. Quase posse te sentir. Faço força – luto – reluto e não sinto nada. Tua imagem está apagadinha, pontilhada, desintonizada
Foram bons tempos que viraram lembranças e agora são histórias. E do meu velho relógio, já não se ouve aquele tic tac.
A pista agora está vazia,
Mas ainda reflete os nossos passos,
A luz vermelha, eu em teus braços.
De lembrar o corpo todo se arrepia.
A pista amor, já está vazia,
Mas ainda sinto o ritmo do tango.
A cabeça gira, gira e rodopia,
Lembro de ti, sorrio e não me zango.
Sim, a pista agora está vazia
Mas o prazer, a loucura, a alegria,
Fizeram valer, enfim,
O tango que hoje, reflete assim.
(Dancei o Tango)