Agonia
Lembro-me da hora da agonia da resistência. Foi tão instável como a mentira.
Dizem-me impuros como palavras divinas e fico perdido na incerteza.
Simplesmente me disperso no amanhã em claro e sem nuvem.
Celeridade
Se fosse hoje,
Apenas diria;
leva-me depressa,
E me livra desta agonia.
Não tem porque eu insistir:
Os autos são comprometedores,
O caos tomou conta do meu ser;
Se faz sol,
Não me aquece.
Se chove,
Não sinto frio.
Quero saltar,
Deste mundo utópico:
Onde a beleza reluz;
O novo se destaca;
E o ser está no ter,
E não no ser.
Não tem porque eu insistir:
O meu caminho,
É um beco escuro e sem saída
Grito!
Insisto, não demoras!
Arranca-me- desta melancolia.
O luto cobre o que escrevo
Peço celeridade,
Acaba de vez,
Com este ser.
Poeta, por que não choras?
Por que não joga fora essa tristeza?
Seus olhos que refletem a agonia
Estão secos a gritar.
Por que não choras...?
Amiga...
Não posso, não consigo
Meus olhos não sabem chorar
Meu coração... É parte da dor.
E se chorasse, não teria lágrimas
Somente teria a dor
Em sua secura.
Quando você mostra a sua agonia, a sua angustia, para outras pessoas, você poderá percorrer todo o caminho ao lado de alguém.
Eu toco as notas mais sombrias. É como se eu cortasse o ar para contar minha agonia. Quando minha voz desvanece.
Vá embora agonia me corrompe, que me possui... Vá embora confusão que me destrói... Ultrapassarei o último obstáculo e enfim, serei feliz.
Tem um peso enorme no meu coração, o coitado está a ponto de explodir .. uma agonia, uma vontade de chorar , de sorrir, de gritar, de sei lá . De se libertar. Queria que algo de bom acontecesse, queria que algo me fizesse sentir tão feliz quanto antes. Você me trazia felicidade, hoje me trás um misto de agonia e dor. E, ainda assim, não consigo me afastar de você. Acho que sou algum tipo de masoquista, só pode. Acho que você é minha maior vontade e mesmo assim meu maior erro. Você é aquele brinquedo proibido que minha mãe não deixava tocar, e por isso se torna o mais desejado. O grande problema aqui , é que não é minha mãe que me proíbe de te tocar, mas você .. que se proíbe de ser tocado. E isso machuca, dói e me destrói. Eu sei que pode parecer drama, mas não é ! só eu sei o quanto tem doido. Meu coração, coitado. Vive engaiolado , gritando , sufocado, pedindo socorro. Ele grita : “ me solta, eu quero, eu preciso sair” e você responde : “ ...” . É, você não responde.
Todo santo dia a mesma agonia, a mesma angústia, e o mesmo desamor. Toda solidão. De um amor frustrado, de amor não vivido, de uma vida não vivida. Em certo ponto eu estava só. E com tanta gente. E ninguém me entendia. E o meu conforto que eu dia era meu, um deles me tirou de mim. E o outro foi retirado. Sem nada. Nenhuma coisa. Nada! Estava só. E é amargo. Nessas idas e vindas encontrei alguém tanto quanto parecido comigo. Pois outro novato, outro chato, outro amante, outro diferente, outro jovem velho, outro amigo. Com quem eu podia me deslumbrar com aquela fotografia da Marilyn Monroe. E rir disso.
A Dança
No baile da solidão a canção é fria, a alma prova a agonia, os dias são de nostalgia, mais ainda assim nasce
a poesia.
Já o baile da vida vez ou outra tropeçamos, caimos, levantamos abraçamos, sonhamos, acordamos.
O aconchego demora a dor devora, a alma implora para a saudade o reviver das imagens, dos bons momentos, do amor etéreo que faz a vida mágica.
Cerram-se as cortinas, adormece a bailarina. Voltamos para a dura sina, solidão em cada esquina, a total ausência de afeto rotina.
Anjo II
Era breu o que predominava
Era desagradável o momento
Era a agonia que pairava e imperava
Mas deverás forte foi o seu alento
No início fez-se presente como um ponto de luz
E o breu era insistente aos olhos meus
Chamou-me a atenção a sua paz
E o que me parecia ponto fez-se exuberante luz de Deus
Com algumas sábias palavras
Você me convenceu
Sob suas asas alvas
Sua paz me acolheu
Essa força em você habita
Discretamente resplandece
E dizer-se anjo não suscita
Mas é o que acontece
Diz por entre as linhas do seu texto
Diz na imensidão do luminar
Diz na fineza dos seus gestos
Diz nos atos e no olhar
E na agonia do meu ser, eu procuro me surpreender,
Tento achar o que está distante de outrem e dentro de mim.
Meu ser se perde nas tempestades que eu mesmo faço, me mata o cansaço de tentar me entender.
E quanto mais perto acho que estou, mais longe me encontro de tudo que sinto, tendo em mim, um vazio preenchido de vento, um doce e leve tormento,
Que me tortura e me mata aos poucos.
Mas tem hora que me da agonia, eu queria poder falar alguma coisa, mas eu travo, então fico admirando uma imagem, aquela janelinha la no msn, porque você não fala comigo ? Imagina, eu ficar te observando e do nada uma declaração sua ? seria um sonho, mas só em sonho mesmo.
Coitada Menina
O que há contigo menina?
Que tanto lhe aflige?
Com tanta agonia!
Olhe para o lado, menina.
E veja o dia.
Com tanta alegria!
E tu menina!
O que espera um dia?
Uma grande alegria?
Para curar sua dor!
É Carnaval...
É carnaval!?
Caem as máscaras
Emergem os sonhos
Cessa a agonia...
Vejo pierrots e Colombinas...
Experimento a embriagues
Das utopias.
Encontro-me num mundo
De palhaços e Arlequins...
O céu tocou a terra
E os anjos fizeram-se arautos da
Sobriedade...
Caio por terra. Meus olhos turvam, meus
músculos retesam-se.
De repente, num lampejo de
Razão estou de volta
A realidade;
Esvaio-me em prantos e penso:
Ano que vem tem mais!
Soneto a esmo
Do olhar sem rumo, se fez a agonia.
Do pensar sem tino, se fez o encanto.
Nos lábios molhados se fez o insano
e como já era de se esperar, deu em poesia.
Em teu olhar, se entra em descompasso.
Em sua voz, quase clamo por socorro.
E teu andar, ai meu Deus, coisa de louco!
E por mais que eu fale, moçinha, será um talho.
Olhar p'ro lado esperando ver seu rosto.
Pausinha simples, tão somente p'rum café.
Pena! Não percebes, fico eu que nem bobo.
Sentindo teu cheiro; o vendo teu jeito manhoso.
Abrasado em teu olhar de menina mulher.
oh! Tenho fugir desse trejeito formoso.