África
VIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO
filho da grande mamãe Gaia
d’África de Nana Buluka
n’América índio fui criado
pela Deusa Saia de Serpente
do ventre de todas gerado
tod’essa é minha teogonia
Do meio da África distante veio um grito de dor , me prenderam fui feito escravo eu que era Senhor da liberdade.
Trazido numa caixa de madeira, no meio de águas turbulentas aqui cheguei neste país. De rei liberto a escravo maltratado sofrido.
Dor, revolta, o ódio tomou o lugar no meu peito perdi tudo que tinha. Quantos anos de dor e lombo espancado, quanto sofrimento eu e meus irmãos.
Mas chegou o dia da partida desta terra, cheguei no outro lado.
Ah quanta coisa vi então aprendi mais ainda e o meu coração voltou a bater, mas agora eu tinha compaixão por quem ficou então pedi implorei, deixa esse " fio " curar as dores de quem ficou mas quero fazer como foi a maior dor na minha vida quero ser Preto Velho.
Dores d’África
Eh, meu pai!
Em vez de prantos
é melhor que cantemos.
Eh, meu pai!
É melhor que cantemos
a dor contínua
a solidária luta
de poetas-bantos
contra a tirania
Ataques xenófobos na África do Sul.
É extremamente preocupante e lamentável o que está a acontecer na África do Sul.
Pessoas são queimadas vivas, apenas por serem estrangeiros.
E os motivos são os mesmos de sempre, ninharias.
O governo sul africano é passivo quanto a esse assunto.
Os mesmos sul africanos que têm incentivado o ódio contra os estrangeiros, se estivessem a exigir a destituição do governo do ANC, já se teriam tomado medidas.
Moçambique foi um dos países que muito ajudou África do Sul na luta contra o Apartheid.
Derramou-se sangue moçambicano por uma luta que não era nossa.
E são esses mesmos líderes que tiveram a nossa ajuda, que hoje pouco fazem para resolver esse problema.
Os mesmos líderes que assistem moçambicanos de bem a serem queimados vivos, outrora desfilaram pela cidade de Maputo em busca de refúgio.
E nós vos ajudamos, pensando estar a ajudar irmãos.
Aí sim, éramos irmãos, porque vocês necessitavam da nossa ajuda.
Hoje somos queimados vivos e expulsos como animais.
" Nossa Senhora D'Africa & Júlio Maria De Lombaerde "
Maria , Nossa Senhora D ' Africa, mãe dos pobres e marginalizados! Sua pele brilhante e negra porém, faz com que por muitos seja desprezada...!!! Esqueceram que quando saudade por Gabriel o mensageiro, a beleza que apresenta a chamada estética não foi priorizada e sim a agraciada graça! A saudação enviada pelo Pai, não foi " Ave cheia de beleza" e sim " Ave cheia de graça"
Poema
À Nossa Senhora D' Africa
À te tesouro de espontaneidade suntuosa e benfazeja,
dama de irradiante luz, essência e excêntrica venustidade, beleza.! Dádiva concedida do Pai, teus
títulos são que afagam os âmagos, diferenciados e apreensivos corações. És bendita e escolhida dentre todas as nações.
O indispensável, imprescindível à te foi dado,
mesmo que o exorbitante queiram te ofuscar,
Mãe Rainha " Nossa Senhora D' Africa, só tu podes nos ajudar!
Maria fostes a favorita. escolhida dentre todas para que pela intercessão de teu filho possa nos beneficiar!
os negros quantos os brancos tiveram seu apogeu nem que seja individual,seja Índia,Africa,Amazônia,seja Gales,Cordobã,ou Egito para ambos também os Asiáticos na Mongólia,Vietname os de pele olivácea do Cazaquistão,Bulochistão tanto faz os que os diferencia são o que são individualmente e em grupo suas identidades.
África, a Mãe de todas as Raças.
A inteligência que há em mim quer dialogar com a inteligência que há em você.
Lutamos pela África. Pelo nosso serviço na sua dificuldade, só pedimos uma pequena porção das pedras preciosas que tiram da terra. Só pegamos o que precisamos para a nossa sobrevivência. Se acham que é injusto, podem vir até nós, mas tenham certeza, meus irmãos, estaremos prontos.
África precisa de África
Ecou no fundo do navio negreiro
O grito do guerreiro negro, brandou
Foi um grito de dor e lamento que ecou
Dentro do mocambo
O negro se refugiou
Foi se o tempo de chibata
Correntes e amarras
Foi se o tempo da desgraça
O negro se libertou
Foi se o tempo de lamento
A liberdade por fim chegou
Libertou-se do branco Europeu
Aquele que se achou superior
Libertou-se da igreja que lhe catequizou
Foi roubado de sua terra
Foi levado o ouro e prata
Foi levado seus filhos e amada
Foi tirado a dignidade e liberdade
Foi tirado medicina e engenharia
Foi tirado o seu culto oculto
Lhe impuseram o cristianismo
Como remédio contra sua cultura
Ecou no fundo do navio negreiro
O grito do guerreiro negro, brandou
Foi um grito de dor e lamento que ecou
A África é dos africanos, chega de branco
Já chega de tanta interferência e truculência
Conquistamos independência com sangue e vida
Vida inocente ceifada pela ganância branca
Sangue negro que regou a terra
Sangue negro que atravessou o continente
Vida negra que morreu longe da sua terra
Vida negra que foi tratada com desprezo
Chega de interferência
África precisa de África
Fome
A pobreza nos tornou Africanos.
Nossa África nos tornou vítimas da colonização.
Nós somos Africanos de raíz.
A pobreza nos faz acreditar no amanhã.
Nós somos pobres Africanos, a esperança nos faz crer no amanhã.
Nós somos pobres, pôs somos africanos.
Mas tenho que lutar sim
Lutar contra essa maldita pobreza, pôs sou Africano.
Sim acreditar no amanhã não sentirei mais fome.
Sim sou Africano ter esperança me faz não sentir a pobreza.
A vacina da/ou astrazeneca e a variante da África do Sul…
Já não bastava a tal ser perigosa;
agora vem mais esta novidade;
de a dar, a em só sessenta ou mais de idade;
por ordens dessa tal EMA ou a tinhosa!
Tinhosa por saber não proteger;
das tais variantes que estão a chegar;
sabendo bem que os tais se irão infectar;
vacinados, e não querer saber!!!
Afastem de nós essa porcaria;
que só servirá pra nos enganar;
devido a não garantir protecção!
Contra estas variantes que tão estão;
a disseminar-se em todo o lugar;
dado a em mais dos sessenta, encontrar via.
Porque já conto em mim, com cinquenta mais onze, mais uma vez afirmo que a tal PORCARIA jamais em mim permitirei.
A LIBERDADE D´ÁFRICA FORA VENDIDA.
I POEMA
No dia em que a liberdade foi embora,
Longos navios de silêncio encheram a casa, tão grande, tão vasta!
Todos os gatos da vizinhança lacrimejaram rios caudalosos,
Comiam cogumelos e varriam as cascatas dos cemitérios
Com agudas lâminas de tédio, sobre a presença de uma mão partida.
Foi preciso perder de vista as crianças que brincam: liberdade do querer.
A cobra branca passeia fardada à porta das nossas cubatas,
feitas para perecer.
Derrubaram as árvores de fruta-pão, e sempre que uma ave parte:
nunca sei para onde.
Para que passemos fome vigiam os caminhos
receando a fuga da autonomia do fazer.
Quando a liberdade é vendida pelo tio, oh!
A tragédia já a conhecemos: a cubata incendiada!
O telhado de andala flamejando e o cheiro do fumo misturando-se,
Ao cheiro de andu e ao cheiro da morte prematura imediata (...) vi a liberdade.
África é rica, só continua miserável porcausa da mentalidade do próprio Africano, que ama mais a Europa, América do que sua própria terra.
O desenvolvimento de África passa pela descodificação da natureza existencial de cada um dos seus filhos, pois, enquanto não pensarmos e existirmos como africanos, continuaremos a depender do ocidente.