Advogado é justiça
A justiça brasileira é cega e injusta dentro dela mesma. Pois coloca planos de saúde de alta qualidade e privilégios, inclusos no desconto em folha minimamente, para os ministros, procuradores, desembargadores, magistrados, promotores e defensores públicos. Para os advogados inscritos na ordem, planos insatisfatórios com valores absurdos e preços impraticáveis de mercado.
A vida sem advogado se assemelharia a um jogo de pôquer sem cartas, onde cada blefe ou jogada seria uma aposta arriscada e sem qualquer tipo de segurança.
Para os novos advogados fica a anotação: não há causa perdida; há direito mal interpretado. Lutem contra a burocracia e sejam teimosos, sem declinar da postura e da educação.
Enquanto juízes agirem como promotores, promotores como juízes, e ambos, por vezes como advogados... diminuir-se-á o espaço da justiça, aumentar-se-ão os territórios da conveniência.
Criminosos tem direito a um julgamento e a um advogado, já um feto, que ainda não fez o bem ou o mal querem abortar. Justo.
"Um feto, ainda não é uma vida"
Então vida é o que?
Algo que independe do ambiente?
Um velho que depende de aparelhos para respirar não é uma vida?
Uma criança que não tem como se sustentar não é uma vida?
Um empregado que depende do seu patrão lhe pagar, não é uma vida?
Só porque um feto depende de sua mãe não tira o fato de ser uma vida.
"Mas só é vida quando seu corpo fica completo."
Beleza, quer dizer que nós já somos completos né? Uma criança está em constante transformação, bem como um adulto, ou um idoso, nós não paramos de mudar.
E os deficientes, eles não são uma vida, por não serem considerados normais? Ou completos?
Mas vamos dizer que um feto não é uma vida. Imagine um serial killer, ele é preso, e vai a um julgamento. Agora imagine um feto, uma folha em branco, e ele é abortado, justo né?
Mas ele não era uma vida. Ele era uma coisa. Uma coisa que perdeu a oportunidade de crescer, de estudar, de comer, de brincar, de casar, de trabalhar, de sorrir... Uma coisa que poderia ser alguém. Mas, e se quando crescesse, ele virasse um criminoso? Ele seria julgado, tendo direito a um advogado. Ele responderia por ter desperdiçado sua oportunidade de acertar. Mas nem tudo é justo, não é mesmo?
Nem todos são julgados.
Nem todos querem adotar.
Nem todos se importam.
"Mas e a mãe?
Meu corpo minhas regras"
Sinceramente, se tudo que eu disse não faz sentido ...
Há casais que poderiam adotar a criança, mas há uma burocracia enorme, poderiam pagar para a "mãe" não abortar e entregar para adoção, mas poucos se importam. Eu só acho que os fetos precisam de advogados, pois já tem muitos que já decretaram: Morte.
Queria encontrar nesta Terra, não um advogado que fosse comprado pela mentira , mas um juiz que batesse o martelo pela verdade.
Diante de tudo isso, sinceramente, não precisava de mais nada para entender que o advogado no exercício de sua função possui as mesmas prerrogativas dos demais atores do sistema de justiça, porque sem o advogado não há justiça efetiva. Mas como a vaidade pode acometer alguns atores de justiça, foi previso a edição de uma norma para dizer que o advogado goza do mesmo valor e deve se colocar no mesmo plano topográfico e em posição equidistante em relação ao magistrado que presidir a audiência. E tudo isso parece desnecessário, mas num passado não muito distante os membros do Ministério Público, o antigo Parquet ocupava posição inferior em relação aos julgadores, se posicionava no assoalho num plano inferior. Numa última análise, é possível afirmar que num forte e equilibrado sistema de Justiça, não pode haver superioridade entre os atores da Justiça, uma vez que todos são importantes para a prestação da Justiça.
O compromisso com os ideais de justiça deve ser apanágio inseparável de todo profissional do direito, pois em qualquer situação, condenando um inocente ou absolvendo um culpado, tudo isso é clara manifestação de injustiça, e se alguém de senso ético e comprometido com as coisas equânimes da sociedade, se indignar com a prática de um ato de injustiça em qualquer lugar do mundo, então estamos no mesmo barco, navegando no mesmo sentido, buscando o mesmo desiderato, pois, enquanto houver compromisso com o humanismo, com os valores essenciais da humanidade, devemos contribuir inexoravelmente para a construção da paz social e com os ditames da justiça, embora acabe com o mundo.
Quem atua na advocacia é advogado vinte e quatro horas. Não existe advogado de meio expediente. Quem atua no Sistema de Justiça, seja onde for, sabe bem que no caminho pela concretização do Direito e da Justiça não há segurança ou certezas. A única coisa certa são os riscos sempre presentes.
Quem tem um problema, tem pressa. O trabalho do advogado é buscar resolver esse problema com a maior qualidade no menor tempo possível.
Advocacia exige empatia. Se o advogado não se colocar no lugar do cliente, nunca vai conseguir prestar um serviço digno da confiança depositada.
A coisa mais difícil para um advogado é explicar ao cliente a diferença entre o direito e a prestação da justiça.
Juiz é um ser solitário, mas solitário por opção, ou melhor, por devir. Embora cercado de advogados, servidores e assessores, é sozinho que decide, que condena, que absolve.
Essa solidão que envolve os nossos magistrados garante a cada um deles a primazia do juízo imparcial, longe dos desejos, das paixões, tendo concentrada as atenções àquelas folhas processuais e, analisando prova e refutando argumentos vazios, profere, enfim, sua sentença.