Adulto
Só crianças contam carneirinhos pra ir dormir. Conte seus erros, suas contas e chore até dormir, como um adulto
Ao jovem a mensagem do vento que ele vai chegar
Aos que a brisa do tempo já alcançou a volta a ser garoto e questão de visão
Precisar se preocupar com as vantagens de ser mais velho, com certeza não é vantagem
“Adquirir a maturidade sem conhecer a flor, não traz vantagem para a abelha”
Percebe que pensou em ser maior, sem chegar lá e parecer na novicie
Tudo cresce o no período oportuno será crucial sua fase de responsabilidade
Agora pequeno desfrute do dom e do céu que o mundo foi feito para seus pezinhos
A lama na cara vai sentir falta, dos fins de tarde chegando todo estropiado em casa e vai sentir eternas saudades desse tempo
Não cresça antes do tempo não pule seus anos, a vida é passageira
E olha que isso para quem vê e cativante
Esses anos jamais irão voltar
Quando o mundo me sustentou e eu enfim conseguir evoluir em idade, mas minha cabeça parou milhares de dias atrás
Eu busquei nas esperanças vans do pretérito dias sem fim de ilusões e sonhos
Me misturar, mostrar a criança interior que como o ar do balão se explode e bah
O seu interior se convenciona por todos os lados
Como no oceano da felicidade precisava desabrochar exteriorizar um lado infantil
Jamais com aquele conceito, de ser criança não levando a sério as pessoas
O lado que todo mundo um dia precisa de brincar e dançar na chuva
Se molhar arriscar, por um momento esquecer suas obrigações e unicamente sorrir.
O QUE QUEREM AS CRIANÇAS?
Criança não é só pensar em brinquedos, diversão e passatempo. Criança é também pensar em amor, cuidado, e atenção. Substituir o afeto, o diálogo, e os “ouvidos” por uma chupêta, um brinquedo, aparelhos tecnológicos, e até um(a) babá, não faz necessariamente com que uma criança se sinta acolhida e valorizada.
É comum que as crianças muitas vezes queiram imitar os adultos, principalmente os seus responsáveis, a princípio eles são as principais referências para elas. Então, que exemplo você tem sido para os seus pequenos? E até que ponto você tem permitido que eles reproduzam comportamentos como os seus? Quando as crianças começam a fazer coisas que são de caráter adulto, sem ainda ter uma preparação cognitiva/física para tal, isso pode ser perigoso. É importante que não sejam puladas as etapas da fase infantil para não correr o risco de prejudicar o seu desenvolvimento humano. Exemplo desse perigo, é quando crianças que veem seus responsáveis/familiares/outras referências, bebendo ou fumando, (ou exercendo qualquer atividade nesse nível de distância entre o que seria e o que não seria mais apropriado para elas) e passam a copiar condutas como estas. Elas não reproduzem ações como essas pelo simples fato de sua inocência em não entender a gravidade dessa ultrapassagem de sua fase infantil, mas também porque elas querem ser vistas, ouvidas, amadas e respeitadas. Se elas não são valorizadas nesse sentido, e percebem que apenas as pessoas mais velhas e adultas detém do privilégio e “poder” de receber esse olhar, então cria-se uma angustiante sensação provocada pela associação de: SER VALORIZADO = SER ADULTO = TER PODER; Então, pensam (inconscientemente): “Como ter poder?” “Ter poder é ser adulto, e para ser adulto eu preciso me comportar como tal.”. Daí surge uma forte tendência de querer buscar esse “poder” através da reprodução de condutas adultas.
Sendo assim, é interessante que os adultos como um todo, reflitam sobre a possibilidade de estar mais atento para perceber a criança, ouvi-la, respeitá-la, e orientá-la sem se impor na posição de um ditador hierárquico, que tudo sabe e tudo pode. As crianças também têm muito a nos ensinar...pense quantas vezes elas já vos encheram de perguntas que você não sabia ao certo como responder, e pense quantas vezes você foi paciente e se disponibilizou para ouvi-las com atenção e buscar tais respostas. Essa também é uma oportunidade para aprender algo novo! Os adultos tantas vezes se esquecem que foram crianças um dia, crescem e deixam morrer sua criança interior deixando isso refletir sobre aquelas que estão ao seu redor, de modo que também as matam aos poucos, ignoram e reprimem a sua sensibilidade. Se você faz parte desse ciclo vicioso, reflita e reavalie a sua forma de pensar e agir com as crianças (e com a sua criança interior), pois elas são o futuro do nosso planeta.
(01/10/2016)
Me sinto órfão de mim mesmo. Distante de mim sinto o frio e o calor me tocar concomitantemente. A solidão me dá calafrios e a expectativa do acerto sem êxito me consome. Amanhã é minha esperança. Não estou triste e sim com medo. Sei de minha idade, contudo não passo de um menino brincando de ser adulto.
Filha, hoje é o seu primeiro aniversário sem o papai e a mamãe, juntos.
Calma, você ainda é uma criança, não entende essas coisas de adulto. Viver cada um em um canto é coisa de adulto. Assim como trabalhar é coisa de adulto. E quando o papai virava a noite, não podia brincar contigo, era coisa de adulto. E quando a mamãe ficava brava porque tinha que se virar sozinha, entenda, era coisa de adulto. Aliás, todas as outras coisas que ela ficava brava com o papai, e eu com ela, tudo era coisa de adulto. E o nosso orgulho, ferido pelas duras palavras que um falava para o outro, bom, quer coisa mais adulta que orgulho? Discussão é coisa de adulto, filha. E quando o papai e a mamãe discordavam sobre tarefas da casa, contas para pagar, as responsabilidades do dia-a-dia, veja, ter responsabilidade é coisa de adulto. E fazer coisas irresponsáveis, acredite, também é coisa de adulto. A consciência pesada que aparece depois? Coisa de adulto. Tensão, coisa de adulto. Pressão, coisa de adulto. Impaciência, coisa de adulto. Estresse, coisa de adulto. Acusação, coisa de adulto. Briga, coisa de adulto. Separação, coisa de adulto.
Um dia você vai ler esse texto do papai. Quando você ficar mais adulta. Ou melhor, um pouco menos criança. De qualquer forma, saiba que escrevi esse texto chorando. Arrependido. Culpado. Decepcionado por seu aniversário ser uma festa fatiada em dois pedaços.
Por isso, ao invés de dar os parabéns, eu peço desculpas. Se um dia você me perdoar, quem sabe eu me sinta menos adulto e mais gente grande".
FAZ DE CONTA
Outro dia mesmo estava me divertindo,
assim meio descuidado, meio distraído,
e pelas brincadeiras de infância atraído.
Vieram outros dias, outras noites,
e, então, o tempo, sorrateiramente,
foi levando para longe de mim, dia após dia,
o pião que fazia girar as minhas fantasias;
as bolinhas de sabão, que eram meu alento,
foram desmanchando-se ao sopro do vento.
O faz de conta, os pés descalços, as ‘partidas’,
o ‘bate-bola’ nos campinhos de terra batida;
as alegres brincadeiras de ‘esconde-esconde’,
me escondiam do mundo adulto, não sei onde.
Enfim, até me dar conta que chegou o dia
de que esconder já não mais conseguia.
Eu não gostei de ter crescido, realmente.
Vez por outra eu me perco à minha procura.
Eu queria ter de novo aquela estatura,
aquela inocência, aquela candura.
Não queira esse mundo de loucura,
onde a verdade se vai e a mentira perdura.
Eu queria ser um menino eternamente.
Na verdade sou criança, apesar da aparência,
e luto para não ser adulto, com veemência,
para não adulterar de vez a minha essência.
O pião perdeu-se num mundo que continua a girar,
as bolinhas de sabão desfizeram-se de vez pelo ar
e nas ruas asfaltadas meus pés calçados vêm pisar.
Mas eu sigo brincando de esconde-esconde, contudo,
com o tempo que insiste em transformar tudo;
faz de crianças felizes, adultos sisudos.
Meu corpo de adulto pelo tempo foi esculpido,
embora me sinta criança, num corpo crescido,
com roupas de adultos, mas espírito despido.
Quanto mais ele muda, mais me contraponho,
pois muda um reino encantado de sonhos,
em um mundo ainda mais infeliz e tristonho.
Cresci e não gostei; isso me desaponta.
Por isso mantenho esse desejo oculto,
insistindo em brincar de faz de conta,
‘fazendo de conta’ que sou adulto.
O que me deixa muito triste é ver jovens que não tem senso de humor e se acham muito adultos para rir de uma piada ou brincadeira de bom gosto. Se um dia eles perceberem que estão enganados, talvez seja tarde de mais e não terão boas recordações para sorrirem quando estiverem sozinhos...
Nós achamos que entendemos as regras quando nos tornamos adultos, mas o que realmente vivenciamos é um estreitamento da imaginação.
Aos meus 6 anos
Abri os olhos um pouco...
Com medo, fechei-me novamente em mim,
Os meus ouvidos, eu não consegui silenciar
E minha consciência despertou,
Sentindo-se espremida começou a gritar..
E aos gritos de agonia,
Meu despertar começou.
Tantos dias de medo,
Sentindo-se incapaz,
Contudo percebendo o fato
De que: não andar pra frente,
É andar para trás
"Adormeci", e paguei o preço de nao conseguir dormir
Enterrando lentamente a luz que almejava brilhar.
Dos sonhos de criança nem recordava,
E era apenas um adolescente.
Finalmente o peso de pensar pesou tanto,
Que o corpo não conseguiu conter a ação..
Correr não era exaustivo
Era minha nova alienação
Cego andei para onde
Via a miragem de paz..
Andei, andei e andei...
E felizmente o destino é bom,
Não se pode desistir,
A vida adulta infantil tem um gosto doce,
As agonias são pensamentos compreensiveis,
Refletir é uma linda visão de si mesmo,
Os ouvidos continuam ouvindo,
Mas agora a boca sorri e canta.
MINHA AMENDOEIRA
Um dia fui até que [ por demais feliz],
Lembro-me de uma velha castanheira.
Embaixo dela brincava no tempo de minha
Infância.
Chamava-a pelo nome de castanheira, mas,
O que se comia era a amêndoa [ o fruto].
Certo dia dessas distrações de criança,
Pus-me a brincar num balanço improvisado.
De maneira meio solta e leve com a vida, como
A quem não deve nada e não sabe de nada.
Comecei numa pressa de viver o momento
Que só e' peculiar 'as crianças.
Na primeira balançada foi um vai e vem
Esplêndido, e na segunda vez foi uma atirada
Um pouco mais ousada, rabiscando os pés no
Chão para dar impulso.
Era um sonho de voar nas estrelas e retornar ao
Chão.
Ali nos braços da castanheira via que
Amêndoas eram estrelas e o céu era somente
Outro lugar.
Na terceira vez foi um tanto celestial e eternizada,
Pois povoa minhaslembranças ate' os dias de hoje.
Quando atirei-me para a terceira vez foi num impulso
Potencializado pelas primeiras vezes. E dessa vez
Fui ao céu da castanheira bem perto das amêndoas;
Amêndoas [ que eram estrelas].
Quando retornei ao meu corpo, senti que um portal
Se abriu e via perfeitamente como num telão
Aqueles dez segundos que relataram toda minha vida.
Só percebi coisas indeléveis, doces e inocentes como
Coisas de crianças. Então passei a vigiar-me para
Que nunca cresça a ponto de não ser mais criança.
A única e grande verdade e' que nosso anjo e' a criança
Permanente em cada um de de nós.
O adulto e' um ser oculto que se despiu das asas brancas
E enveredou-se no sombreado da vida.
Tudo isso eu sei porque era criança, e via como as crianças
Viam e nada saberia se já fosse adulto.
poeta_sabedoro
"O difícil não é lidar com uma criança que chora, faz birra,
e quer colo; duro e difícil é aguentar um adulto com atitudes de crianças".
Feliz Dia dos Professores
Aos nossos heróis que, independentemente de nossas idades, sempre estão dispostos a nos ensinar que a educação sempre será a arma mais poderosa que podemos carregar.
O amor universal é tão simples e traz uma sensação tão incrível! Quando você passar a olhar um adulto e se ligar que este adulto já foi um inocente um dia, já foi uma criança, você passa a tolerar muitas coisas e até mesmo perdoa-lo... Aceita-lo do jeito que é... Faça este exercício gente é maravilhoso e a alma agradece. Desperta um sentimento maternal, - e mãe sempre perdoa um filho.
Medo
Vamos perder o receio, vamos soltar esse freio e falar do medo.
Medo...primeiro a gente tem que perder "o", pra depois falar "do".
Ele é fácil de se achar mas também costuma se camuflar,
disfarçar...
Está presente na vida
e na vontade de se aventurar.
Companheiro fiel, não paga aluguel, mas fixa moradia em muita gente desde a infância.
Tem muitos nomes, substantivos, adjetivos, pronomes.
Medo de rua, de bicho-papão, de escuridão,
as vezes chega de mansinho, outras vezes de supetão.
Medo é forte, é poderoso, tinhoso, insinuoso.
Na juventude aparece como o medo de não agradar,
de ser alvo de deboche,
de não ser aceito pela maioria ou de virar um fantoche.
Jovem tem medo até de falar, de expressar sua covardia,
Tem medo do pai, da mãe, da tia e da filha da vizinha,
da sexualidade, da espinha, de sua própria rebeldia.
Jovem tem medo de tudo, mas contudo se arrisca.
Essa talvez seja a atitude mais inteligente pra lidar com o medo.
Se pra se livrar é cedo,
o melhor é reconhecer que se tem, mas enfrentar.
A vida é um risco, um cisco, é uma poeira, um instante, um caminhar
e durante toda vida, há medo o bastante.
Na idade adulta ele piora, vem sob a forma de doença e de morte,
(que não demora).
Adulto tem medo de queda, de solidão, de desamor, de sentir dor.
Medo de hospital, medo irracional, medo do jovem que desafia
(vendo nele o próprio jovem que também já foi um dia).
Adulto tem medo da velhice e se envolve na tolice de a tudo criticar.
Adulto tem medo até de um dia ficar sem lar
e passar pela vida sem deixar sua marca, seu rastro,de ficar perdido a divagar.
Adulto tem medo devagar.
Se todos temos medo de alguma coisa, pessoa ou situação,
o melhor a fazer é reconhecer isso e matar de vez o leão.
Mas de que jeito?
É simples e perfeito:
basta acolher e esbanjar
todas as formas de conjugação do verbo amar.
Porque onde existe amor o medo não cresce.
A medida em que se ama mais e mais,
o medo se esvanece e a verdade aparece (pra quem merece).
Medo é ilusão e amor é a tradução
do sublime.
Amor é prece.
Medo é crime.
Os pais que facilitam o cotidiano do seu filho, dificulta o cotidiano do futuro deste, quando adulto.