Adolescência
O estranho adulto adolescente....
Quem não conhece ou conheceu em sua trajetória, um adulto adolescente? Sim, aquele que se adsorver e criou raízes no estágio mais conflituoso e perigoso que se poderia fixar? Sabe aquela pessoa cheia de certezas?! Que transbordam autossuficiência, não há espaço para dúvidas?!
Aquele lobo pré frontal super desenvolvido e estimulado! Conhece aquela pessoa que leu duas páginas de um livro e já afirma: "não concordo com o autor"! Tão seguras de si... Como são chatas! São tão boas as minhas confusões que vieram com o passar do tempo. E as incertezas? Como é incrível a relação entre o envelhecimento e a desapropriação! Talvez a velhice seja meramente o "não ser", o despertencimento, a dúvida como certeza, a biologia contribuindo para dar sentido!
Afinal, como me cansam as convicções rasas, as certezas que revogam as conversas. E eu? Eu sou isso, dúvidas profundas, incertezas intensas, e verdades dúbias!
O JOVEM
Muito pai já controlou
a vida do filho seu.
Lá na frente não viveu,
só fez o que o pai mandou,
não criou, não inovou.
O jovem tem rebeldia,
é pessoa arredia.
Não é só má-criação,
é também demonstração
de que quer autonomia.
Se alguém vive sua vida com problemas de auto estima, significa que ainda não transendeu a camada de adolescência da personalidade. E isso não é nada bom.
É um fator de fraqueza que os outros usarão para a lhe manipular.
Eu soltei o fone;
Não dá mais pra ouvir aquelas músicas.
As lágrimas encurraladas dentro dos olhos;
Uma tremedeira sem igual.
Terei a capacidade de continuar o estudo?
Se tudo que eu penso é continuar escrevendo e escrevendo.
Não mais entendo
Quero que você saiba que sou eu
"Como me declarar pra ela sem ela saber que sou eu?"
Eu perguntei
A resposta.... se foi boa, não sei
Sobre ela, dividimos sentimentos
Argumentos
Apelos
Mas nenhum deles era recíproco
Sempre platônico
Nos dois sofremos
Você por ela, e eu por você
E agora cá estou eu;
escrevendo e escrevendo.
- maio, 2021
Momentos em que todas as coisas ditas impossíveis, tornam-se promessas fáceis. Afinal, o que nós jovens não podemos viver?
Ah, os meus quinze anos!
Minha única preocupação era como os meninos iriam gostar de mim e de que maneira colocaria as minhas notas na média, se eu soubesse como a minha vida seria hoje, eu teria congelado os melhores momentos e ficado por lá.
Aproveite suas estrelas
Borboletas lá fora,
aproveite, é sua melhor fase.
Pessoas ao redor,
aproveite, é a sua melhor fase.
Comida de vó,
aproveite, é a sua melhor fase.
Brindes aos que vieram e se foram,
aproveite, é a sua melhor fase.
Cabelos escuros ou claros, mas não grisalhos,
aproveite, é a sua melhor fase.
Dançar, cantar, aprender e festejar,
aproveite, é a sua melhor fase.
Dizem que "ninguém ganha as estrelas,
se não perder o teto".
E parece daqueles fortes, de concreto.
A cabeça dele era fria e forte, coberta ainda com telhas.
Agora entendo,
ele era o teto e você minhas estrelas.
Devo ser um completo egoísta, sinto que eu sou mais do que um peso, quero viver sozinho mas não quero ser um ser de solidão. Quero ter para mim algo que me faça feliz, não parece que eu encontrei minha felicidade mesmo quando estou em ``casa´´ já que não me identifico em lugar nenhum, não me aceito como fui feito mesmo tendo a noção que sou a imagem e semelhança de Deus, não acredito que faça diferença a minha presença ou falta. Essa merda de adolescência está me bombardeando de sentimentos ruins, emoções intensas mas vazias, como se mesmo se eu tiver tudo não serei nada, não tenho nome, oque realmente eu sou, oque eu posso fazer, oque eu devo fazer, certo e errado já virou apenas algo sem sentido.
Século De Mãos
Cada criança que nasce é um tumúlo,
Que se abre no útero da sepultura,
Da consciência intra-uterina da alma humana.
Nascer é ser parte do fatídico da vida.
Viver é provar que a degradação não é congênita.
Ó caminhos da existência sobre a vereda da morte!
Ah, mãos da minha infância!
Da infância que ainda hoje sou.
Da adolescência que não tive.
Mãos que sustentam outras mãos.
Ah! – Deus! Deus! Deus!
Por que ainda fecunda-nos com mãos infantis?
Mutilações, substituições! – E sempre novas mãos!
E quanto a mim, que sou outra criança?
Então é uma criança a cuidar da outra?
Deus! – Há na terra um pacto de mãos.
As mãos infantis ardem!
O dramaturgo da vida é Deus.
Minhas mãos estão cansadas de tanto rezar! Abro-as!
Renego a tudo – Aos gritos!
– Mãos oriundas da criação do orgulho a dois.
Progenitores de séculos de mãos!
Não, eu não preciso de mãos para me proteger.
Talvez precisasse de Deus...
Mas cadê Deus? Onde está Deus?
As desgraças sempre foram distribuídas entre as mãos humanas.
Eu estou sozinho e o evangelho sumiu.
Coração de Adolescente
(Lidiane da Gama)
Em um bairro tranquilo, vivia um grupo de amigos inseparáveis: Júlia, Pedro, Ana e Lucas. Eles estavam no auge da adolescência, navegando pelas mudanças e desafios que essa fase trazia. Cada um enfrentava suas próprias batalhas internas, e juntos, aprendiam a lidar com a complexidade das emoções.
Júlia era a mais empática do grupo. Sempre sabia quando alguém precisava de apoio, mas tinha dificuldade em expressar suas próprias emoções. Pedro, o mais extrovertido, usava o humor para esconder suas inseguranças. Ana, a intelectual, buscava respostas nos livros, mas não conseguia lidar com a pressão de ser a melhor em tudo. Lucas, o mais reservado, escondia sua ansiedade atrás de uma fachada calma.
Certa tarde, após uma aula particularmente difícil, eles decidiram assistir ao filme "Divertida Mente" na casa de Pedro. O filme abriu portas para conversas que nunca tinham tido antes. Eles começaram a falar sobre como se sentiam, identificando suas emoções como alegria, tristeza, medo, raiva e nojo, assim como os personagens do filme.
Bruno, o irmão mais velho de Pedro, era estudante de psicologia e entrou na conversa, explicando a importância da educação emocional. "Entender e reconhecer nossas emoções é o primeiro passo para aprender a gerenciá-las", disse ele. "As emoções têm três componentes principais: elas são subjetivas, sentimos fisicamente no corpo, e nos impulsionam a agir de certas maneiras."
Enquanto Bruno falava, Júlia percebeu que o aperto no peito que sentia quando estava ansiosa era uma manifestação física de suas emoções. Pedro notou que seu humor excessivo era uma forma de evitar lidar com o medo de rejeição. Ana entendeu que sua busca incessante por perfeição era uma forma de controlar a insegurança, e Lucas começou a reconhecer que sua calma exterior escondia uma tempestade interna de ansiedade.
Ana Luísa, a psicóloga da escola, também se envolveu com o grupo, organizando encontros semanais para discutir sentimentos e emoções. Ela explicou como a adolescência é um período de busca por identidade e autoconhecimento, o que pode gerar muita confusão e insegurança. "É uma fase desafiadora, mas entender nossas emoções e como elas nos afetam pode nos ajudar a navegar por ela", disse ela.
Através dessas conversas e sessões, o grupo começou a se sentir mais conectado e compreendido. Eles aprenderam a reconhecer e nomear suas emoções, a entender suas reações e a desenvolver habilidades para gerenciá-las.
A história do grupo de amigos mostra como a educação emocional pode transformar a vida dos adolescentes. Com o apoio certo, eles aprenderam a lidar com suas emoções, fortaleceram seus laços e enfrentaram juntos os desafios da adolescência. E, acima de tudo, descobriram que não estavam sozinhos nessa jornada complexa e emocionante chamada vida.
Eu que não queria e nem entendia o que era amor
Mas o seu olhar me conquistou
Seu jeito doce, meiga e tão tímida
Me fez se perguntar: Como conquistar aquela menina?
Vou criar coragem e te perguntar
Se você aceitaria depois da aula a gente se encontrar
Num banco de praça, quem sabe andar de mãos dadas
Um buquê de flor, um beijo e te levar até em casa
Não consigo esquecer o nosso beijo
Sua pele macia, seu cabelo liso e seu batom vermelho
O nosso encontro mudou a minha vida
Me fez entender que o amor existia
Mudou a minha vida, minha cabeça e o meu coração
Me apaixonar por você menina, foi a minha maior inspiração!
Um dia, vamos olhar para os nossos avós e pais, tios, primos, e eles vão estar felizes, vão ter uma família, que muitas das vezes, parece que é apenas deles, não é?
Adolescentes prendem-se tanto a amizades e amores que acabam por se esquecer de que o importante é estar bem com eles mesmos, e estar bem com eles mesmos é questionável, muitas e muitos adolescentes, passam por dificuldades em encarar este novo mundo, este novo mundo que está repleto de dor e sofrimento, por vezes, muitos seguem caminhos maus, mas isso não muda a tristeza que tem de si próprio.
Estarei a desabafar generalizando aquilo que penso acerca da sociedade?
Já como dizia Allen Halloween, “o amor é como um cancro maligno”, na adolescência, então, é um pecado.
Para uma mãe não existe um filho(a) preferido(a), e sim momentos evolutivos diferentes para ambos. E esses momentos conduzem todos a novos ciclos, tanto distanciam como aproximam uns dos outros.
"Quando observo hoje a vida de muitos colegas de infância infiro: valeu a pena ter me rendido a Cristo na minha adolescência".
Anderson Silva
"Nesse céu de nuvens escuras que não me amedronta, vejo, feito criança, o brilho de relâmpagos. Recordo eu-menino sentindo pingos de chuva, vendo-os com as mãos e ouvindo de repente, na imensa noite silente, um recorte de um trovão. Então, já adulto, estendo meus olhos e toco esse lugar de ponta a ponta. Contemplo, por horas, uma tela pintada de saudades."
(03/03/2014)
A infância é o tempo
de brincar com alegria
em castelos de areia
sob os raios da magia.
É surfar na ilusão
e não ter obrigação
até o final do dia.
AURORA DA MINHA VIDA
Andei na Rua da Aurora
quando era colegial.
Ao sair da minha escola,
todo dia era igual.
As pontes atravessei
na fase que mais amei,
no meu tempo jovial.