Adolescência
Um conhecido meu disse hoje sabias palavras que me confortaram e animaram um pouco. Disse ele: no nosso país, a adolescência vai até os 40 anos!
Ufa, isso quer dizer que você pode ser adolescente comigo por pelo menos mais 5 anos.
É bem verdade que fiquei um pouco triste hoje porque te deixei brava, mas vai passar...
Quando criança, o hipersensível constrói um mundo de fantasias porque percebe uma realidade que o fere e lhe provoca angústia e medo. Na adolescência, sente-se incompreendido e sozinho porque não encontra com quem compartilhar suas emoções. Na maturidade, ele também sofre nos relacionamentos amorosos: nunca está satisfeito com as demonstrações de afeto do outro, mostra-se inseguro, monopolizador, carente e ciumento.
Você já se apaixonou alguma vez na sua vida? Se a resposta for sim, vai entender tudo oque eu escreverei aqui.
Durante minha adolescência, eu me envolvi com algumas pessoas, pensava ter sentido algo, mas nada era muito sério, apenas curiosidade e curtição da idade.
Quando fiz 19 anos, eu conheci ele, é engraçado como nos apaixonamos a primeira vez, porque só notamos quando estamos vivendo exatamente do ar que a pessoa permite que respiramos. O sorriso dela, Ah esse sorriso, é o nosso combustível para termos um excelente dia e quando ela some? Parece que o mundo desaparece junto e automaticamente tudo se torna vazio.
Até aqui, estou parecendo aquela pessoa que já diz que ama de um filme de romance e é engraçado, pois era exatamente assim que eu me sentia, nos nossos primeiros dias.
Eu pensava ser exatamente amor, pensava que amava, mas estava errada, muito errada.
Os dias se passaram e com eles vieram as crises; quase todos os dias discutirmos e eu como sempre, me sentia a pessoa certa, que ele era o único que vacilava. Imaturidade, sim, eu era uma pessoa imatura, ainda sou exatamente, estou crescendo com o decorrer dos anos e isso agradeço a esse sentimento que ele me apresentou.
Passou o primeiro ano e não foi o mais fácil, também não foi o mais difícil, pois o segundo superou, chegando a um estágio que mal nos falamos.
Engraçado, porque no terceiro ano, as coisas começam a melhorar, hoje passei a compreender os pensamentos dele, oque anda sentindo e tenho tentado ser a cada dia, alguém melhor para nós dois.
Eu descobri que amor não era apenas pensar em mim ou nele e sim em nós dois; respeitar nossas diferenças; conversar e não discutir (mesmo as vezes falando algumas bobagens); respeitar sua privacidade enquanto ele respeita a minha; no final das contas, aprendi o significado de reciprocidade.
Hoje eu acredito que o amor exista, mas não o encontramos quando queremos, encontramos no momento certo, quando menos esperamos.
A transição de adolescente para adulto em mim, além da incompatibilidade, é árdua, é pesada, é intensa, é desmotivadora e ao mesmo tempo é esperançosa. São muitos opostos em constante atrito!
Estar numa festa cheia de gente e sentir-se só...
Sair com os amigos para se divertir, mas ter a sensação de que falta alguma coisa para ficar tudo bem...
O que será isso? Chatice, carência, autopiedade, solidão?
Ou será a falta que nos faz uma pessoa, ainda perdida no meio da multidão?
Conforme a gente vira adolescente a gente acha ridículo ser criança," ai meu Deus como eu era retardado" "como essas crianças são chatas" "como elas podem ser assim".E também queremos crescer e "amadurecer " o mais rápido possível ''aiii, como eu queria ter 18tãããããoo, pra sai dessa casa e ter minha vida longe dessas pessoas". Isso é normal todos passam por isso(pode fica tranquilo não é só você não tá?!)
Mas será que a adolescência é tão ruim assim como falam? ''aiii, minha vida é um inferno" "aiii, eu quero morrer" "aiii que raivaaaaaa".
Será que quando você tiver 30, 40, 50, 60...anos você terá as mesmas oportunidades que tem agora? ein, serááá´?
Vale a pena pensar não é mesmo?!
Adolescer
Essa menina linda que insiste em crescer!
E vai me surpreendendo com tanto assunto, me fazendo emudecer...
E com ela vou aprendendo todo dia sobre esse tal de adolescer!
Estava tudo calmo, até que avistei uma pantufa azul com nuvens brancas estampadas. Imediatamente olhei tudo que rodeava o meu quarto e que pudesse entrar em sintonia com essa pantufa. Estaria ela isolada da minha existência, ou algum motivo teria para me chamar tanta atenção? Comecei então a observar meu quarto, e notei que, assim como as cores daquela pantufa, meu lençol também é azul de bolinhas brancas. Olhei em seguida de forma mais abrangente o meu quarto, cenário onde passei os últimos momentos na infância e pré-adolescência, antes da partida para os insondáveis e misteriosos planos e objetivos profissionais. O local está exatamente como deixei. Abrindo a janela, esta que ainda é protagonista constante nos textos feitos durante as minhas férias, notei, nas montanhas, o mesmo verde de sempre. No ar, a mesma brisa que caracteriza o clima paradisíaco de Friburgo. Só o céu parece agora mais azul e com as nuvens mais brancas depois que parei para observar as pantufas. Ao lado da janela, o espelho de sempre; porém, o reflexo mudou. Percebo um corpo mais maduro pela idade, mas, mesmo assim, com o mesmo vigor de alma. E Isso me deixou mais ansioso, agora, para chegar até você. E vem daí a minha grande dúvida. Como tanta reflexão pode partir apenas da observação de uma simples pantufa azul com estampas de nuvens brancas? Tento sair então da redoma desse quarto e volto novamente à janela; e vem aí a incerteza de que nossos respectivos carmas se processem. E isso, por si só, já me faz vibrar, assim como acontecia nos tempos quando olhava minha infância nesse mesmo espelho, cheio de expectativas acerca do colégio. Então me pergunto: será que, por sentir essa sensação novamente, isso não merece uma continuidade? Por mais que eu pense a respeito, não encontro, por mim mesmo, o caminho para um esclarecimento, ainda que imperfeito, mas que traga um pouco de qualquer coisa. Dizem que a ânsia de exteriorizar o que sentimos por nós mesmos pode assustar as pessoas. Mas acho que não... Nada mais natural numa fase de adaptação de uma alma ainda em plano material. Nesse ponto divirjo de certos pensadores que afirmam que devemos ficar mais em paz com nossos pensamentos. Não concordo, repito. Estou certo de que uma reflexão sincera e vibrante é um pensamento em forma de prece e que pode atingir para o bem, de alguma forma, aquilo que nos inspira a refletir. Espero apenas deste mundo, que em breve possa encontrar respostas para estas dúvidas, decorrentes, certamente, de uma simples pantufa azul com nuvens brancas estampadas.
Em nossa formação pessoal importamos ideias de pessoas com as quais simpatizamos ou julgamos dignas de respeito. Essas pessoas podem entrar em contato conosco diretamente ou através dos diversos meios de comunicação, sendo o mais comum o livro que lemos em nossa infância ou na adolescência. Essas ideias importadas - preconceitos na verdade,
transformam-se nos "princípios" que regem nossa vida.
E, de fato, pouca gente deveria usar a expressão "meus princípios", pois de fato não são seus. Mais acertadamente deveria usar a expressão "meus preconceitos".
O meu verdadeiro eu, o meu verdadeiro meu sempre esteve e estará muito acima de todas as possíveis e diferentes aparências que só existem para nos confundir e camuflar. Eu sei exatamente o que quero e sei bem onde está.
Os seres humanos não amadurecem como os animais. Eles ficam adultos, mas alguns permanecem na infância ou adolescência. Amadurecer é uma opção.
"Então se passaram uma, duas, três horas. Tentei dormir, mas era incapaz de fechar os olhos porque lapsos da briga me atormentavam. Pensei em comer, mas meus sentidos me impediram... Eu precisava distrair minha cabeça, já latejando com tantos pensamentos negativos, impossíveis de dispersar. Liguei a tevê e troquei rápido de canais até encontrar um desenho animado, o que geralmente me colocava pra cima durante uma situação complicada.
Assisti por dois minutos, e quando a risada irrompeu da caixinha de som, eu não entendi a piada. Por alguma razão me senti estranho Parecia que riam de mim como fora mais cedo, e tornei a desligar. Peguei um livro, fui até o lado de fora tomar um ar e comecei a ler sentado na varanda. As letras estavam se movendo, embaralhadas, saltando da página. Fiquei tonto e tive vontade de gritar. Eu não aguentava mais estar tão confuso, tão louco, não sabia o que fazer. Entrei, sentei-me no sofá e, num ato inconsciente, usei minha mão direita para arranhar a esquerda.
Não foram arranhões fortes ou profundos de início, era como se minha pele estivesse coçando por uma reação alérgica. Então captei os meus sentimentos deixados de lado, ignorados, e eles vieram à tona como nunca antes. Pensei nas pessoas ao meu redor, no que elas me causavam, e a raiva aumentou. Minha mão arranhou mais, com mais violência. Pensei na tristeza e desgosto que tinham me feito passar. Minha pele sangrou. O sentimento corrosivo no meu interior foi se intensificando. Quando me dei conta do que estava fazendo, parei.
Foi uma sensação breve e libertadora. A dor na minha mão parecia invisível comparada à causada por todos os outros.
Enquanto eu me machuquei foi como se parte da raiva deixasse meu ser, e uma satisfação subiu pela minha coluna até o cérebro agindo como calmante. Não entendi por que estava fazendo aquilo, não sabia por que resolvi descontar sobre minha própria carne, e muito menos, por que raios eu estava gostando.
No minuto seguinte, um pranto dolorido sobreveio através dos meus olhos e eu desabei num choro emocionado e abismado. Meus lábios se moveram por conta própria e um sussurro escapou da minha boca, aumentando o tom na medida da minha raiva:
– Eu sou importante, eu sou... – choramingando em silêncio, um pouco mais estável, olhei para minhas mãos e em seguida as pressionei contra meus olhos, tentando conter as lágrimas, que pareciam infinitas – sou sim... e não mereço isso... – senti pânico, aflição, até que gritei com todas as minhas forças:
– EU NÃO MEREÇO ISSO!
Rapidamente, cambaleei, ainda perdido, sem ter completa consciência do que estava fazendo, até o banheiro. Abri o armário de higienização e retirei do estojo de barbear do meu pai uma gilete prateada, com cerca de 1x3 centímetros. Prendi a respiração, soltei devagar, então repeti o ato e fiquei parado, admirando meu reflexo no espelho, ainda com o rosto queimando e encharcado, sem conseguir sustar o choro e a lástima em que me abraçava. Não compreendi no momento o porquê daquilo, estava tudo muito confuso e eu só queria acabar com a dor. Novamente meus lábios se moveram instigados pela raiva, e um sussurro debilitado vazou do meu interior:
– Vocês merecem isso!
O tempo ao meu redor parou. Levei a gilete ao meu pulso esquerdo e a deslizei sobre a pele, rasgando de modo visível e profundo minha própria carne. Senti uma dor aguda e quente, o sangue brotou e permaneci num silêncio atormentador. Todos os pensamentos assustadores escorreram para fora de mim junto com aquele líquido denso e escarlate.
Depois do primeiro corte, abandonei a lâmina sobre a pia, abri a torneira, lavei o ferimento com água gelada e senti meu ódio, meus medos e desesperos descerem pelo ralo. Eu estava bem, apesar da minha pele arder; me sentia limpo. Puxei quase um metro de papel higiênico, envolvi-o na ferida em aberto e estanquei o sangramento. Dez minutos mais tarde, reabri o armário, guardei a gilete, retirei um band-aid do estojo de medicamentos e cobri a marca.
Com o coração pulsando e as mãos trêmulas, voltei até o sofá da sala, me deitei, tapei minhas pernas com o cobertor xadrez da mamãe, e religuei a tevê no mesmo desenho que estava passando minutos atrás. Em cada cena eu soltava uma gargalhada, o meu senso de humor estava sólido e usual. Era como se a água da pia tivesse lavado a minha alma, fazendo eu me esquecer de tudo."
- Trecho do livro Guerreiro.
No inexistente laço com o amanhã
Chegar sempre em novos lugares, estágios e reparos. O que há com a ideia de não entender o que se é fase?
''Aborrecentes'' aborrecendo, vivendo o emponderamento do momento, lá vem novas fases, novos lugares, novos amores.
Novos e mais novos. Estágios da vida, estar á vida aos 15, 16, 17 anos... Não, aos 15; e bem derrepente aos 25 e isso continuamente
logo passa, entretanto breve mesmo passará a lentidão despercebida e embutida nos segundos rústicos do dia a dia.
Nos estágios de vivência em instantes e puro êxtase, nunca se é o fim do mundo e essa é uma realidade não dita,
nunca percebida e que maltrata quem mal degusta o poder do agora. Feitos de boemia, o tudo continua acontecendo o ser continua mentalmente crescendo, tu que se foi, tu que se chega, tu que se vai e tu que não volta mais, todos sois eu, catando uma lembrança aqui, colhendo um pensamento ali, sois todos eles. Que dirá do amanhã, agora? Que fará do agora, no amanhã?
Peso pensamental? realidade vivida? exercício de um sonho ou quem sabe
padecer em lembranças desvairadas de uma vida não dita, nunca percebida e que tarde maltrata quem pouco degusta o inexistente laço com o amanhã.
ILUSÕES DE AMOR
Profª Lourdes Duarte
Oh! Ilusão que mantive dias a pós dias
Por um amor que só em meu coração existia
Meus olhos embaciados a sonha vivia
Do ímpeto de um imperfeito amor que me invadia.
Como um cristal morto de um espelho antigo
Meus olhos refletiam minhas ilusões e minha dor
Em forma de amor profundo vivia de agonia
Cega de amor por quem não me correspondia.
Com restos de sonhos e propósitos perdidos
Erguei meus olhos e abri meu coração
Não para quem me alimentou de ilusões
Mas para um grande e novo amor
Que aflorou no meu coração.
A ilusão que mantinha a minha esperança se foi,
Reerguendo-me mais forte, prossigo
Pessoas vem e vão, cabe somente a nós,
Distinguir amor de amizade e não nos iludir
Com amor que é mera fantasia da alma
Ou lentidão duma inquietude de amor.
Com meus sonhos prossigo, entretanto
Ilusões, não as deixo dominar meus ser
Embora fruto de um amor ilusório
Florido sentimento permaneceu
Por muito tempo em mim.
Na profundidade do desencanto.
A ilusão aprofundou meu pranto,
foste doçura do meu coração,
Embora hoje, és apenas lembranças
De uma adolescência que se foi.
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Tem um pensamento lindo de France Marialva ela diz que ,
Ah! O amor nos faz perder o juízo!
Torna adolescentes em adultos e velhos em adolescentes: não existe regra, não existe idade, não existe nada além dele. Se é surpresa para corações jovens, para os mais vividos é um presente dos céus, pois chegou na hora em que não acreditava mais no possível. A esse é dado