Admirar outra Pessoa
Perfeita simetria
Nós dois, admirando o fim do dia
Observando e anotando uma polografia
Com cores cheias de vida
Descrevendo a astronomia
Em uma perfeita simetria.
Slá, só mais um café.
Em um raro espetáculo, as flores damas-da-noite, majestosamente engendradas pela natureza, de admirável floração noturna, dão show efêmero, mas inolvidável.
Não busque perfeição, pois ela não existe, busque aprender, conhecer, admirar, olhar e sentir. Somos falhos erramos e acertamos todos os dias e nos conhecemos a cada dia também, nós não temos dupla personalidade o que temos é a vontade de explodir essa multidão de sensações que carregamos dentro de nós, as vezes somos mais, as vezes somos menos, as vezes julgamos, mas somos julgados também, criticamos e somos criticados, nós perdermos e ganhamos, rimos e choramos, lamentamos e agradecemos. Por isso não seja perfeito, seja seu espelho, seja verdadeiro, seja único e acima de tudo seja... "VOCÊ"... pois tudo que vivemos é uma conjunção de como é o ponto de vista de cada emoção.
FILAMENTOS DE UM PÔR-DO-SOL ANDRÓGINO (*)
Admirava-o. Não perdi a admiração. Acredito que ela tenha aumentado. O bizarro, é que nunca cheguei a pensar como tudo havia acontecido. Eu era, testemunha ocular de um gesto que o personalizou, ainda que não tenha tido a intenção, seu trabalho bastaria, como bastou. Entre os estandartes da demência e da genialidade, fez-se eterno.
O vermelho deslizava-lhe pelo pescoço, avolumando pequenas poças, coágulos, gosmas, querubins malditos, formas mortas, abortos, abutres, assentados nos pêlos da sua barba. Seu olhar fixo, sem nenhum tremor, como se nada acontecesse, e não fora ele o autor, intérprete, diretor, cenário e palco do monólogo vermelho. A colcha que cobria a cama ganhava nova coloração e forma, pintura primitiva, esvaindo-se das minas da carne, viscosa e quente, contrastando à indiferença do seu olhar, parede e alcova, da emoção. O corpo demonstrando declínio ante a dor não exposta e fraqueza natural, quedou-se devagarzinho, de encontro à cama.
O instrumento cúmplice, banhado de vermelho, parecia um bumerangue aborígene, pássaro apocalíptico da trilogia da negligência. Nós éramos mórbidos epigramas do triângulo em gestação. Cortado pelo gélido pincel, foi-lhe a carne dividida, lembrando o pão da santa ceia, às avessas.
Ela estava arrancada dele, definitivamente separados. Não fiz nada. Senti que não deveria interferir. No entanto, não poderia abandonar aquele momento trágico e sedutor, sem pegar um souvenir.
Quanto tempo sonhei com aquela tarde no Louvre. Lá estava eu, entre dezenas de grandes mestres, todos fascinantes com seus estilos, e rupturas que marcaram época, contudo, queria encontrá-lo, devorá-lo ao vivo, longe das reproduções e slides, que durante anos foram companheiros nas salas de aula. Somente ele, nenhum outro, de tal forma, conseguia desequilibrar-me, colocando-me à deriva emocional. Diante da sua arte, caminhava entre as plantações de trigo, girassóis e moinhos. Nessa viagem, frenesi de quem parte sem ausentar-se, somente retornava a mim mesmo, quando os alunos em coro, chamavam-me.
Andando pelos corredores do Louvre, escarnavam-me o olhar babando as gosmas saborosas das retinas, Delaroche, Velasquez, Picasso, Gaugain, Renoir, Monet, que me provocou compreensível – breve – parada. Ele, de certa forma, bordava as lantejoulas do meu frenesi. Continuei a busca, com a certeza da sua proximidade. Subitamente, como se algo, chamasse-me a atenção, tocando-me às costas, virei-me, e o paraíso descerrou as cortinas – a luz amarela – estrela vésper da sua pintura, mergulhava na umidez vermelha dos meus olhos.
Ignorando as pessoas em volta, perdendo com mais intensidade a noção do tempo, ao êxtase tântrico pictórico, minha alma alada, já não era alma. Era um arco-íris pousando no útero da tela, onde fiquei, até que uma voz – sempre elas – trouxe-me de volta para o outro lado – a terceira margem do rio do tempo – ao insistir que estava na hora de fechar o museu.
Saindo do Louvre, meus olhos garimpavam o transe. Na indiscreta verticalidade do abismo, encontrei o metal cortante. Minhas náufragas, suadas digitais, revelaram a dissimulada atração. Ao guardá-lo, no bolso esquerdo da jaqueta, forte era a sensação de Ícaro, cujas asas a monotonia, não mais haveria de derreter. No balanço do meu andar, o metal batia e voltava sobre meu coração, como chibatadas, açoitando a dolorida ansiedade.
A uma quadra do hotel, resolvi parar num café, escolhendo uma mesa na calçada. Após a primeira taça de vinho tinto seco, vejo-me novamente em seu quarto. Ele com o instrumento em riste, no topo da orelha, não ousava dizer absolutamente nada. Quedou silente. Os músculos de sua face e seus olhos eram os mesmos bailarinos paralíticos, completando a alegoria do hiato, antecedendo ao gesto. Sua mão, única expressão de vida, desceu num frêmito impulso guilhotinador. Um desejo irremovível de amputar. Em queda, as gotas de sangue eram filamentos de um pôr-do-sol andrógino.
Sentado no café, o garçom perguntava-me se queria outra garrafa. Pedi a conta, ao mesmo tempo em que apalpava os bolsos da jaqueta.
Chegando ao hotel, peguei a chave, tomei o elevador. Dentro do apartamento, ouvi o farfalhar das asas de dois pássaros vermelhos, fui ao lavabo, postei-me frente ao espelho, retirando, primeiro do bolso esquerdo da jaqueta, o dócil e inofensivo cortante metal. Depois foi a vez do souvenir. Ao empunhar o metal sobre minha orelha, no canto esquerdo superior do espelho, Van Gogh, observava-me passivamente. No mármore do banheiro, a orelha de Van Gogh, já não estava sozinha.
(*) EUGENIO SANTANA é Jornalista, Escritor, Ensaísta, Biógrafo e Redator publicitário. Pertence à UBE - União Brasileira de Escritores. Colaborador da ADESG, AMORC e do Greenpeace. Autor de nove livros publicados. Gestor e fundador da Hórus/9 Editora e Diretor de Redação da Revista Panorama Goiano.
Nunca faça de brinquedo o amor e o coração de uma pessoa que te admira e ama, por que se um dia ela ficar sem você ela sofre, por que te amou demais.
Fico aqui pensando...
Como foi construída a nossa amizade.
Respeito. Carinho. Admiração.
Assim é uma amizade de verdade.
__Sophia Vargas ♥
31/12/2009
Tempo perdido é o que se gasta admirando determinada pessoa que pode ser qualquer coisa, menos admirável.
O amor não muda com o tempo, ele continua igual ou maior, sem contar a admiração que é conquistada com o tempo. O que muda são olhares, os toques, o mistério,quando a pessoa se acha no direito de ser intima demais, muda-se o beijo! E acaba-se o desejo. Fim
Eu admiro aqueles que tiram a própria vida, mas... Admiro mais ainda aqueles que ainda tem algum motivo para viver nesse mundo doente.
"Admiro quem tem inteligência acima da média". Devia admirar quem tem inteligência emocional bem resolvida.
As pessoas querem ser admiradas, por isso, qualquer idiotice que elas achem que seja "espiritual", valha-me Deus!
Vivo,
Nos teus olhos,
E lábios a admirar.
Existo,
Para te ver sorrir,
Ver-te feliz,
Vê-la sempre a gargalhar.
Penso,
Que nada é melhor,
Nada seria melhor,
Nada será melhor,
Que contigo namorar.
Poderia até noivar,
E, com certeza,
Um dia casar.
Definho,
Por ter que me distanciar,
Por não poder te tocar.
Morro,
Aos poucos,
Só de lembrar,
Que durmo e sonho contigo,
Mas que quando acordo,
Ao meu lado você não esta.
Talvez eu não seja aquele que em vossa mente conceberdes, com notório e digno de admiração fulgor
A criação que é, sente e fala de imaculados entusiasmos eventuais, não banais Improfanáveis como o próprio amor
Inspirado em anseios que em teu interior tu retinhas
Criatura controvérsia haverdes projetado nas dimensões de tua avidez
Tecerdes em linhas finas de ideais a famígera teia das utopias
Decerto haja uma maior dose de complexidade
Motivo de minha contradição
Outrora até me deixara revolto
Hoje proclamo, me nutriu de gratidão
Aquele que por ímpeto fala
Por aspirações cala
Por emoção age
Por receios omite
Quiçá nem seja assim tão triste
Avanço, sempre o avanço
Eis a palavra d'ouro
Que à mim sempre interessa
De conquistar eu não me canso
Por existir sempre me envolvo.
O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. A admiração muito perto do desprezo. O interesse pela falta de vontade. A arrogancia da humildade. A beleza da feiura. O desejo ardente pelo; não to nem ai. São a frente e o verso da mesma moeda, da paixão, da vida, dos sentimentos. Já no caso do Amor o seu oposto não é o ódio, e sim o nada me diz, a total indiferença...
como admiro as mulheres ,elas lavam roupa ,fazem comida,cuida dos filhos e assisti novela ao mesmo tempo , cara se eu for fazer comida e lavar roupa ao mesmo tempo eu coloco sal na máquina de lavar e quiboa no arroz!
ta vendo o filho quase esqueci de colocar nessa publicação
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