Adeus Morte
De repente, um adeus
por entre os dedos, como se água fosse,
você se foi
enquanto esteve aqui, foi meu mar, meu ar
em ti, mergulhei no mais profundo, sem receios
recolhi entre as estrelas-do-mar, sorrisos soltos, olhares apaixonados e atitudes triviais de um verdadeiro sedutor
me viciei por tuas águas
te engoli
te traguei
afoguei-me em ti,
de ti.
vts
Sinto os primórdios do adeus.
No riso solto e contagiante,
No amor dispensado de formas pouco convencionais.
Sinto que estás nos doando as últimas lembranças.
Aviso de antemão, escrevo com demasiada saudade do porvir.
Escrevo banhado por lágrimas e tinta.
Deito no papel todos os sentimentos que a distância desperta impiedosamente.
Difícil é, descrever a euforia que o encontro gera.
Se me axego a ti em julho, já sorrio desde março.
Guardo um abraço teu na mala, e um beijo que acaricia a alma.
Sendo humano, ganancioso, peço por mais tempo, por mais momentos de puro contentamento e gozo.
Peço por mais, pois há tanto a se aprender.
Peço, esvaecidamente, por mais, pois ainda não me estou pronto para o até logo, quiçá o adeus.
Publicado em 1929, "Adeus às armas" é o segundo romance do escritor norte-americano Ernest Hemingway. O livro tem como tema central a paixão de Frederic Henry – que se alista no exército italiano como motorista de ambulância – pela enfermeira Catherine Barkley. Neste romance autobiográfico, a história de amor tem um final feliz, ao contrário da vivida pelo autor. Os protagonistas acreditam que podem se isolar em seu amor, simplesmente afastando-se da guerra. Em 1918, ferido em combate, Ernest Hemingway é internado em um hospital, em Milão, onde conhece a enfermeira Agnes von Kurowsky, por quem se apaixona. Porém, ela não aceita casar-se com Hemingway, deixando-o profundamente desiludido. Narrado em primeira pessoa, Adeus às armas revela-se uma obra como poucas, aclamada pela crítica como o melhor livro de ficção produzido sobre a Primeira Guerra Mundial. Hemingway conduz a narrativa de forma dinâmica, ressaltando o teor dramático da trama e proporcionando ao leitor algumas das páginas mais românticas e comoventes da literatura ocidental.
EPITÁFIO
Dez abril já se passou
Desde o seu último adeus
Teu cinismo sepultou
Todos os sonhos meus
E no aniversário da morte
do falso amor que foi o teu
Velas venho ascender
Relendo seu epitáfio
"Desculpa. Foi erro meu"
talvez seja um até logo ou também poderia ser um simples adeus que ninguém ouviu
um sussurro entre um sorriso e outro um pedido de ajuda
Talvez seja tarde demais para tentar salvar uma vida que não tem sentido.
O último adeus
Sonhos meus sonhos teus
O último abraço
Demorado e apertado
O tempo passa e com ele leva minha cara metade
E o que fica apenas saudade
Lágrimas escorrem sobre a minha face
Para alguns são apenas rimas
Pra você uma obra prima, você é a mais linda
Usufruindo da nossa imaginação
Uns tomam uma dose de cachaça
Eu tomo uma dose do seu coração
Uns vendem amor
Outros vendem ilusão
Jamais saberá o que é fruto de uma paixão
"CONSELHO:
Invista em em sua saúde.
Beleza e bem estar.
Diga adeus as coisas ruins.
Seja bom para ser maravilhoso.
Cuide da sua própria vida.
Não queira saber da vida de ninguém.
Não use de palavras ofensivas.
Peça desculpas a quem é de direito.
Seja sincero sempre
Tenha Gentileza e Gratidão.
Se puder, ligue, envie e-mail ou converse
pessoalmente com aquela pessoa.
BOA SORTE "
Eu disse adeus chorando...
Eu disse adeus sem querer..
Mas era preciso dizer adeus...
Eu precisava aprender a ser eu...
Precisar mais de mim...
Amar mais a mim...
Antes de aprender amar vc...
Juntei os pedaços.
Colei-os
Refiz minha vida.
À antiga, dei um adeus de despedida.
Ainda sou pedaços...
Um quebra-cabeças
Montado
Que a qualquer brisa suave
Em mil pedaços se esparrama por todo lado.
Sigo bambaleando.
Na corda bamba da vida
Vivendo... existindo
Me refazendo...
Ao sopro forte do vento...
Às tempestades da vida...
Ao gosto amargo de certos dias...
Sigo... resistindo.
Toda mulher
Toda mulher a um grande amor dará adeus
Aceitará sentimentos que nunca foram seus
Sonhará com rosas de um nobre rapaz
Sempre aberta ao amor,uma vez mais
Toda mulher tem que entender
São fatos da vida,tem que acontecer
Certos amores tem que acabar
Para novas histórias então começar
Essa é a lei da vida
Amar por amar
...Sobre
“Sagrado feminino"
O adeus é uma forma inesperada de a vida nos dizer: agora é contigo. Esquece o passado, olha pra frente, pisa firme e recomeça. É assim que tem que ser. E é assim que eu me despeço de você.
Voz do meu algoz
tom é a tentação
sendo fruto do pecado
reato tão alto
que despeço num adeus...
alma bem querer sois
sempre o anoitecer,
minha perdição esparece na chuva,
esclarece num instante que canta
sobre fel da madruga,
se tem o fulgor do destino,
cálida voz atroz,
num lampejo deferi
tanto como num olhar vazio...
num espaço que glorifico seu destino...
momentâneo sois,
despenco em riacho a dentro
sentimento desperto,
fogo que arde sem querer
o desejo se dobra,
ao real motivo desaparece afio,
num derradeiro sentir,
esqueço o viver,
nas encostas do mar a tenho,
bem como a tive num sonho,
descabido desejo,
num vulgo ar de um profundo...
está a desordem do caos aparente,
no amor abalado sem fronteiras.
ríspido ardor que se faz
em beira do mar,
sem sabe o amanhã
na graças do amor...
se tem o para sempre em momentos...
no regaço do querer apenas os ventos...
são praguejados no fruto que cai no amanhecer,
estando inerte a beleza das ondas
que quebra nas pedras,
deslumbre choque que se tem brumas...
num vórtice de paixão sorrateira,
tantos olhares apenas um sentimento.
Aquele adeus.
Quando estava para partir não me permitiu nada além que um adeus, não me presentou com um abraço, não me beijou os lábios, não me fez nenhuma caricia como aquelas que me fizera em noites solenes de puro êxtase, ou quem sabe, talvez, pudesse me oferecer mais uma noite de prazer, mas nada, nada foi feito, nada foi dito, nem mesmo o motivo pelo qual estava partindo. Quando ela foi embora eu nada pude fazer, inclusive, só continuei a respirar pelo simples fato de meus pulmões não desistirem de mim, assim como ela não fez. Sentei-me na poltrona, rente a janela, pus a mão no queixo e comecei a observar os carros que passavam em frente a minha janela, passei horas ali, extasiado, sem me mover, talvez, se não me é delírio, pude ouvir o bater do meu coração, senti pela primeira vez o sangue quente correr entre minhas veias. Fiquei ali olhando o tempo passar, apreciando a mescla que se formava entre as cores no céu, de forma metafórica se igualava com meus pensamentos, bagunçados, mas que no final era algo bonito, vívido, porque na minha cabeça só dava ela. Depois de muito tempo situei-me, percebi que passei muito tempo sentado ali observando absolutamente nada. Levantei-me, fui até o banheiro e ali fiquei em torno de 20min, aproveitei o banho, como quem pudesse limpar-se da tristeza com um simples banho com água quente, se pelo menos ela pudesse escaldar minha alma, mas nada me foi concebido. Sai do banho e voltei para a sala, dessa vez com um copo de vodca e um livro que em minha opinião se encaixava direitinho no contexto do momento, de copo em copo sequei a garrafa de vodca, sem perceber que ali eu assinava a minha sentença de embriaguez. Quando já não era dono de mim mesmo decidi ir à busca de respostas, queria saber o motivo pelo qual ela partiu, já que a lucidez não me deixou coragem o bastante para perguntar a embriaguez me ajudou neste aspecto. Vesti uma roupa descente, desci até a portaria do meu condomínio e peguei o primeiro táxi que avistei, - rápido, vá ao encontro da mulher que partiu meu coração, ela precisa me dar alguma explicação! -. O motorista sem entender começou a dirigir, sem me perguntar nada seguiu a principal, em direção ao centro, no caminho não me controlei, desabafei com aquele pobre homem que um dia desejara não viver para não ouvir tamanho sofrimento. Passamos mais de uma hora rodando a cidade, eu contava meus problemas, informei-o de sua partida, como tinha sido dura, sem afeto, nem um pingo de respeito ou consideração, enquanto contava o Erinelson me dava razão, afinal, quem é tão pobre de sentimentos que não pode oferecer nenhuma desculpa e nenhuma explicação, partir sem nenhuma cerimonia, uma discursão, quem pode ir embora depois de dois anos juntos sem nem mesmo jogar um vaso de plantas contra parede, não entendo. Quando já não tinha o que dizer, eu só ouvi, e não disse nada. Ele, o taxista, fez com que eu me encontrasse, me deu um choque de realidade, me fez perceber que quem parte sem explicação e sem motivo já não tem motivos para ficar e que isso é o bastante. Pedi que me deixasse no primeiro bar que avistasse e assim o fez me deixou no Piano’s bar, me despedi e agradeci com toda minha generosidade. Ao entrar no bar percebi que o taxista mesmo sem nenhum destino informado tinha acertado de primeira o local onde eu precisava ir, ela estava sentada no balcão do bar, me olhava, não era só a sua boca que sorria para mim, seus olhos também seguia aquela sinfonia, e ali eu retornei ao inicio, aos carinhos do meu amor que um dia partiu e agora retorna para meus braços.
SONETO NO CREPÚSCULO
Morre o dia. Aqui no cerrado goiano
Dizemos-nos adeus silenciosamente
À meia luz do entardecer confidente
O sol no horizonte desfalece profano
Em um purpureado lôbrego poente
O céu é degustado pelo breu ufano
Num longo abraço de um cotidiano
Do sol e a terra num valsar ardente
Da vidraça, o crepúsculo soberano
Invade o quarto numa luz pendente
Vindo do luar voluptuoso e fontano
E, como uma orquestração silente
A noite se prostra num olhar arcano
Embalando o dia misteriosamente...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, novembro
Cerrado goiano
ANOITECER (soneto)
Desmaia o dia no árido cerrado
Num adeus de luz e esplendor
É Deus com o seu recompor
Do céu azul ao negro estrelado
E eu, aqui num mero espectador
Sob este tão espetáculo, admirado
Não sei se rio, choro ou fico calado
Inerte... no âmago belo do criador
É um rosário pelo encanto desfiado
Conta a conta, infinito e acolhedor
D'amor, benção, no tempo denodado
Está hora, do ângelus, do cair multicor
Enteando saudades, dor ao enevoado
Vem a noite, para vida por ela transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
REFLEXÕES DE UM ADEUS (soneto)
Calado, ouvindo o silêncio ranger
Imerso no pensamento solitário
Gritante no peito o medo a bater
Do adeus, e que no fado é vário
Agora, cá no quarto, a me deter
Angústias do cismar involuntário
Que o temor no vazio quer dizer
E a aflição querendo o contrário
São duas pontas do nosso viver
No paralelo do mesmo itinerário
De ir ou ficar moendo o querer
E neste tonto e rápido breviário
Que é o tempo, me resta varrer
Os espantos, pois imutar é diário
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Adeus...
Meus pulsos doiam, mas o alivio era maior
Enquanto via a água escorrer e se misturar com meu sangue,
eu sentia cada vez mais que podia continuar ali, me afogando.
Não esperava que alguem vinhesse para me salvar ,
apenas sentia que a solidão apertava a minha e dizia que o tormento logo ia passar.
Eu confiava nela, alias foi minha unica amiga nesses 3 ultimos anos,
foi quando enxerguei minha escuridão,
e derrepente me peguei pedindo perdão a todos aqueles que não destiram de mim,
me desculpem, mas eu ja desisti
Eu não sou fraca, e nem covarde
não me julguem
meu fardo estava pesado
Mas agora tudo acabou, e tudo vai fica bem.