Açúcar
Avisto à mesa uma moça desencantada
Que come torrões de açúcar
Para não parecer amargurada:
De nada adianta, coitada!
Uma ou duas colheres de açúcar? Se estiver muito doce perde a leveza, sem esta é exorbitantes seguir!
Para quem não pode ingerir açúcar os doces perdem seus encantamentos...
Para quem a vida descoloriu e se tornou cinza...
Pão da Ceiça
Ingredientes:
2 copos e 1/2 de água (leite)
2 colheres de açúcar
1 colher de sal
1 ovo
1 copo de óleo ou margarina ou banha
1 kg de farinha de trigo
50 gramas de fermento de padaria
Modo de Preparo
1. Misturar fermento na agua ou no leite morno
2. Levar ao liquidificador : o açúcar o sal, o óleo, o ovo e a água (leite) com fermento
3. Bater minutos
4. Colocar em uma bacia grande esta mistura e acrescentar o trigo aos poucos, misturando com as mãos (a quantidade de trigo se dá quando a massa não grudar mais nas mãos).
5. Deixe crescer por 1 hora
6. Dividir a massa em 3 partes e enrolar os pães
7. Deixar crescer novamente por mais 40 minutos
8. Levar pra assar por mais ou menos 30 minutos.
"AMAR OS SEUS CONTRÁRIOS."
Adoro o seu açúcar salgado.
O seu brilho escondido.
O seu querer que não quer.
Adoro suas falas que me calam.
Seu docê me amarga a boca, mas adoça meu coração.
Adoro seu jeito escondido de aparecer...
Adoro mais, acima de tudo. Os mistérios que você vem desvendar em mim. E nesse adorar os mistérios que desvenda comigo, vejo que tudo isso sim. É amar os seus contrários... (...)
Água com açúcar?
Da primeira infância, pouco recordo:
Ecos distantes de risos e lágrimas;
Lembro que as lágrimas eram doces.
Eramos como água, álcool e açucar.
O açúcar era o amor
Que dissolve na gente
O álcool era o prazer
Que queima quando incendiado
E a água eramos nós dois
Quando misturada
Não muda seu estado
Nem sua coloração
Nem nada.
Bem julgado
Eramos.
Brincadeira Boa
O algodão é doce.
O beijinho, de coco.
Suspiro de açúcar.
Gostinho de brigadeiro.
Risada de criança.
Moleca travessa.
Alegria contagiante,
corre pelo parque.
Mulher sapeca,
quero te fazer arte.
Vamos brincar de beijar?
Nunca meta açúcar no xarope na
tentativa de matar a tosse rapidamente
Pelo contrário ficarás diabético.
Quando você sentir o amargor da vida, faça o seguinte: pegue uma colher de chá e o pote de açúcar, apanhe um pouco do açúcar com a colher e ponha debaixo da língua.
A alegria não esfriou minha carne. Eu não sei controlar a medida do açúcar no café, o peso da xícara, muito menos dosar o afeto, a amizade, o amor, a raiva, o despreparo. Começo pelo final para não ter dúvidas do início.
Quando ia dormir e era do tamanho do que imaginava, escutava os adultos falando na sala de estar. Eles falavam baixinho. Meus ouvidos caminhavam na ponta dos pés para escutar as conversas. Acho que minha audição se esforçou tanto para reconstituir os assuntos sérios e proibidos que não teve forças para voltar para cama.
Havia uma fresta no porão que dava ao jardim. Durante duas semanas, cavei com uma colher de sopa o cimento para aumentar meus olhos. Fiz uma lâmpada no muro. Passava pela fenda odores de fungos e musgos. Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios.
Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?
Se for para vender sonhos, que sejam os de farinha e açúcar.
Vivemos em uma sociedade estagnada a vender barato o que não tem preço. E como diria um Alguém que fala mais alto do que eu: vivemos tentando comprar sem se vender. Nossa sociedade criou o seu peso e sua medida, criou um sistema de trocas para que fosse possível criar-se um comércio, e a grande commodity do momento somos nós, humanos, mercadoria em estado bruto.
Nobel criou a pólvora e sentiu-se realmente um grande mal-feitor, apesar da boa intenção, mas ele deveria descansar em paz, e deixar esse peso para um senhor rabugento que criou os humanos, ou para o precursor da idéia infeliz de posse. Creio que de tudo que os humanos pensam possuir, sua grande aquisição foi a estupidez. Querem possuir construções, objetos, animais, e outros animais de sua espécie. E depois de possuí-los, sua vida torna-se monótona, e em meio ao tédio que é a vida desses animais, eles passam a competir por quantidade, qualidade, agregando um valor alto a seus brinquedos projetados por seu instinto humano. E quando tudo isso se torna realmente valioso, são os objetos que passam a possuí-los. Pode parecer ficção científica, mas a realidade que é realmente inacreditável. O mundo que os humanos criaram está contra eles, e estabeleceu-se o caos.
A coisa está tão feia, que tudo vale ouro, a nova moda é vender seus sonhos, e sabe-se lá o que se compra com esse dinheiro depois. Desprendendo-se de toda hipocrisia, todos devem ser capazes de encontrar algum pequeno negócio feito por tolice. Quantas carreiras não foram trocadas pela administração, dá dinheiro! Ou por aquela que irá garantir um cargo na empresa do papai, dá dinheiro! Dinheiro que depois gastam com analistas por serem eternamente atores, jogadores de futebol, cineastas, e dançarinos frustrados. Mas, nem tudo é tão barato quanto uma casa no Guarujá.
Quantas vezes os homens se trocam por papéis que não pagarão satisfação enlatada,
Extra! Extra! Vendem-se sonhos, pureza, dignidade, consciência limpa, honestidade, esperança, atitude, o pai, a mãe, o filho. Seus valores também têm valor ($).
O planeta aquecendo e os homens congelando: a comida, os sonhos, e os sentimentos.
Vendem o que é passível de lhes causar uma tal felicidade, e compram maneiras de se auto-destruirem, seus corpos, suas almas e suas aspirações. E totalmente decadentes os humanos se projetam perfeitos, criando padrões de beleza e de vida que escravizam pessoas, e não as deixam perceber que esses animaizinhos primitivos vendem seu conteúdo para comprar uma bela embalagem. Propaganda é tudo.
Escrevo para todos os tipos de leitores, desde os que querem “água com açúcar” aos que fazem das palavras sua fábrica/fonte para vida. Não que tenha a pretensão de agradar a ambos, pelo contrário, gosto mesmo é de incomodar.
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