Açúcar
Não é que estou amarga, mas é que mamãe não passou mesmo açúcar em mim, daí eu fiquei assim, mais apimentada, e não fiquei sem sal.. Doce demais, deixa que eu como..
Obrigada mãe.
Desperdício é ter bastante açúcar em casa, mas não ter um puto de um vizinho bonito para pedir emprestado.
Entre açúcar e canela ....
Prefi-ro..
A noite
À noite me chegam
chegados
que despreocupados
passam
dezenas de passados
e eu digo "sei não"
se é macacheira
ou maca é tangeria e pera..
Dos fundos do quintal
Roseira e perdigão
Dos fundos do quintal
(...)
Tenho sede
muita sede
de ver televisão
tenho só três dentes
corto a unha
dos pés
com um ou dois
e a lata de feijão.
A menina bonita viveu de doçura. Suas mãos de açucar se desfaziam quando muito suava, e seu corpo de algodão-doce murchava toda vez que chovia.
Seu coração escorria mel. A menina bonita viveu três dias que fizeram jus à sua beleza: três lindos dias de sol, deitada sob a sombra de uma figueira, escutando o canto dos pássaros, ela contemplava o colorido das flores.
No segundo dia, a menina lá adormeceu. No meio de toda aquela beleza, sua doçura foi descoberta. Acabou sendo carregada pelas formigas...
Não sei vocês, mas eu iria gostar mais de ouvir o vizinho me pedindo uma xícara de açúcar do que ouvir mais um eu te amo de alguém.Ouvir o pedido de açúcar do vizinho é mais sincero, pena que que é tão raro isso acontecer.
"Pensamentos são sal, atitudes são açucar, combinação maluca, faço doce, penso salgado, tudo junto e misturado"
O mundo sempre tenta desmanchar o meu coração de açúcar, mas eu já falei que ele só se desmancha com amor, muito amor.
Talvez a última mente jovem liderada pelo doce açúcar, pela doce sutileza do drama junto ao café amargo derramado no assoalho antigo. Ela seguiu um caminho diferente – diferente do caminho traçado pelas jovens comuns – que a fez caminhar em uma direção sutil e magnífica, delicada o bastante para afastar o interesse dos jovens comuns. Uma compatibilidade de rimas, linhas, palavras rabiscadas que tornam-se vivas e vividas. Ler suas frases acaba se tornando um vício, vê-la cultivando pequeninos sonhos, pequenas memórias, pequenas esperanças e pequenos prazeres. Ao sentir o aroma desta rosa deslumbrante. Que fascínio! Um grande mistério, palavras incógnitas me prendem até o fim. Neste jogo de letras, que antes embaralhadas fiquei viciada, não consigo mais sair. Algo dentro de mim, me força a continuar, conhecê-la mais afundo, compreendê-la, talvez seja eu uma idiota, talvez eu esteja sendo incoerente, uma tola com xícaras na mão que se afunda cada vez mais em melancolia e nostalgia.
O amor, ao contrário do que muito se pensa, nem sempre é açúcar ou mel. Quando ele lhe cega totalmente a rasteira que ele lhe dá é tão sutil e ao mesmo tempo tão dolorida que você precisa de dias e mais dias para descobrir o que causou sua queda.
-Um café bem quente, forte e sem açúcar, por favor.
-Engraçado isto.
-O quê é engraçado?
-Uma menina tão jovem como você ter estes gostos, amargos.
-Ah sim, fiquei assim depois que fui magoada, depois que bebi o amor, conheces?
Numa hora, amor.
Em outra, desamor.
Numa, carência.
Em outra, vingança.
Sal
Açúcar
Sofrimento
Alegria
Numa, seriedade
Em outra, pura diversão
Revolta, cansaço, fraqueza
Calmaria, determinação, fortaleza.
Quem vai entender a alma dessa mulher?
Ela tem fases, como a lua.
Fases de ser só dela,
fases de ser só sua.
Quem porventura entenderá?
Ela só quer amor.
Puro, sincero.
Que nunca mude.
Ela pode parecer várias coisas
mas no fundo é apenas
uma pequena menina carente,
fantasiada de mulher.
Uma pequena menina
que quer ser feliz,
não importa onde, quando e como.
Ela só quer sair do casulo
que sufoca
e uma linda borboleta virar
leve
livre
vivendo com intensidade
alegre, feliz
sem se importar com nada
a não ser viver.
Dora constrói pirâmides. Uma de ovos, outra de queijo, uma de açúcar, outra de farinha de trigo. Dora, como mãe Rosa, como todos, vem de milênios e é quase feliz." (Estranhos na noite, romance, 1988)
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