Acostuma-se com a Solidão
Ando de um lado para outro, dentro de mim. (...)
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Acostumada com a solidão
Que aos poucos se tornou minha amiga, diria até uma ouvinte silenciosa, porque ela não me julga, ela só me ouve calada , mas
sabe tudo que sinto de cor
Porque muitas noites, choro em silêncio
Pra não acordar outra dor
Sinto tão sozinha que até dói , fazer o que né talvez algum dia mude ou não só o tempo dirá , né meu amor ❤️🤩
“Aprenda a lidar com a solidão. Aprenda a conhecer a solidão. Acostume-se a ela, pela primeira vez na sua vida. Bem-vinda à experiência humana. Mas nunca mais use o corpo ou as emoções de outra pessoa como um modo de satisfazer seus próprios anseios não realizados.“
o caminho do autoconhecimento no começo parece desconfortável.
é difícil se acostumar à ausência de pessoas te dizendo o que fazer ou não quando você foi ensinada que o amor é sobre barulho.
é difícil se encontrar consigo própria quando todos pedem pra você ter sempre alguém.
mas por que viver procurando por outra pessoa se você está aqui e esse é o maior encontro de todos? o mais bonito.
no começo, ir de encontro a si mesma é como entrar no mar gelado. o corpo estranha, a pele resseca, parece solitário... mas todo processo de autoconhecimento também é. no começo, você chora porque defronta velhos traumas, antigos hábitos e expectativas que estão morando aí dentro e que precisa resolver. às vezes é sobre você ser menos dura, menos exigente, mais amorosa consigo própria. às vezes é sobre se priorizar; aprender a amar e honrar a própria companhia; olhar o outro apenas como alguém que pode se juntar a esta jornada contigo, não ser responsável por ela.
pois ninguém é responsável por te levar pro mar. ninguém é responsável por absorver você da solidão. ela é sua, aceite-a. como presente da vida te dizendo: “cresça um pouquinho mais”. ou então: “compreenda-se mais profundamente”.
Solidão e relacionamentos
Quando você se acostuma a viver só, quando você se acostuma a viver em companhia do próprio silencio, a dormir e acordar sozinho, não é qualquer companhia que lhe faz bem, que lhe faz feliz.
Quando você amadurece e se torna emocionalmente independente, quando você entende que, por mais que alguém lhe ame, o seu destino só pode ser regido por você, a sua visão acerca do mundo e do amor muda: não é “qualquer pessoa” que fará você sair da sua “zona de conforto” intima.
Você sabe que consegue passar por seus piores momentos sem que ninguém lhe estenda a mão, você sabe quantas vezes chorou a noite sem ter ninguém para lhe consolar, você sabe quantas decepções enfrentou sem receber apoio algum.
Então você vê que a vida não é cruel, mas a sua realidade é prática: você nasce sozinho e morre sozinho, é preciso se acostumar a ser só. Não digo que não existam pessoas boas ao seu redor, do nascimento à morte, eu falo da sua alma, daqueles segredos e anseios íntimos que apenas você conhece e não compartilha com ninguém. Falo da solidão da essência do ser humano.
Pois bem, então você compreende-se e não se contenta com qualquer companhia, você se habitua à sua rotina e pessoas diferentes de você podem lhe irritar, enfim, você não se apaixona fácil, se torna mais duro, mais frio, mais decidido e ciente do que deseja.
Ter uma companhia e um relacionamento simplesmente para “ter” é algo demasiado tosco para quem amadureceu e aprendeu a viver sozinho. Você quer completude, afinidades, o máximo e não o mediano ou o mínimo. E, veja que redundância: quanto maior a sua maturidade, mais difícil fica de você entabular um relacionamento, afinal, a maioria é medíocre demais.
Já me acostumei com a solidão,aliás ela já está se tornando uma das minha melhores amigas.Já acostumei estar sozinho quando mais preciso,já me acostumei com o silêncio,com o fato de que confiar nas pessoas,pode não ser uma boa ideia.
A gente acaba quase sempre se acostumando com uma porção de coisas na vida, por medo da solidão ou pela segurança da estabilidade. Sempre me adaptei a muitas delas, vivo constantemente no modo automático e quase sempre nada me desperta interesse, é tudo um grande borrão pra mim, passam perto e eu não sinto, dançam vestidos de palhaço na minha frente e eu só bocejo. Quase nada me toca. É difícil achar algo que me faça sentir vontade de olhar uma segunda vez ou ter alguém com quem eu queira ficar perto por horas. Ainda não descobri se sou a defeituosa ou se o mundo que é defeituoso. Mas eu já te falei sobre essas coisas. Já te falei também, e aliás, quero repetir, que você é a exceção no meio disso. Você é minha não-adaptação.
Hoje não tenho medo da solidão, pois me acostumei com ela. Eu diria mesmo que me apeguei a ela. Na companhia da solidão posso ser eu sem nenhuma restrição, posso chorar, escrever e cantar. Ela me ensinou que não preciso de muitos para ser feliz, me ensinou que não preciso esperar a minha outra metade pois já estou completo. A solidão me ajudou a recuperar o que com falsos amores, falsas amizades e falsas promessas tinha perdido... Graças a ela hoje sei o que sou, para onde vou, e o mais importante, o que realmente vale o meu coração. Então tenho uma relação estranha com a solidão. Por dias e meses me faz companhia, até que chegue alguém e me põe medo por um tempo, (costuma ser bastante tímida e quando vê que alguém se aproxima desaparece) mas não me deixa, vai e acompanha outra alma e depois volta para mim ... Quando volta quase sempre me encontra com o coração feito cinzas, destroçado e morto; mas não diz nada, só me rodeia e fica até que eu recupere o fôlego para continuar. E essa é a nossa relação; embora em ocasiões sou infeliz com ela porque eu sinto que é muito ciumenta, já que se há alguém por perto da minha vida ela não tolera e se vai, mas: o que posso fazer? Ela é assim e nunca mudará!... e é bom tê-la por perto por momentos, mas não para sempre, mas sei que ela entende. E a verdade é a única que volta depois de um tempinho longe, porque as pessoas que já prometeram, nenhuma voltou. Então, ela é fiel a mim e eu a desejo com paciência quando não está... Hoje ela me acompanha, assistimos a chuva cair da minha janela. Hoje ela está aqui, e não sei por quanto tempo vai ficar desta vez, costuma falar pouco e nunca me diz quando se tem que ir; mas hoje eu me agarro a ela com tanta força que por agora não quero deixá-la escapar.
O problema de se acostumar a pessoas passageiras é ter que lidar com a falta delas.
Pois elas sempre seguem suas vidas após bagunçar a sua.
Acostumados a ouvir, não encontramos espaço, nem coragem para falar.
O mundo parece ser tão pesado para os outros que decidimos carregar o peso do nosso sozinhos.
O tempo me puxa pelos cabelos. Avia-te, amor, ou já me encontrarás acostumada à solidão e talvez eu não queira mais viver sem a companhia dela. O vento me arrasta pela mão... Não deixa que ele me leve, amor; posso habituar-me ao abraço do efêmero e ressuscitar minha alma cigana!
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