Acordo
Dizem que não há atalhos na vida e que nada é de graça. Mas o acordo que vou lhes oferecer é o mais próximo da liberdade que vocês chegarão.
A nossa língua Portuguesa…
Que pena terem andado a alterar;
A nossa tão linda forma de escrita;
Que era a entre todas outras, mais bonita;
Havida em nós maneira de falar!
Por retirarem o acento ao cágado;
Imaginem limpeza do bichinho;
Que adora fazer da água o seu ninho;
Por tão gostar de se sentir lavado.
Retiraram também as consoantes;
Que tornavam vogais acentuadas;
Tornando essas palavras infetádas;
Por a vogal não abrir, como abria antes.
Que pena a tanto errar, tão me obrigarem;
Os génios, burrocratas da grafia;
Onde eu, com dez anos, falha não via;
Por haver parecer, do que escrevia;
Com tudo o que em falar, mesmo dizia;
Antes do Português, tais alterarem.
Com pesar, aguardando rectificação do tal acordo, por prometido, pelo papagaio-mor do reino nosso;
Está tudo acabado! Já foi decretado, assinado, confirmado... Aqueles que matam inocentes serão inocentados. Aqueles que lutam arduamente em prol da justiça e da liberdade serão apedrejados.
Os cont(á)tos que ouvi, dos nossos presidentes desta Républica marcelo e do ex-presidente acabado silva...
Quão grande, tal tão foi o meu tanto espanto;
quando sem contar de ambos dois ouvi;
em vez de contacto, o tal que escrevi;
nesse triste dos tais, chutar pra canto.
Pra canto, o português que em Portugal;
por portugueses deve ser falado;
não transformando o cágado em cagádo;
por tão limpinho ser esse anibal!
Assim o decretou que a nossa escrita;
o anibal e o coelho em pobre acordo;
que o marcelo, a se eleito prometeu...
Eliminar, mas lá se arrependeu;
pra não entrar com o tal em desacordo;
destruindo a entre todas, mais bonita!
Porque o (des)acordo ortográfico não é lei, evitemos o exemplo destes gandas presidentes!
Há os que nasceram para colocar o peito aberto na frente do ataque, arriscando ser alvejado por uma bala de canhão. E há os outros que existem com a finalidade de se misturar com a grande massa, se escondendo nas últimas fileiras e sendo os responsáveis pelos sons de gritos, choros e todos os tipos de lamúrias.
As honrarias da vida geralmente premiam cada um de acordo com seu papel.
"O acordo sempre será a fórmula oportuna mais habitual para solucionar toda e qualquer divergência de interesses".
LHANEZA
Às saudações, cada Sicrano as corresponde de acordo com a sua essência, estado emocional e empatia.
Correntes Espinhentas
Na noite fria, eu acordo
Com medo de sonhar,
As coisa que recordo
Me fazem sangrar.
O sangue tão escuro
Como a escuridão da noite.
No espelho, vejo o "sussurro"
Balançando a sua açoite.
"O seu destino é sofrer
Pelas lágrimas que causou
Tus só irás morrer
Se continuar oque começou".
A sua voz me divertia,
Ele é bastante persistente,
Enquanto eu sorria
Ele arruinava a minha mente.
Quero esquecer o passado,
Mas ele não sai do meu lado.
Minha sina
Sôfrega de esperança
Enfrento o mundo.
Anoitece. Faço minha prece.
Às vezes tenho a impressão de que, às vezes, Deus de mim se esquece.
O frio gela meus ossos.
O desespero parece tomar conta de tudo em mim.
Sono picado...
Acordo tão cansada.
Desespero: tenho de continuar.
Abro a cortina.
Vejo o sol pela janela entrar.
Ávida de esperança, me armo.
Continuar a continuar... eis minha sina.