Acabar
Já pensou no que os outros sentem? Pensou nas suas irmãs? Já pensou que talvez elas precisem que isso tudo acabe?
Uma vez eu li em algum lugar queas coisas se aceitam,mudam ou deixarmos ir. Na dúvida vou escolher as três: Eu aceito que não posso mudar mais nada e deixo ir embora.
“Eu não tenho dúvida que você duvida das minhas capacidades, e por isso não vou tentar lhe agradar, mas fazer você entender e acabar com sua dúvida".
Não gosto de tampas
Tampas de cremes, de pasta de dente, tampas de rosca. Tenho um sério problema com esse tipo de tampas. Me nego a fica rosqueando aquilo. Geralmente, ou quase sempre, com pressa, encaixo errado e preciso recomeçar. Tirar a tampa torta, encaixar na posição correta e, com calma, girar até fechar. Aff! Pra quê? Gosto das tampas que a gente impulsiona e “plic”, abre. Aperta e “plac”, fecha. Tão bom, rápido e fácil!
Mas há aquelas que não tem como substituir. Tem que rosquear. Por diversas vezes não rosqueei a tampa de Toddy. Imagina o que aconteceu, né?! Na tentativa de pegar o pote pela bendita tampa, acabava ficando com ela na mão, vendo o pozinho marrom se espalhar no ar até chegar ao chão.
Eu conheço o processo de fechamento da rosca. Mesmo assim, EU não rosqueei. Eu deixei a tampa solta. Eu assumi o risco de deixá-la solta. EU não terminei o que havia começado. EU...
Agora é preciso que eu pare tudo e recomece.
Quantas vezes sabemos das consequências de não encerrar aquilo que começamos? De deixar processos inacabados, incompletos, “destampados”... Ainda assim, deixamos. Ficamos com raiva das “tampas”, quando, na verdade, a culpa foi nossa por não termos feito o que deveria ser feito. Culpamos o mundo pelo Toddy espalhado no chão da cozinha. Limpamos tudo com a força da raiva. Salvamos o pouco do achocolatado que ficou no pote, então, ao fechá-lo novamente, agredimos a pobre da tampa com tanta força e raiva que talvez ela tranque e não se abra nunca mais.
As roscas continuarão a existir, processos precisarão ser terminados e nós continuaremos aqui – gostando ou não – tentando encerrar tudo aquilo que começamos. Encontrando meios de dar um fim a todas as rocas que tomam nosso precioso tempo.
Ainda estou aprendendo a lidar com as roscas que aparecem na minha vida, mas, hoje em dia, faço questão de rosquear até o fim. Só para não ter que limpar o Toddy espalhado pelo chão.
Pollyanna Guimarães
Cachoeirinha, 5 de janeiro de 2019.
Morrer pouco a pouco, dia após dia, todos os dias, sem saber qual o dia final, dói mais do que a dor que sentirás no dia tão esperado, talvez nem sinta dor, talvez só acabe sem você ver que acabou.
Pela primeira vez na minha vida, estou sendo obrigada a fazer algo que não quero. Quer dizer, como acabei nessa confusão?
A morte pode acabar fisicamente com uma vida, mas nunca com nossas relações com essa mesma vida.
A mentira mesmo que mínima, é uma rachadura que com o tempo faz qualquer grande castelo desmoronar.
Eu ficaria muito triste se você acabasse como eu ou como qualquer outra pessoa. Você só deve ser você mesma. Você tem tantas coisas boas que são únicas.
Ele dizia que eu devia me comportar como as outras crianças ou acabaria mal. Mas eu não queria ser como os outros.
VAI ACABAR TUDO...
A depender do ponto de vista,
tudo é efêmero.
Inclusive a vida.
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Vai acabar tudo...
Tudo vai acabar...
Amém!