Abstrato
"O amor é um sentimento absoluto e concreto quando encontramos em nós mesmos e não há espaços para os vazios. No outro é abstratos e não preenche nossas necessidades e não compreende a nossa sensibilidade e muito menos nossa intensidade."
Fragmento IV - Conação
Entre corpo e alma, eu.
Um entre-espaço, dito maneira, que tange a esfera transcendental da mística à relação lógica e contemplativa do abstrato.
Assim, o corpo existe apenas como relação meramente espacial da afirmação, ao passo que, a mente flutua, introspectivamente, em busca de sua intuição.
Nesse radiante e permeável oaristo, de um ao outro, eu.
O amor silencioso, subentendido, escondido em pensamentos. A beleza da incerteza e a liberdade de sentir sem cobranças o definem. Um amor eterno que se preserva em sua própria essência.
Felicidade? O que existem na verdade são bons momentos; o somatório de bons momentos, desafios, desencantos, frustrações forma a plenitude da vida. Portanto, felicidade é um conceito puramente abstrato.
A lógica é a moldura que construímos para dar forma ao caos do mundo, mas ela é meramente uma construção humana, uma projeção de nossas próprias percepções e entendimentos limitados da realidade.
É por isso que não creio nesse algo abstrato e sem sentido chamado amor. Como algo que dizem ser maravilhoso e benéfico possa causar tanta dor?