Abstinência
" Abstinência nem sempre é solução e pode ser apenas uma medida disciplinar sem que, necessariamente, signifique um ato educativo. Por educar devemos entender, sobretudo, a desenvoltura de qualidades íntimas capazes de nos habilitar ao trato moral seguro e proveitoso com a vida."
Prefiro a morte à ausência.
Prefiro a overdose à abstinência.
Estou cansado de esperar por dias melhores.
Vou aproveitar o que há de bom dos piores.
E essas crises de abstinência por você, tão acabando comigo. Tão me fazendo sentir falta de coisas pequenas, de momentos pequenos, cujo quais pareciam tão insignificantes e marcantes ao mesmo tempo, embora eu tendo prometido que não sentiria quando me despedi de ti. Eu tou sentindo falta, do jeito como você me olhava durante 5 segundos e depois me beijava, do teu cabelo desajeitado, da tua respiração descompassada, e até mesmo do teu jeito meio ogro de me dar tchau em quaisquer rede social. Crises de abstinência pela tua voz, pelo teu cheiro, pelo teu gosto, e até pelo teu estranho mau humor constante. Eu sinto saudade do que eu cheguei a pensar que nunca sentiria. Sinto falta até de tuas meias palavras, que para mim, significavam livros. Lembro e relembro pouco a pouco cada tantinho da nossa história, cada promessa que quebramos juntos com o passar dos tempos, tantas construções que demolimos perante os nossos sonhos à dois. Foi difícil superar a tua ida para mim, o tanto que foi fácil para ti de viver sem mim. E, sinceramente, eu não sei por quais motivos eu ainda estou aqui, nessa insistência contínua e árdua de permanecer dentro de uma barca furada, sabendo que o naufrágio tá tão perto de acontecer. Ainda tou nessa, nessa de não me acostumar sem você, nessa de mentir pro meu eu interior fingindo que você ainda vai voltar, mesmo que tarde, você vai voltar. Ensaio mentiras em frente ao espelho e preparo discursos que nunca serão postos em prática. Tento, mas não há nada nesse mundo que me faça recuar, nem que seja pra pegar impulso. Pra variar, eu tou insistindo na mesma música arranhada, no mesmo passo forjado perante a dependência, e mais, com o mesmo par. Por um momento eu esqueci que toda sinfonia precisa de um compasso, e que o meu, nunca teve nem o "com", que dirá o "passo...
O amor é uma droga legalizada, grátis e todo mundo é usuário. Causa dependência, abstinência, perdemos peso, nos deixa doentes, nos tira a razão, nos mata lentamente e mesmo depois de todas as perdas e derrotas, queremos usar de novo.
abstinência
Primeiro começou com a escolha
Depois foi chegada a hora da ação
Renunciar ao que gosto
Provoca dores no coração
Fico deitada e dolorida
Meus estudos a me esperar
Os pensamentos não me ajudam
A chegar no bem-estar
Um pingo de água, um zumbido
Me deixa mal, o que fazer
Meu coração está em apuros
Sonha que a paz vai aparecer
O vento que trouxe a dor
Traga também uma alegria
Ver que o céu não é só cinzas
mas tem um arco-íris sorrindo para a vida
E quando os meus olhos brilharem
Encontrando um olhar que combine comigo
Abstinência, te digo xau
Sou livre como um passarinho
Antes de prender meus pulsos, prendeu minha mente, e causou a abstinência de um viciado em drogas em reabilitação.
Le tuas mensagens mais uma vez e senti abstinência, mas olhei tuas fotos e por um instante senti o conforto do teu abraço forte.
eu... ficava com abstinência sempre que largava-te.
Eu.. me viciei nesse seu sorriso, suas gargalhadas as madrugadas animavam.
Mas tudo mudou quando você fez novos amigos e me trocou.
Nessa bela madrugada, te espero com uma caixa de chocolate, que é da marca que você sempre amou, sempre amou.
Nessa linda madrugada vamos observar as estrelas e por fim coisas fúteis falar.
Tentar achar a constelação da ursa maior que é a única que conhecemos.
Nesse belo parque vamos nos deitar e sobre idiotices comentar. Eu, te esperarei, te esperarei, te esperarei até o fim dos tempos, em que a humanidade vai estar extinta mas eu vou estar te esperando até lá.
Eu.... Te amei muito mas percebi que não era recíproco, me iludi nas várias vezes que por brincadeira você falou "eu te amo"
Você me abandonou, isso é um fato.
Nossa Senhora da abstinência
vem de pressa me socorrer
doí minhas pernas e os meus joelhos
estou arrebentando pelas costuras
se perco cinco, ganho sete
atar o cadaço tarefa cada vez mais difícil
minha gula galopante, e apetite de montão
não me contento com pouco, quero logo o pacote todo
de noite o doce me chama, e sem ele não posso ficar
de manhã meu gosto fica um pouco mais lento
não demora muito para vontade aparecer
fico sem saber o que mais vou querer
Crônica off/on
Acordei decidida, hoje começaria uma prova de abstinência social, deixar tudo no vácuo, no silêncio desaparecer por dias, semanas, meses se possível. Desconectar todas as redes sociais do celular, e abandonar a vida virtual sem previsão de retorno. Pensava em fazer faxina nos armários, ler todos os livros iniciados, e comprar mais alguns, faria caminhadas longas sem pressa, usaria meus dias e noites exclusivamente para atividades práticas, concretas e realizáveis muito longe de teclados e touchs... minha rotina ficaria mais movimentada.
Oh! Doce e curta ilusão! Ninguém inserido nesse mundo virtual consegue viver depois de ter aplicativos de banco, de transporte, de notícias, contas sincronizadas de e-mail, negócios on-line, clientes via rede social, e toda a parafernália que carregamos em pequenos ícones que brilham na telinha realizando nossos desejos e facilitando nossa vida, ou seja, a vida on-line já virou necessidade, mais que um vício. Seja como for abster-se é sentir-se em outro mundo, num universo paralelo onde existe tantas atividades boas, urgentes, úteis e acima de tudo: vida! E para desfrutar dessa vida antiga empoeirada e saudosa é preciso desconectar geral, desligar o Wi-Fi, os dados móveis e até se for o caso comprar um celular daqueles de tecladinho sem nenhum recurso além de realizar e receber chamadas. Quem ousa hoje romper essa relação de amor e ódio com o mundo das comunicações sem barreiras? É preciso nunca a ter conhecido, para que não se precise abandonar...Tentei, tentarei, e acho que só vou tirar "férias" quando meu destino for o campo, o longínquo e amado campo onde não há sinal..lá deixarei de dar sinal de que vivo (on-line) e viverei!! em off...
Viu-se cansada de tal forma que teve náuseas, vertigens e calafrios.
Era a abstinência da essência que a visitava e desta vez tomava a forma de estafa.
Era preciso portanto, acreditar outra vez, e se entregar a vida até descobrir suas paixões.
Era necessário agora construir o caminho do seu autoconhecimento... sem pressa... desfrutando de cada pedacinho desta descoberta... Mas a pressa é pré-requisito pro nascimento hoje em dia, e desacelerar agora parece algo tão impossível que talvez abandonar a terapia e parar de vasculhar as gavetas emocionais seja a melhor ideia.
E assim, encolhida na cama com a folha de papel, ainda em branco a sua frente, ela sonha com o fim da náusea e da pressa. E faz isto sussurrando "Pessoa" por entre os dentes cerrados e com olhos semi abertos, protegidos dos raios de sol:
"Para SER grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és, no mínimo que fazes" (Fernando Pessoa)
A crise de abstinência voltou, tudo o que eu menos queria está voltando e tudo o que eu mais queria está indo-se embora.
O que seria o amor?
ansiedade,
dor,
abstinência,
fazem parte dele?!
seria uma ilusão?!
uma necessidade de seres imperfeitos.
Não sei..
Você só não sai dos meus pensamentos
Abstinência requer medidas drásticas de compensação. É sob esta lei que o homem rege sua vida: ação-e-recompensa-ação-e-recompensa-ação-...