Abrir os Olhos
Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.
Acredito nos olhos de quem está apenas observando, aprendendo, sem julgamento. Acredito que existe um lugar para mim, assim como existe lugar para todo mundo. Porque existe lugar para todo mundo. É só procurar. Eu acredito. Acredito no tempo. O tempo é nosso amigo, nosso aliado, não o inimigo que traz as rugas e a morte. O tempo é que mostra o que realmente valeu a pena, o tempo nos ensina a esperar, o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida.
Ela é estranha. Tem olhos hipnóticos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la.
O único remédio para se salvar dos arrependimentos no casamento é abrir os olhos antes de contraí-lo e fechá-los depois.
E então a moça abraçou seus sonhos e seguiu adiante.
Mesmo estando sozinha, não temeu. Seguiu em frente e deu asas naquilo que desejava.
Tentava entender seus atos impensados, suas loucuras e todas as decisões que cometia, e de nada se arrependia.
No fundo, ela era mesmo pequena demais aos olhos desse mundo, mas gigante aos olhos de Deus.
Tinha em seu coração certa convicção, ELE sempre a tiraria do chão. E aos tombos da vida, ela sempre sobreviveria.
Ele fechou os olhos, ela fechou os olhos. Ficaram rodando, olhos fechados. Muito tempo, rodando ali sem parar. Ele disse: ― Eu não vou me esquecer de você. Ela disse: ― Nem eu.
A realidade nunca é a mesma depois que olhamos para o mundo com olhos diferentes. Uma vez que abrimos a possibilidade de ver o que está além, não retornamos ao que éramos antes!
Você não me conta seus desejos. Sorri com os olhos, com a mesma boca que mais tarde, um dia, depois daqui, poderá me dizer: não.
Ele abriu os olhos. E acolheu todos os sentimentos, mesmo o medo. Não queria ficar só. Virou o rosto contra o travesseiro, sentindo o contato com a fronha limpa. As lágrimas molhavam o pano, mas eram um consolo. As paredes não riam mais. Um sentimento novo encolhia-se dentro dele, em atitude de espera. Não sabia dar-lhe nome, mas isso não era essencial. O essencial que estava dentro dele, o novo sentimento — quente, amável — como se apontasse um caminho com o dedo em riste.
Chega em mim sem medo, toca meu ombro, olha nos meus olhos, como nas canções do rádio. Depois me diz: " - Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como está. Feche as portas, não pague as contas e nem conte a ninguém. Nada mais importa. Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa. O resto? Ah, os restos são restos. E não importam. Mas seus livros, seus discos, quero perguntar, seus versos de rima rica? Mas meus livros, meus discos, meus versos de rima pobre? Não importa, não importa. Largo tudo.
Mais do que querer você de volta, eu ME quero de volta, quero a felicidade nos meus olhos mirados em você.
Meu Deus, nunca falhará. Eu sei que chegará minha vez. Minha sorte Ele mudará, diante dos meus olhos.
Devo esclarecer que, para mim, piscar é uma espécie de vírgula que os olhos fazem quando querem mudar de assunto.
orelhas de coelho
uma menina que tinha pequenas orelhas de coelho, todos a achavam estranha até por que quem não acharia estranho? apesar de tudo era um ser humano com grandes orelhas de coelho.
Mas por que era tão difícil apenas aceitar alguém diferente? por mais que ela tivesse aquelas orelhas ela ainda tinha sentimentos .
Parece que ninguém entendia isso, a menina sempre se perguntava - ''por que é tão difícil de entender que se eu me cortar sangraria, não somos todos iguais ? humanos?
Mas depois de ouvir coisas extremamente ofensivas a garota pegou uma tesoura amarela foi até o banheiro, fechou a porta é olhou-se no espelho, uma lágrima caía de seu olho e escorria pelo seu rosto, suas mãos estavam tremulas, quando ela tomou coragem ela segurou uma de suas orelhas e lentamente foi abrindo e fechando a tesoura.
Até ela finalmente cortar sua orelha, havia sangue em seu cabelo, em seu rosto as gotas de sangue escorriam e se misturavam com suas lágrimas, depois de alguns minutos de silêncio ela cortou sua outra orelha.
Suas mãos estavam completamente sujas de sangue, ela estava chorando o sangue se misturava com as lágrimas é o suor dela, logo ela olhou para o espelho e deu um sorriso forçado.
Ela limpou tudo e foi tomar banho, ela foi se lavar a agua estava fria, ardia sempre que ela encostava na agua, ela limpou o sangue de seu corpo, depois de um tempo ela não sentia mais dor.
Agora ela não ouvia nada além de seus pensamentos , bem isso foi ótimo para ela
pelo menos ela não ouviria que a dor que ela sentiu foi em vão, pois agora todos acham orelhas de coelho perfeitas.
Eu me perdera, naquelas olhos grandes, naquele abraço imenso.
Só ouvia um único som – o do riso dele, me alcançando pelos cômodos da casa,
me despindo de fragilidade, me tornando outra.
Eu era outra quando estava com ele.
Arrisco dizer que flutuava, que tinha asas, que tocava a ponta das estrelas.
Que meus pés eram multicoloridos.
E quando ele estava comigo, um gosto diferente tomava conta da boca:
como se eu estivesse constantemente provando de um sorvete refrescante, bem doce.
Ele tinha esse poder estranho, de refrescar minha alma.
Neste mundo são os olhos de quem ama as flores que se abrem, as grinaldas acesas em um barco, sinos das escolas, uma paisagem, conversas inesquecíveis, amigos, o domingo de uma criança, as músicas prediletas, o vestido novo para a festa, a roupa favorita, o outono e todas as estações...
Nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.
Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.
Depois... Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.
Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.
O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar... E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.
E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.