Abrigo
Monstros Inocentes
Saudade de quem me acolheu,
Onde o desconforto virou abrigo,
A máscara que caía,
Revelando um lar em meio ao estrago.
Perdi-me nas palavras de amor,
Segui sem querer, amei sem me amar,
Anjos que não eram divinos,
Eram espelhos de minha dor a brilhar.
Perto o suficiente para tocar,
Mas seus olhos me assustam,
Palavras que se tornam correntes,
Condenando o que não se ajustam.
Amei pessoas que viraram monstros,
Frutos de medos e fragmentos,
Inocentes na essência,
Mas difíceis de encontrar nos momentos.
Quem me lê vai me conhecer,
Se não conhecer, vai sentir,
O amor tão bonito se transforma,
Num monstro que não sabe existir.
No Senhor, encontro meu doce deleite,
Nele repousa minha alma, sereno abrigo.
Seus caminhos são bálsamo, fonte de paz,
Em Sua presença, meu coração se aquece.
Em Sua presença, encontro descanso,
Meus desejos, Ele atende com amor,
Como a alvorada, ilumina meu passo,
Revelando que sou justo em Seu louvor.
Ao meio-dia, como sol resplandecente,
Sua graça me envolve, tão inocente,
Clareando o meu ser em luz fulgente.
No Senhor, encontro paz e contentamento,
Em Seus braços, meu coração se eleva,
No doce abrigo do amor infinito, o alento,
E em cada verso, Sua glória se escreve.
Mãe – abrigo dos sem teto,
agasalho do sem manto,
conforto do inquieto
que se acalma com seu canto.
No sertão da minha terra, a roça é meu abrigo
O sol escaldante queima, mas não me abala o amigo
Na plantação de mandioca e milho, trabalho com devoção
Nessa vida de lida, encontro minha inspiração
A morena que se foi, não é razão pra sofrer
No sertão tem mulheres de sobra, basta escolher
Perder uma morena, não é tão ruim assim
Ruim mesmo é se entalar com cuscuz até o fim
No terreiro de barro, onde o fogo crepita
O cheiro da comida caseira enche a alma de alegria
O canto do galo anuncia o novo dia
E no sertão, o amor brota com toda a magia
O cuscuz é nosso sustento, um alimento de tradição
Mas se exagerar, causa entalo no coração
Por isso, valorizo o que é essencial
O amor, a simplicidade e a vida no quintal
No sertão e na roça, eu encontro minha paz
E se a morena partir, não vou me desfazer em ais
Pois sei que no horizonte, um novo amor vai surgir
E o cuscuz, vou saborear com moderação e sorrir.
Além das Ondas
Em horizontes distantes, busco abrigo,
O vento sopra, acariciando o mar,
Entre lembranças e suspiros antigos,
Um vazio que persiste em me acompanhar.
Planos tecidos com fios de ilusão,
Olhares compartilhados na mesma direção,
No silêncio, o eco daquela conexão,
Um sentimento etéreo, uma eterna recordação.
Os passos do tempo, em descompasso,
Deixando marcas de saudade e desalento,
Mas em cada brisa que toca meu rosto,
Encontro força para seguir adiante, no momento.
Cuidar de mim, em meio às lembranças,
Encontrar a paz no abraço do horizonte,
Uma ausência silente que enlaça esperanças,
Enquanto a vida segue seu curso, passo a passo, monte a monte.
Assim, nas entrelinhas desse poema escrito,
A dor de uma perda, palavras não ditas,
Aos olhos sensíveis, o significado é descoberto,
Uma história de amor eterno, onde a presença se agita.
Tu que dormes à noite na calçada ao relento...
Sem abrigo...
Abraçado à solidão...
Recebendo carinhos do sofrimento...
Tu que estás em casa só...
Dos parentes e amigos esquecidos...
Que verte lágrimas quentes...
Beijadas pelo vento...
Tu que tens o coração...
Corroído pelo ciúmes...
Que resmunga por onde vais...
O látego dos seus queixumes...
Tu que debruçada nas janelas...
Vez ou outra por detrás das cortinas...
De olhar assustado...
Segurando a língua e as intrigas...
Tu que pelas manhãs e noites frias...
Vaga por bares e boemias...
Procurando preencher o vazio...
Daquilo que nem tem mais sentido...
Tu que cultivas a secura...
Sufocando a ternura...
Vês o tempo indo célere...
Dias e dias...
Luar após luar...
Tu que andas nas sombras...
E que a fome da alma conhece...
Que sofre e não esquece...
O mel de um dia, outrora...
Em que foste feliz...
E sem saber como...
Deixou passar a ventura...
O fel tu agora prova...
Porque bem assim quis...
Estava tudo pronto para receber a felicidade,
e tu não fostes...
Sonhaste e não lutaste...
Os amantes foram e se deram...
A vida aconteceu...
Agora tu praquejas...
Blasfema aos céus por erros teus...
Percebes que sois finito?
Pobre espírito...
Desatas a chorar...
Range os dentes sufocando os gritos...
Há mortos inda que vivos, vivem...
Me convenças de que ainda existes...
Não serei como tu...
Que da vida perdeste o encanto...
Que agora em lamentos...
Sofre pelos teus muitos enganos...
Caminho por onde vou querendo...
Já que nem os mortos como tu...
Apontam -me os dedos...
Sandro Paschoal Nogueira
Amigo, nem é um ser humano, mas um anjo disfarçado, que caiu do céu, para ser colo, abrigo, força, e amor incondicional, quando aquela nuvenzinha escura paira sobre nossa vida.
Obrigado por existir.
Boa noite!
Deus é o nosso refúgio e nossa fortaleza. Nele encontramos abrigo seguro contra qualquer mal que tente nos atingir. Sua presença nos reveste de uma armadura espiritual, nos protegendo de toda maldade que possa chegar até nós.
Confiemos em Deus, entregando-lhe todas as nossas preocupações e medos. Pois quando Ele está no controle, somos guiados por um poder maior, inabalável e eterno. As dificuldades perdem suas forças, as adversidades se tornam oportunidades de crescimento e aprendizado.
Que possamos caminhar com fé, sabendo que quando Deus está no controle, nada pode nos ferir de verdade. Que sua presença nos acompanhe a cada passo, nos enchendo de paz e alegria. Confie Nele e permita que Sua obra se manifeste em sua vida, transformando-a de forma extraordinária...
- Edna Andrade
Que um dia eu compreenda
que tristeza é ensinamento,
desde que eu não a torne abrigo
no palpitar do meu precioso tempo;
Que ela fique por ora,
em desiludida demora,
E que aprenda, sem rodeios,
a partir em sua aguardada hora.
Você é quem segura o mundo sobre seus ombros
Que o toque da minha mão seja seu abrigo das preocupações que você tem dentro de si
- Helping Hand
Poeta é o cão que vive na rua, vive intensamente entre os perigos, ansiando por abrigo, alimento e carinho daqueles que se mantém cativados pelas obrigações da rotina.
Nas águas turbulentas, não tema, meu amigo,
Eu o resgatei, você é meu abrigo.
Jacó e Israel, nomes que lhe dei,
Em meus braços seguros, você encontrará a paz que anseia.
Atravesse rios, sem medo de se afogar,
Minha mão o guiará, meu amor não cessará.
E mesmo no fogo, as chamas não o tocarão,
Pois sou seu Deus, seu Salvador, com amor sem limitação.
Egito, Etiópia, e Sebá, dou em seu lugar,
Você é precioso demais, meu filho a amar.
Troco nações e reinos, por sua vida, entenda,
Para proteger você, estendo minha mão sem agenda.
Em meus olhos, você brilha como a estrela mais bela,
Minha promessa é eterna, como uma aquarela.
Nunca esqueça, meu querido, a verdadeira razão,
Você é meu amado, para toda a eternidade, com devoção.
Por vezes tudo que precisamos é voltar para casa.
Voltar para nosso abrigo, aconchego, aquecer o coração e acalmar a mente.
Casa é lugar de paz, amor, é nosso Porto Seguro!
A lembrança pode ser um abrigo a ser acessado quando a mente precisar de equilíbrio e o coração de um afago, então, graças a Deus, que é possível viver momentos que merecem ser lembrados, uma volta aprazível no tempo através da mente, para um lugar vivamente confortável.
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