Abrigo
Se andares comigo
Se andares comigo, te prometo no meu coração eterno abrigo,
Não garanto todos os dias ensolarados, apenas manhãs com beijos apaixonados,
Nem posso afirmar que a dor não nos sobrevirá, mas com fé tudo breve passará,
E se o infortúnio lhe oprimir, estarei contigo para não desistir,
Quando a noite parecer demasiado fria, resistiremos juntos em vigília,
Ao meu lado não terás riqueza, mas apenas a singeleza da real beleza,
Qual consiste na verdade sem floreios, sinceridade sem rodeios, amor verdadeiro,
Comigo não estarás preso, você mesmo desejará ser detento do meu desejo,
Não temas ver em mim a dor, pois farei o possível para dela não seres espectador,
Mas se isso eu não conseguir evitar, seu abraço muito a vai abrandar,
E se mesmo assim for para ti muito difícil, peço que de fé construa um alto edifício,
Qual ante a tormenta não se abala, antes permanece constante pela fé não vacilante.
Com ele me satisfaço nele me abrigo, me acabo
Elimino minhas angustias, reflito o que faço e o que falo
Com ele acalmo meu coração, ajusto meus passos
Com ele me julgo, me reorganizo, me privo
Companheiro e melhor conselheiro, me faz pensar
Me faz dormir, me faz olhar para onde nunca olho
Me faz esquecer, me faz lembrar, me faz querer
O seu nome é: Silêncio
Meu olhar no teu,
minha boca em teu sorriso,
és meu porto, meu abrigo,
meu íntimo paraíso...
como é bom viver assim:
imersos em harmonia,
coração a coração,
amor pleno, dia-a-dia.
te amo, amorzão meu...
O deserdado
Um homem velho pede abrigo à sombra
trás consigo o resto do que foi
um mísero nada
tem o tronco empedrado
não se move
parece atado
suas pálpebras caídas
resguardam as trevas da luz
mantem o olhar fixo
tremeluzente
seus lábios não salivam
murmuram palavras cavernosas
que de súbito vem alarmar:
vou chorar, vou chorar, vou chorar!
ouve-se gargalhadas
tudo silencia
inspira fundo
abraça os dedos enquanto pensa
suas memórias transpiram
sobre a pele do rosto ósseo
maculado pela desonra do ser homem
sente saudades?
sente medo?
sente aversão?
liberdade imperativa
puro lirismo
olha para um lado, para o outro
reclama o prometido:
eu vou chorar, eu vou chorar!
ouve-se gargalhadas
o nada acontece
e o velho bufão de barba cinzenta
é feito invisível
aos olhares daqueles que o espiam
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.
O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo, já não dão proteção
A Líbia é bombardeada, a libido e o vírus
O poder, o pudor, os lábios e o batom
Eu
Sou composta de risos,
Sem compromissos;
Abraços que viram abrigo;
E desejo a serem vividos;
Tenho a força da ventania;
A coragem de um Ratel Africano;
E mesmo se caiu continuo lutando;
Orgulhosa não deixo de ser,
Meu foco é sempre vencer
A mim mesma ao invés de aos outros
A prioridade é sempre apreender e pra isto não merco esforço;
Posso ser tarjada de museu,
Pois trago comigo lembranças e memórias,
Que me fazem rir e chorar com saudades dos momentos d’outrora;
Não cultivo sentimentos ruins,
Negatividade e baixo astral são inexistentes em mim,
Tristezas eu mato assim ouvindo uma musica cantando, gritando simples assim,
Apego me facilmente as pessoas de coração quente,
Essas que mexe com a gente,
Me deixa contente,
Sem medo diz tudo o que sente;
Consciente na minha loucura,
Minha a vida e sigo na postura,
Protegendo e cuidando de quem amo acima de tudo,
Cheia de defeitos e sem me preocupar com os conceitos
Que formam sobre mim, sigo a vida trilhar o meu caminho,
Com esperança e determinação transformo minhas metas em realização.
Neste abrigo que estou criando
Não há espaço para dois,
Se ainda deseja meu acalanto
Que venha agora e não depois!
Se sentes só , procure algo novo . Um abrigo no seu interior , medite e busque em você mesmo o seu equilíbrio .
EMPRESTA
Empresta-me amigo o teu par de ombros
Como abrigo pra me sentir bem comigo e
Traz também a tua lúcida visão, urgente,
Para eu ser capaz de me ver ludicamente
Empresta-me amigo a tua cabeça pronta,
Pra ajeitar a minha que anda solta e tonta
E, me cede um feixinho da tua luz interior
Pra iluminar a treva sem trégua que estou
E ainda, com tua energia decantes alquimia
Pra que me encante com esta magia, enfim
Diz que sim, que me empresta um pouquinho
Teu para ver se assim me resgatas pra mim?
Guria da Poesia Gaúcha
Embriago-me no pretume do teus olhos
Do teu corpo macio faço o meu leito
O abrigo para o meu (des)encontro é no teu abraço
Teus beijos de desejos me deixam a flor da pele, a mil
E eu vivo a ilusão de que no mundo não existe mais nada além de MIM e VOCÊ.
VEM...
Vem ficar comigo,
me dar abrigo.
Vem me aquecer dessa garoa fria
e espantar a solidão.
Vem cuidar de mim.
Vem dizer q me quer.
Vem me amar, por favor!!!